Temos muito em comum, diz premiê canadense sobre Lula
Os líderes conversaram sobre sobre comércio, proteção do meio ambiente, a situação no hemisfério e a guerra na Ucrânia, de acordo com informações do governo brasileiro
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou ter "muito em comum" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem se encontrou neste domingo em Hiroshima, às margens da cúpula do G-7. Os líderes conversaram sobre sobre comércio, proteção do meio ambiente, a situação no hemisfério e a guerra na Ucrânia, de acordo com informações do governo brasileiro.
A guerra travada pela Rússia contra a Ucrânia é um dos principais temas do G-7, grupo coeso no apoio a Kiev. O Brasil, que se declara neutro no conflito, participa na condição de convidado. No final da tarde, Lula deve se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, após ser alvo de grande pressão por parte das potências ocidentais presentes ao evento multilateral.
Para Trudeau, as suas convergências com Lula incluem a preservação ambiental. "Temos muito em comum, seja nas questões de meio ambiente, povos originários, parcerias, seja apoiando os trabalhadores e criando um futuro melhor para todos. Esses são alguns dos assuntos globais sobre os quais desejo falar. É um grande prazer me encontrar com Lula", disse o premiê canadense.
Em sua fala inicial, Lula destacou que o encontro com Trudeau é "extremamente importante para o Brasil" para potencialmente dobrar as relações comerciais entre os dois países.
"Interessa ao Brasil conversar com o Canadá sobre a questão do clima. A questão do clima mexe com o mundo inteiro, tem muita gente falando e pouca gente fazendo o que tem que ser feito, acordos muitas vezes não são cumpridos", afirmou o presidente.
A agenda com Trudeau foi a sexta reunião bilateral travada no G-7. Lula fica em Hiroshima até amanhã cedo, pelo horário local, quando pretende conceder uma coletiva de imprensa. Até o momento, o presidente brasileiro já conversou com líderes da Austrália, Japão, Indonésia, França e Alemanha, além da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A expectativa principal se dá em torno do provável encontro com Zelensky no final da tarde de hoje.