Eduardo é cortado em TV argentina após defender armas

O parlamentar está no país vizinho para apoiar Javier Milei, candidato de direita que encampou propostas semelhantes às do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro

seg, 23/10/2023 - 08:00
Reprodução O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) foi ironizado e teve a sua entrevista à rede de televisão argentina C5N interrompida, neste domingo (22), ao defender o porte de armas como "legítima defesa". O parlamentar está no país vizinho para apoiar Javier Milei, candidato de direita que encampou propostas semelhantes às do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL). Entre elas, a de armar civis.

"Eu acredito que Javier Milei tem todas as condições de colocar a diante esta política (semelhante à do governo Jair Bolsonaro) na Argentina, porque não há motivo para que o Brasil seja assim e a Argentina esteja em crise", disse Eduardo ao chegar no comitê de campanha de Milei. "Colocar adiante armas de fogo nas mãos dos cidadãos significa dar condições de que tenham a legítima defesa", prosseguiu.

Apresentador da C5N, o jornalista e analista Gustavo Sylvestre respondeu a Eduardo de maneira irônica: "Muito generosa é a Argentina e os argentinos por receber este tipo de gente...Por isso que os brasileiros, com lógica, tiraram o seu pai do poder, felizmente".

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A entrevista do parlamentar foi concedida ao canal em frente ao "bunker" da campanha de Milei, no Hotel Liberdade, em Buenos Aires. O C5N é um dos canais de TV mais importantes da Argentina.

Eduardo Bolsonaro e outros parlamentares brasileiros estiveram neste domingo na Argentina para demonstrar apoio à candidatura de Milei. Como revelou a Coluna do Estadão, um grupo de 69 deputados escreveu uma carta para ser entregue ao candidato libertário. O documento critica o atual presidente, Alberto Fernández, um dos principais aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na América Latina. Eles citam o alto índice de inflação e tentam ligar a esquerda argentina a regimes autoritários.

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