Posse de Dino no STF deve ser em fevereiro
Dino se reuniu nesta quinta, 14, com o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, para uma conversa inicial sobre o evento. O encontro ocorreu a convite de Barroso
A posse de Flávio Dino como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) deve ocorrer no dia 22 de fevereiro. O nome dele foi aprovado na quarta-feira, 13, pelo Senado Federal. Como o Judiciário está prestes a entrar em recesso, a cerimônia ficará para 2024.
Dino se reuniu nesta quinta-feira, 14, com o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, para uma conversa inicial sobre o evento. O encontro ocorreu a convite de Barroso.
Antes de assumir a cadeira na Corte, Dino precisará deixar o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, o que vai ocorrer nas próximas semanas, e também renunciar ao mandato de senador.
A transição no Ministério da Justiça será debatida ainda hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dino não deve deixar o comando da pasta de imediato e pretende aguardar Lula escolher o substituto.
A posse no STF está prevista na segunda quinzena de fevereiro justamente para garantir uma janela para o petista bater o martelo sobre o futuro do ministério. Dessa forma, a pasta não precisará ficar nas mãos de um interino.
"É necessário um período, pela delicadeza dos trabalhos do Ministério da Justiça, para uma nova equipe poder se instalar e dar continuidade", disse Dino a jornalistas nesta quinta.
Ele também deve usar as próximas semanas para formar a nova equipe de gabinete e organizar o acervo que vai herdar no STF.
Já a renúncia no Senado deve ficar para a véspera da posse no Supremo. Os ajustes devem ser alinhados com Rodrigo Pacheco (PSD-MG) nos próximos dias.
Ao sair do encontro com o presidente do Supremo, Dino afirmou que a "acolhida" dos ministros do tribunal foi um "elemento importante" para sua aprovação. O futuro ministro do STF recebeu apoio de 47 senadores e o voto contra de 31.
"Neste instante, em que há uma demanda social por harmonia, por entendimento, por redução de conflituosidade institucional, é evidente que o Supremo, pelo seu lugar, é uma instância decisiva para que isso ocorra no País, nos termos da Constituição e das leis", afirmou Dino.
Além de Flávio Dino, o Senado aprovou ontem a indicação do suprocurador Paulo Gustavo Gonet Branco para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele deve assumir o cargo em 18 de janeiro.
Gonet vai substituir a procuradora-geral interina Elizeta Ramos, que exerce um mandato-tampão desde o final de setembro, quando chegou ao fim a gestão de Augusto Aras.