Ministro visita PE para lançar programa TI Maior
Programa que investirá cerca de R$ 500 milhões no setor de TI brasileiro
O Porto Digital recebeu hoje (24) a visita do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação brasileiro (MCTI), Marco Antonio Raupp para o lançamento regional do Programa TI Maior.
Além do ministro – que veio acompanho do Secretário de Política de Informática Virgílio Fernandes, também estavam presentes ao evento o presidente do Conselho Administrativo do Porto Digital e cientista-chefe do Cesar, Silvio Meira, o diretor-presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, entre outros empresários e profissionais do setor de TIC que possuem envolvimento com o parque tecnológico do Recife.
O Programa Estratégico de Software e Serviços de TI ou simplesmente TI Maior (Saiba mais sobre o programa no link) foi lançado no último dia 20 de agosto e visa fomentar a indústria de software e serviços no Brasil com investimento de aproximadamente R$ 500 milhões a serem executados entre 2012 e 2015.
Expectativa
A proposta do programa é inovadora e baseada em medidas de sucesso realizadas em outros dez países. Investimento em startups, cloud computing e na criação de uma verdadeira indústria de software nacional também estão dentro do programa.
A escolha do Porto Digital para o lançamento regional do Ti Maior mostra a importância do centro tecnológico dentro do mercado tecnológico brasileiro. Segundo Francisco Saboya, diretor-presidente do Porto Digital, a escolha do centro “marca a consciência do MCTI em relação à importância de Pernambuco e do Recife no ecossistema de TIC brasileiro”.
Segundo Virgílio Fernandes, o empreendimento pernambucano é um exemplo importante na região. “O Porto Digital é um grande exemplo no quesito realização, e esperamos agregar forças com os pernambucanos”.
Uma visão otimista é compartilhada pelo presidente do Porto Digital, Francisco Saboya. Que questionado sobre a visão do mesmo sobre o programa apresentou três pontos importantes que segundo ele farão a diferença no T.I. Maior: a valorização do software como componente estruturante, o pioneirismo no tratamento que será dispensado às startups e a internacionalização de serviços de software brasileiro.
“A internacionalização comercial brasileira é uma questão complicada, principalmente na área de software nacional quando nossa produção é aquém da desejável. Como 7º maior mercado mundial, exportação de software só representa 2% do mercado interno. Na Índia, que está algumas posições abaixo do Brasil como mercado mundial, esse tipo de serviço representa 25% do mercado” comentou Saboya.
Outra ressalva importante do presidente do Porto Digital, é em relação aos impostos e diversas legislações do Brasil.
“Para isso é extremamente importante o alívio dos encargos e leis que possam atrapalhar o sucesso do programa. Principalmente o risco trabalhista” adverte Francisco Saboya. “Esse ponto é algo que o Ministério tem que trabalhar, já que possui potencial para barrar parte do esforço do plano. É preciso encarar o custo-Brasil de frente”.
Como exemplo, cita o tratamento dispensado às jovens empresas em outros países, situações bem diferentes do Brasil, onde ao abrir uma empresa o jovem empreendedor já tem que enfrentar vários impostos e cobranças. “É preciso criar um ambiente empreendedor” finaliza.
Internacionalização
Em conversa com os jornalistas depois do encontro com o ministro do MCTI, Francisco Saboya, além de comentar a posição do Porto Digital e as propostas do TI Maior, também adiantou um novo projeto de internacionalização do centro tecnológico pernambucano. No final de Outubro o presidente irá viajar para Califórnia, na busca por parcerias, negócios e novas perspectivas no país que possam utilizar empresas presentes no Porto Digital. “Nosso desejo é trabalhar de forma distinta e não apenas abrirmos uma representação comercial” comentou.