Tópicos | MCTI

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciaram nesta quarta-feira (13) o investimento de R$ 260 milhões para mais 42 projetos científicos que serão apoiados no âmbito do programa Institutos Nacional de Ciência e Tecnologia (INCTs). Os recursos serão disponibilizados para pesquisas de alto nível a serem desenvolvidas em rede. 

O anúncio foi feito pela ministra Luciana Santos e o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, durante a abertura do 62º Fórum Nacional do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), no auditório do CNPq, em Brasília. 

##RECOMENDA##

“Com essa iniciativa, somando os projetos já em andamento contemplados em chamadas anteriores, o programa INCT passa a contar com 204 projetos apoiados. É um dos mais importantes programas de fomento a projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos”, afirmou a ministra.

Os projetos foram selecionados na última chamada pública do programa, de 2022, e receberão recursos adicionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), CNPq, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e de 12 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs). Com esse aporte, a chamada contemplará 100 novos projetos e mais de R$ 600 milhões em investimento. 

O programa INCT foi criado em 2008 e se caracteriza por grandes projetos de pesquisa de longo prazo em redes nacionais e ou internacionais de cooperação científica envolvendo pesquisadores e bolsistas das mais diversas áreas para o desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos. Cada um dos INCT atualmente em execução atua em um tema de diferentes áreas do conhecimento, seja de Ciências Humanas, Biológicas, Exatas e Agrárias, envolvendo milhares de pesquisadores e bolsistas em temáticas complexas, estruturados em subprojetos, muitos dos quais descentralizados nos diferentes laboratórios e centros que integram a rede de pesquisa. 

O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, exaltou o êxito do INCT que “tem tido uma importância enorme não só para aumentar o nível da ciência e tecnologia no país, mas também para consolidar redes de pesquisa em todo território nacional”. E ressaltou a importância das parcerias na ação, destacando a sinergia com a Capes e a articulação do Confap para conseguir o apoio essencial das fundações de amparo à pesquisa.

*Da assessoria 

Reitores de universidades públicas sediadas no Rio de Janeiro manifestaram, nessa segunda-feira (31), um apoio público à gestão de Luciana Santos no comando do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). É mais uma reação da comunidade científica diante da possibilidade de trocas na equipe ministerial.

O receio de uma mudança na pasta nasceu após o surgimento de notícias sobre cobranças de partidos do Centrão por espaço no governo. Ocupar postos no primeiro escalão seria uma das condições para garantir apoio ao Palácio do Planalto.

##RECOMENDA##

As manifestações dos reitores das universidades fluminenses ocorreram na abertura de uma palestra de Luciana Santos proferida em um auditório na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o título “Novos Tempos para a Ciência e a Tecnologia no Brasil”. O espaço, com 500 assentos, ficou tomado e parte do público, composto por estudantes e pesquisadores, assistiu de pé. A ministra fez um balanço de sua gestão e falou também sobre projetos futuros. Na saída do evento, ela disse que não foi comunicada sobre nenhum plano para troca no comando da pasta e comentou a situação lembrando a proximidade entre seu partido e o partido do presidente Lula.

“Eu sempre tenho dito que em qualquer que seja o governo há uma necessidade de ter uma composição. Agora nós, do PCdoB, somos aliados históricos do Partido dos Trabalhadores desde 1989. Achamos que temos uma contribuição efetiva para dar nesse momento histórico de retomada do país. É nesse sentido que estou aí procurando fazer valer aquela responsabilidade que o presidente Lula me deu. E vamos continuar trabalhando”, disse.

Em seu discurso, o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, avaliou que o governo anterior implementou uma política "devastadora" e "negacionista", contestando a eficácia das vacinas e promovendo tratamentos ineficazes. Segundo ele, a gestão de Luciana Santos e dos demais órgãos vinculados ao MCTI, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), têm resgatado a aposta no desenvolvimento científico.

“Este ministério, para nós, vale ouro. Eu compreendo e sou solidário à necessidade de se ter uma governabilidade. Nós estamos em uma democracia e é preciso fazer composições para formar maioria no Congresso e aprovar as grandes pautas. Tudo isso eu compreendo perfeitamente. Mas Saúde, Educação e Ciência, Tecnologia e Inovação não devem ser áreas que podem ser negociadas. Acabou-se o tempo de negar a ciência. Ministra, nós estamos ao seu lado porque confiamos e acreditamos no seu trabalho”, disse.

Também houve manifestação de apoio do reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Roberto de Souza Rodrigues. Ele é o atual presidente do Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Friperj) e falou em seu nome. A entidade congrega representantes de dez instituições públicas como a UFRJ, a UFRRJ, a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-RJ). “Agradecemos o trabalho que tem sido feito e desejamos que esse trabalho continue para juntos reconstruirmos o país”, disse Rodrigues.

Diante de especulações de que a pasta comandada pela ministra Luciana seria um dos alvos dessas legendas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) chegaram a manifestar preocupação em uma nota divulgada há duas semanas. A ministra também recebeu apoio durante a 75ª Reunião Anual da SBPC, que se encerrou no sábado (29).

Na semana passada, no programa Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov, Lula comentou sobre negociação para participação dos partidos do governo. Segundo ele, haverá tratativas individuais com cada legenda. “Eu não quero conversar com o Centrão enquanto organização, eu quero conversar com o PP, com o Republicanos, com o PSD, com o União Brasil. É assim que a gente conversa. E é normal que, se esses partidos quiserem apoiar a gente, eles queiram participar do governo”.

Balanço

Em sua palestra, Luciana Santos também fez críticas à gestão anterior da pasta, durante o governo de Jair Bolsonaro. “Estudos e pesquisas foram paralisados com uma narrativa de desqualificação, laboratórios e equipamentos científicos foram sucateados e pesquisadores e pesquisadoras foram ameaçados e perseguidos”, disse. Ela lembrou medidas que já foram tomadas sob seu comando como o reajuste das bolsas mestrado e doutorado em 40%, o lançamento de editais de pesquisa no valor de R$ 590 milhões, a abertura de um concurso público do MCTI após 13 anos da última edição e a recomposição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDTC).

Luciana Santos destacou também a redução de juros nos projetos de inovação financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em maio, o presidente Lula sancionou a Lei Federal 14.592/2023 e autorizou o uso da Taxa Referencial (TR), em substituição à Taxa de Longo Prazo (TLP). Com a mudança, o custo final será menor para as empresas que tomarem empréstimos para investir em inovação tecnológica.

“Menos juros significa mais recursos para pesquisa e inovação, mais pessoas trabalhando, mais desenvolvimento, mais qualidade de vida. Quando se praticam juros competitivos, rapidamente o setor produtivo da economia faz o crédito fluir. No nosso caso é aquele que faz inovação. Isso demonstra que essa taxa praticada pelo Banco Central, ela é inaceitável”, analisou Luciana, reiterando críticas do presidente Lula contra os atuais patamares da Taxa Selic.

A ministra também falou sobre o Pró-Infra, programa que foi anunciado na semana passada e será voltado para recuperação e expansão da infraestrutura de pesquisa nas universidades e instituições científicas. Ao todo serão destinados R$ 3,6 bilhões, que poderão ser usados para equipar os laboratórios. Os recursos, segundo a ministra, ajudarão a reverter o cenário de sucateamento e a resgatar capacidade de produção das instituições.

Luciana Santos foi questionada ainda sobre a falta de seguridade social para os bolsistas da pós-graduação. O assunto foi levantado por uma estudante, que relatou ter ficado desamparada quando sofreu um acidente e precisou se afastar dos estudos. A ministra observou que a garantia de seguridade social e de direitos trabalhistas é um pleito antigo da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e que o tema está em discussão internamente no governo.

“É algo que nós estamos debruçados para poder, também de acordo com as possibilidades, dar a resposta adequada”. Segundo ela, outro projeto que também está em debate envolve atividades de ciência no segundo turno da escola em tempo integral, com o objetivo de estimular a carreira científica entre os jovens desde cedo.

O Diário Oficial da União desta segunda-feira (10) traz a autorização do concurso para o Ministério da Ciência e Tecnologia e Integração. Segundo a publicação, são 814 vagas para diversas áreas destinados a profissionais com nível superior.

Na publicação, o Ministério estipulou o prazo de até seis meses para divulgar o edital, ou seja, até 10 de outubro. A portaria também definiu o prazo de dois meses entre a divulgação do edital e a aplicação das provas.

##RECOMENDA##

Para os interessados, a remuneração oferecida é de até R$16.798,48.

A última seleção para a pasta foi realizada em 2012 e ofertou 510 vagas em cargos de nível médio, técnico e superior.

 

A Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita o Recife nesta sexta-feira (17), pela manhã, a partir das 10h30. Ela vai se reunir com membros do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), unidade de pesquisa que integra a pasta.Também participam da conversa pesquisadores do Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE).

A visita faz parte de um giro que a ministra está fazendo pelo Brasil, retomando o diálogo com a comunidade científica, por meio dos centros e órgãos espalhados pelo país. A primeira reunião oficial foi no Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, no início de fevereiro. 

##RECOMENDA##

O Cetene atua nas áreas de biotecnologia, nanotecnologia e computação científica, com o objetivo de criar novas tecnologias para o desenvolvimento do Nordeste. Ele fica localizado no campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na zona oeste da capital pernambucana.

Os estudos clínicos da primeira vacina totalmente nacional contra a covid-19 foram iniciados nesta sexta-feira (25) na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O imunizante SpiN-Tec MCTI UFMG é o primeiro desenvolvido com tecnologia e insumos nacionais, além de ser financiado com recursos de instituições brasileiras. 

Durante evento realizado em Belo Horizonte, o secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcelo Morales, aplicou a primeira dose da vacina em um dos 1 mil voluntários que se inscreveram para participar dos testes.   

##RECOMENDA##

Os testes serão realizados em três fases que reunirão 72, 360 e 5 mil voluntários, respectivamente. Após a conclusão das duas primeiras, um relatório com os resultados obtidos será enviado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para autorização da fase seguinte.   

Antes da utilização em humanos, testes pré-clínicos realizados em laboratório e em animais confirmaram a eficácia e a segurança preliminar da vacina. Os resultados foram publicados em agosto deste ano na revista científica Nature. 

 Os ensaios clínicos são coordenados pelo professor Helton Santiago, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e pelo professor Jorge Andrade Pinto, da Unidade de Pesquisa Clínica em Vacinas (UPqVac). 

 A SpiN-Tec teve investimento de R$ 16 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações e participação da Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais (Fiocruz Minas) e da Rede Vírus - comitê que reúne agências de financiamento, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Indústria de Software e Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (ISSTIC) no Brasil registrou uma produção estimada em US$ 53,3 bilhões em 2021, valor que responde por 82,8% do total dos serviços produzidos pelo setor de TIC e aponta para um crescimento de 6,5% em relação ao observado no ano anterior. 

Os dados integram o relatório Indústria de Software e Serviços de TIC no Brasil: caracterização e trajetória recente, lançado nesta terça-feira (19) pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e elaborado pela equipe de pesquisadores do Observatório Softex, unidade de estudos e pesquisas da entidade. 

##RECOMENDA##

Segundo a pasta, o levantamento mostra que o mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) brasileiro tem crescido a uma taxa acima do setor global. Ainda de acordo com o estudo, as novas tecnologias devem impulsionar esse segmento e se tornar cada vez mais relevantes para o avanço da TIC brasileira nos próximos anos. Além disso, o país tem aumentado a oferta de serviços de suporte à infraestrutura de conectividade. 

“A pandemia acelerou a transformação digital e isso demandou que o setor se organizasse. As informações que nós tínhamos eram informações que o setor contava para nós, precisávamos identificar os números reais para que a gente conseguisse alinhar as políticas públicas dentro do ministério. Esse estudo traz informações que estão alinhadas com as nossas expectativas, mas também informações adicionais que vão agregar, não só as políticas do ministério, mas do governo federal como um todo”, observou o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, José Gustavo Gontijo.   

O relatório se baseia em dados oficiais e de institutos de pesquisa com o objetivo de ampliar a discussão sobre o setor, criação de séries históricas, facilitando, inclusive, a realização de comparativos com outros mercados mundiais. 

 A publicação reúne números, análises e projeções que traçam uma radiografia do setor incluindo o perfil das empresas, sua participação na economia e na balança comercial do país, quantidade e distribuição geográfica, além de projetar perspectivas para o futuro sob o ponto de vista tanto do mercado nacional como internacional.   Nesse levantamento, a Indústria de Software e Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação foi analisada com base em quatro grandes segmentações das atividades: Indústria de Software, Serviços de TI, Serviços de Telecomunicações e Outros Serviços Relacionados. 

Cenário 

De acordo com o relatório, os últimos anos apresentaram múltiplos desafios, principalmente em decorrência da pandemia desencadeada com a covid-19. Nesse contexto, a atuação do mercado de tecnologia foi essencial para trazer soluções ao novo formato de trabalho e à aceleração da transformação digital. 

 Em 2019, 135,3 mil empresas formavam o setor de Indústria de Software e Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação, o que representa um salto de 12,8% em relação a 2018. Chama a atenção a baixa média de colaboradores por empresa: apenas oito pessoas. Em 2021, o mercado de trabalho do setor encerrou com 15% a mais de profissionais contratados em relação ao ano imediatamente anterior. A indústria de software emprega 55% dos trabalhadores da ISSTIC.

“Mesmo com o ambiente de desemprego que a gente viveu nos últimos anos, o setor continua cada vez mais demandando recursos humanos. Toda vez que uma nova área do conhecimento se incorpora às tecnologias digitais, mais oportunidades de capacitação se aprova. Nesse momento, o grande desafio é o pessoal de inteligência artificial, de segurança da internet e o pessoal de tecnologias quânticas. Esses mercados a gente precisa rapidamente responder e preparar o capital humano, porque o desafio passa necessariamente por incorporação dessas tecnologias digitais em um ambiente de TIC”, afirmou o ministro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim. 

No ano passado, estima-se que a indústria de software, responsável por cerca de um quinto da ISSTIC, cresceu 9,2% e Telecomunicações apenas 1,9%. Em termos de produção, a área de telecomunicações perdeu espaço para a indústria de software e serviços de TI entre 2019 e 2021. Nesse período, inclusive, serviços de TI foram destaque com o melhor desempenho: crescimento médio de 6,5% ao ano e aumento da participação na ISSTIC de 2,5 pontos percentuais.

   De acordo com o MCTI, o país é um dos grandes players globais em telecomunicações, abrigando mais de 30% da população da América Latina, e o maior mercado da região para o segmento. Apesar da importância, Telecom registrou queda na participação na ISSTIC de 3 pontos percentuais no período. Já a indústria de software aumentou ligeiramente a sua contribuição à ISSTIC (+0,5 ponto percentual) nos anos comparados. 

 “O mercado de TIC brasileiro cresce acima da taxa global, temos potencial brasileiro de execução, o desempenho dos serviços de TI chama a atenção tanto em termos de produtividade quanto de crescimento”, frisou a pesquisadora do Observatório Softex, Elinne Val. 

O relatório identifica, também, que após dois anos de desaceleração no volume de serviços transacionados com o mercado internacional, o Brasil apresentou estabilidade em 2020, movimentando US$ 8,5 bilhões em negócios, um incremento de 7,7% que coloca o Brasil na 24ª posição na corrente de comércio mundial.

  Em termos de projeções para o Brasil, o relatório estima para a ISSTIC gastos 8,2% maiores em 2022, chegando à casa dos US$ 69,7 bilhões, o equivalente a um aumento de 1,3% na participação no mercado mundial de serviços de TIC. Esse desempenho estaria relacionado ao mercado de software, impulsionado pelo crescimento da economia digital como resposta ao novo cenário gerado pela pandemia, demandando investimentos consideráveis ​​em segurança de dados e na aceleração da migração para a nuvem [ferramenta virtual de armazenamento de dados]. 

“Com esse estudo, oferecemos a instituições públicas e privadas dados fundamentais para apoio na tomada de decisões e na implementação de políticas setoriais. Desta forma, será possível traçar com mais precisão estratégias eficazes para a promoção e o desenvolvimento da indústria brasileira de software e serviços de TI”, avalia o presidente da Softex, Ruben Delgado.

O governo federal enviará ao Congresso, nesta semana, um projeto de lei que propõe a devolução de R$ 273 milhões para o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), de modo a financiar bolsas de pesquisa e outras atividades da pasta. O dinheiro é parte de uma verba de R$ 600 milhões inicialmente destinada à Ciência, mas que o Executivo e o Congresso decidiram remanejar para outras áreas no começo de outubro.

No fim daquele mês, na reunião em que membros da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara tentavam restabelecer os R$ 600 milhões retidos, o ministro Paulo Guedes criticou a execução orçamentária de outros ministros, em especial o de Ciência, Tecnologia e Inovações. Na ocasião, Guedes se referiu a Marcos Pontes como "burro" e "incompetente" por não executar recursos que, segundo ele, ficam parados.

##RECOMENDA##

A liberação dos R$ 273 milhões foi comunicada pelo Ministério da Economia ao presidente da comissão, Aliel Machado (PSB-PR). Ao deputado, a pasta informou que o texto do projeto de lei já está pronto e sob revisão da Secretaria de Governo. Procurada, a Segov não se manifestou até a conclusão desta edição.

"Já foi autorizado pelo grupo de trabalho (a Junta de Execução Orçamentária) e eles vão mandar um PLN (Projeto de Lei do Congresso) devolvendo R$ 273 milhões, uma parte dos R$ 600 milhões", afirmou Machado.

EXECUÇÃO

Trata-se de recurso importante para o setor. Sem o dinheiro, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) viu afetado o principal edital de financiamento para pesquisas no País, a Chamada Pública Universal de 2021. O programa prevê aplicar até R$ 250 milhões em bolsas.

O valor que será liberado supera em mais de três vezes os R$ 76 milhões que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao MCTI, recebeu neste ano, sendo o menor orçamento de sua história.

Os R$ 600 milhões retirados da pasta fazem parte de um montante maior, de R$ 690 milhões, que havia sido liberado pelo Executivo em agosto. Inicialmente, R$ 655,4 milhões iriam para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) - reserva financeira que teve os recursos contingenciados pelo Executivo.

Antes da votação, porém, um ofício enviado pelo Executivo modificou o projeto e redirecionou R$ 600 milhões para outras áreas.

"Isso (os R$ 273 milhões) não resolve tudo, continua sendo um problema, um absurdo, um erro. Mas, minimamente, a questão das bolsas (de pesquisa) e de alguns outros projetos do MCTI poderão ter o impacto minorado ou diminuído com a liberação do dinheiro", afirmou Machado. "Foi uma guerra. Está sendo, ainda."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, declarou que a redução de recursos do orçamento para a pasta foi uma "falta de consideração". "Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos", escreveu Pontes no Twitter na tarde deste domingo, 10.

A queixa se refere à aprovação do Congresso de Projeto de Lei que promove a divisão de R$ 690 milhões que seriam inicialmente destinados ao ministério. O montante será encaminhado a outros ministérios, como Educação, Saúde e Desenvolvimento Regional. A mudança partiu de ofício assinado pelo ministro Paulo Guedes (Economia), enviado nesta quinta-feira, 7, à Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso.

##RECOMENDA##

"Isso precisa ser corrigido urgentemente", escreveu ainda Pontes. Em justificativa para o pedido, a pasta de Economia alegou que o a proposta de Orçamento para 2022 aumentará consideravelmente os recursos para projetos de pesquisa.

Originalmente, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) receberia R$ 34,578 milhões e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), R$ 655,421 milhões. Na nova formatação, os recursos para o FNDCT caíram para apenas 1,10% da proposta original.

Orçamentos cortados pela metade. Bolsas estagnadas. Editais cancelados. Instituições de pesquisa sem dinheiro para pagar serviços básicos de limpeza e segurança. Risco de desabastecimento de radiofármacos, essenciais para o diagnóstico do câncer. Um supercomputador novinho em folha, desligado para economizar na conta de luz. Essa é a realidade da ciência brasileira, que vive a maior crise financeira de sua história, e contempla o risco de um ano ainda pior em 2017.

O orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para este ano já é 50% menor do que em 2010, em valores corrigidos pela inflação, e a proposta do governo, segundo o Estado apurou, é manter esse orçamento congelado para o ano que vem, apesar da fusão com o Ministério das Comunicações. "Se isso for aprovado, pode esquecer; acabou ciência e tecnologia no Brasil", diz o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich.

##RECOMENDA##

O orçamento atual do MCTI é de R$ 4,6 bilhões, mas cerca de R$ 500 milhões estão contingenciados. O que a pasta pode gastar, portanto, são R$ 4,1 bilhões. Em valores corrigidos, esse limite é 27% menor do que em 2006 e 52% menor do que em 2010; enquanto o número de pesquisadores no País dobrou nos últimos dez anos.

Em maio deste ano, o MCTI foi fundido com o Ministério das Comunicações (dando origem ao MCTIC), mas cada pasta manteve seu orçamento. A proposta agora, para 2017, é unificar as contas dos dois setores. "Ano que vem é R$ 4,1 bilhões para todo mundo", disse ao Estado o ministro Gilberto Kassab, no início do mês.

"O que já era irrisório vai ficar ainda menor. É um absurdo; estamos andando para trás", diz a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Nader. Países mais desenvolvidos, segundo ela, estão fazendo exatamente o oposto: investindo mais em ciência e tecnologia para sair da crise.

Kassab disse que a comunidade científica está "coberta de razão", e está empenhado em elevar a proposta orçamentária da pasta para 2017. "É evidente que a crise existe e todos perderam; mas ninguém perdeu tanto (quanto a Ciência e Tecnologia). Estamos trabalhando para corrigir essa defasagem."

Os valores finais do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA 2017) serão apresentados na quarta-feira pelo Ministério do Planejamento. "Esse discurso de que não tem dinheiro para ciência e tecnologia é ridículo. O que falta é uma definição política clara no sentido de priorizar setores", afirma Davidovich. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com a pasta das Comunicações enfraquece a ciência brasileira e compromete o futuro do País, segundo o ex-ministro Sérgio Rezende, professor e pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

"A economia de recursos é irrisória, praticamente nula", diz o físico, que comandou o MCTI de 2005 a 2010, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Já o desestímulo para se investir em ciência, tecnologia e inovação é enorme, segundo ele, sinalizando "mais uma vez" que o setor não é visto como prioridade.

##RECOMENDA##

"Nos últimos dois anos, o orçamento de ciência e tecnologia caiu muito. Vários programas foram interrompidos, congelados, e não acredito que vai haver melhora, porque a situação é ruim e a ciência está desprestigiada", disse Rezende, em entrevista à reportagem.

Ele cita a recente suspensão da Lei do Bem, que permitia a empresas abater do Imposto de Renda os investimentos feitos em inovação. "É um tiro no pé", afirma Rezende. "Quando você não investe em ciência, tecnologia e inovação, você está comprometendo o futuro." O resultado, segundo Rezende, é um ambiente de desânimo que ameaça fomentar a fuga de cérebros para o exterior, além de desestimular a entrada de jovens talentos nas carreiras acadêmicas e científicas.

Um dos grandes problemas na gestão de Dilma Rousseff, segundo Rezende, foi a troca constante de ministros - seis em apenas cinco anos e meio. "Não há como ter continuidade dessa forma." Para ele, uma medida importante do ministro Gilberto Kassab, portanto, seria manter as lideranças das principais agências de fomento da pasta: a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). E obter recursos para elas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou na quinta-feira (26) a liberação dos primeiros R$ 2 milhões destinados a acelerar as pesquisas com fosfoetanolamina sintética, a polêmica substância desenvolvida no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo, que ficou conhecida como "pílula do câncer".

O dinheiro faz parte de uma verba de R$ 10 milhões que será destinada até 2017 a três centros de pesquisa, responsáveis por testar a eficácia e a segurança da substância em ratos e camundongos.

##RECOMENDA##

O ministério solicitou 500 gramas de fosfoetanolamina à USP para serem encaminhadas aos laboratórios. A expectativa da pasta é que essa primeira fase de testes, chamada de ensaios pré-clínicos, dure "ao menos sete meses".

Os laboratórios que participarão da pesquisa são o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), de Florianópolis; o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), de Fortaleza, ligado à Universidade Federal do Ceará; e o Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LassBio), ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O ministério planeja investir R$ 10 milhões no estudo da fosfoetanolamina até 2017 - desde que esses resultados iniciais justifiquem a continuidade da pesquisa. "O que nós queremos mostrar para a população brasileira, principalmente as famílias que possuem doentes, é que o MCTI está agindo com rigor, mas também com muita agilidade, porque existe uma comoção nacional, existe um anseio das famílias por uma resposta", diz o ministro Celso Pansera, em um comunicado da pasta.

A fosfoetanolamina sintética foi desenvolvida nos anos 1990 pelo químico e professor do IQSC Gilberto Chierice, hoje aposentado. Acreditando ter achado uma cura para o câncer, ele distribuiu pílulas da substância gratuitamente para pacientes durante anos, sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), até que o IQSC determinou a interrupção da produção, em 2014.

Base científica

Alguns estudos chegaram a ser publicados, mostrando uma ação antitumoral da substância em células in vitro e em camundongos. Mas muito longe, ainda, de comprovar a eficácia ou a segurança da fosfoetanolamina como uma droga anticâncer, segundo o bioquímico Adilson Kleber Ferreira, responsável pela maior parte dos experimentos.

"Os dados indicam que a fosfoetanolamina é um candidato a fármaco; mas é tudo preliminar", disse Ferreira. "Nenhum dos dados justifica a aplicação clínica." Hoje no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, ele foi orientado nas pesquisas pelo imunologista Durvanei Maria, do Instituto Butantã. Chierice é coautor dos trabalhos.

Ferreira diz que sempre foi contra a distribuição da substância e a segurança da molécula não está comprovada. "Não há relatos de efeitos nocivos, mas isso não é comprovação de que ela não é nociva. Há muito a ser respondido."

"Pode até ser que tenha algum efeito, mas não espero que seja uma molécula milagrosa. O que mais preocupa é a segurança", diz o especialista João Calixto, diretor do CIEnP.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou, através do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (14), quatro editais voltados para a realização de seleção pública para cargos de consultor de projetos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Ao todo, são oferecidas quatro vagas nas áreas de comunicação social, direito, administração e engenharia.

Os interessados irão atuar em períodos de 3 a 4 meses, com locais de trabalho de abrangência nacional. A avaliação será realizada através de análise curricular. Os interessados devem enviar o currículo para o endereço Esplanada dos Ministérios, Bloco E, Sala 191, CEP: 70.067-900, em Brasília, Distrito Federal. Para outras informações, acesse o edital no site

##RECOMENDA##

A Exposição e Seminário Itinerantes Future Visions - German Weeks chega ao Recife nos dias 27 e 28 de novembro. O evento já passou pelas cidades de Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). O encontro visa discutir o futuro da humanidade em áreas como sustentabilidade, infraestrutura e energia, inovação, nutrição e sáude, e mobilidade e educação. 

Interessados em participar do seminário devem se inscrever através do site do evento. O Future Visions - German Weeks é organizado pela Câmara Brasil-Alemanha e conta com a participação de empresas como a Bayer, Henkel, Siemens, Volkswagen e ZF. 

##RECOMENDA##

O encontro será realizado no prédio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI - RNE), que fica na Avenida Professor Luis Freire, 01, na Cidade Universitária, no Recife, ao lado do campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

 

Nesta segunda-feira (29) foram divulgados os selecionados para o programa Start-Up Brasil, realizado pelo Governo Federal através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Quarenta e cinco projetos brasileiros e mais 11 internacionais foram escolhidos, de um total de 672 do Brasil e 236 internacionais.

Entre os selecionados seis são de Pernambuco: Prodeaf, Mundo de aventura, Fisiohub, Eventick, Estoks e Data Event. As empresas vencedoras farão parte de uma lista selecionada de aceleradoras e contarão com consultoria técnica, networking, além de uma estrutura para conseguir inserção no mercado.

##RECOMENDA##

Veja a lista completa das empresas

AFTScan – Jonatas Pavei (SC)

App Prova – João Guilherme Rodrigues Gallo (MG)

Aula Livre – Eduardo de Lima e Silva (RS)

B2Blue.com – Mayura Marie Fernanda Sumi Okura (SP)

Broader – Juliana Gattas Volpe (RJ)

Chegue Lá – Felipe Arenales Santos (SP)

Chip Inside – Leonardo Guedes da Luz Martins (RS)

Convenia – Marcelo Nogueira Furtdado (SP)

Data Mundus – Paulo Fernandes Costa Jobim (RS)

Data Event – Hugo Rodrigues da Silva Filho (PE)

EADBox – Nilson Filatieri da Silva (PR)

EasyAula – Diego Alvarez Araújo Correia (RJ)

EconoData – Francisco Nicoladu Alves Krieser SP)

Estoks – Isabel Wanderley da Silveira (PE)

Eventick – Thiago Vinicius Soares Diniz (PE)

EvoBooks – Felipe Lopes Rezende (SP)

Executive – Marlon Henrique Scalabrin (PR)

Fisiohub – Yuri Pinto dos Santos Zaidan (PE)

Geomais – Mineia Romana Ribeiro do Sacramento (GO)

Heap Up – Felipe Schepers Santos Melo (MG)

Hello Universe – Luis Carlos Uehara (SP)

Intoo – Bruno Oliveira Maggi (SP)

Kiduca – José Alberto Franca Proença (SP)

LabSynapse – Gil Souza de Sant’Anna Júnior (RJ)

Leva-la – Ricardo Alexandre da Silva Shimabukuro Victorio (MG)

MercaFácil – George Christofis Neto (PR)

MiningMath – Alexandre Marinho de Almeida (MG)

MobGeek – Ana Luisa de Araújo Santos (RJ)

Motomob – Rogerio Cardoso de Oliveira Guimarães (SP)

Mundo de aventura – Lucas Freitas Alencar (PE)

Myooni – Adriano Daniel Muller (RS)

Ocapi – Renato Valente de Oliveira (SP)

Pagapramim – Alexandre do Amaral Ferrari (RS)

PayParking – Fernando Soneghetti de Mingo (ES)

PegaPlantão – Fabio Paradiso Martins (MS)

Poup – Gustavo Gorenstein (DF) – veja matéria aqui

Prodeaf – João Paulo dos Santos Oliveira (PE)

Profes – Claudivan Ribeiro (SP)

QueroFrete – Tiago Andreoli Chilanti (MG)

RegLare – Jose Fernando Alvim Borges (SP)

Sensorbox – Carlos Eduardo Padua Sarcinelli (ES)

Timobox – Fabiany Pereira Lima (SP) – co-fundadora da Timolico

TotemStore – Beatriz Marinho Folly (RJ)

Uaizo – Fernando Ferreira Campos (MG)

Wotchapp+ – Italo Matos Cavalcante Santos (CE)

As 11 startups estrangeiras selecionadas

 

Aentropico – Juan Pablo Marín Díaz (Colômbia)

Bizzabo – Alon Alroy (Israel)

EduSynch – Sean Kilachand (EUA)

Fitboo – Miguel Gonzalez (Espanha)

IguanaFix – Matias Recchia (Argentina)

KinCentral – Damon Danielson (EUA)

Kudo Learning – Shlommy Katan (EUA)

Love Mondays – David Curran (Irlanda)

Media Relevance – Ed Martinez (EUA)

PayMins – Daragh Michael Walsh (Irlanda)

Sensimob – Andrew Travis (EUA)

O governo federal vai reformular o Programa Nacional de Nanotecnologia, criado para incentivar atividades de pesquisa, desenvolvimento de novos produtos e a transferência de tecnologia entre as instituições de pesquisa e empresas.

Previsto para ser lançado na segunda quinzena de agosto, o novo programa priorizará a pesquisa em nanociência para sensores, dispositivos e materiais e compósitos, que são produtos nos quais dois ou mais elementos são combinados em uma estrutura para obter vantagens e melhorias que nenhum deles poderia fornecer isoladamente. Isso será feito a partir dos 26 laboratórios que compõem o Sistema Nacional de Laboratório em Nanotecnologia (SisNano).

##RECOMENDA##

O dinheiro que será aplicado no programa ainda está em análise pelo governo. Em 2013, já estão sendo investidos R$ 38,9 milhões diretamente nos laboratórios, além do aporte de R$ 9 milhões para que esses grupos de pesquisa incorporem a rede Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec). Para 2014, estão previstos R$ 20 milhões para o setor.

Em inovação, área que engloba a nanotecnologia, as cifras alcançam valores muito maiores. De janeiro a maio, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) investiu R$ 1,5 bilhão, por meio do Programa de Sustentação do Investimento.

Segundo o coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Flávio Plentz, os laboratórios que fazem parte do SisNano receberão recursos para operar de maneira “aberta ao uso”, tanto por pesquisadores ou grupo de pesquisas quanto por empresas.

“Vai modificar muito o ambiente da nanotecnologia no Brasil. Porque, agora, eles [os laboratórios] vão estar à disposição para desenvolvimento e vão ter o compromisso de ser laboratórios abertos onde as pessoas poderão entrar, contratar desenvolvimento ou colocar as suas equipes ou os seus pesquisadores lá dentro fazendo o desenvolvimento”, disse à Agência Brasil.

Flávio Plentz destacou que o foco no desenvolvimento dos laboratórios é, atualmente, a etapa mais importante na área de nanotecnologia para que o país possa ter estrutura de competir internacionalmente na pesquisa científica.

“O que a gente vai fazer com esse programa é elevar para outro degrau de investimento, para fazer o que é objetivo agora: pegar todo esse conhecimento em nanotecnologia e essas tecnologias que já estão desenvolvidas e levar para a indústria, para o mercado”, explicou Plentz. Ele acrescentou que “essa etapa de pegar o conhecimento da tecnologia e transformar em produto e negócio não é trivial, é complicada no Brasil e no mundo inteiro”.

A nanociência é capaz de manipular, sintetizar ou modificar a matéria em uma escala de tamanho de nanômetro, que é 1 bilionésimo do metro. Tudo que se faz em termos de modificação, manipulação ou síntese de materiais nessa escala é considerado nanotecnologia.

“Qualquer produto eletrônico está cheio de nanotecnologia. A tela touch screen, o processador do celular e dos computadores são hoje todos frutos de nanotecnologia. O tamanho e os transistores [dos computadores] também. Basicamente todos esses produtos que chamamos de alta tecnologia têm nanotecnologias incorporadas neles”, disse Plentz.

O Brasil e Portugal vão desenvolver projetos de cooperação para inovação entre pequenas e médias empresas, para o funcionamento de parques tecnológicos e para áreas de engenharia industrial. Nesta semana, uma missão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) esteve em Lisboa para a discutir um programa de trabalho bilateral.

Segundo Paulo Sá e Cunha, presidente da Agência de Inovação – entidade pública portuguesa semelhante à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) - a ideia é que as propostas estejam elaboradas para a próxima cúpula dos dois países. “As propostas serão trabalhadas até junho deste ano, de forma que quando a presidenta Dilma Rousseff vier a Portugal, elas possam ser levadas à reunião”, disse Cunha à Agência Brasil.

##RECOMENDA##

A data da cúpula, prevista inicialmente para setembro do ano passado, ainda não foi anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores. O chanceler brasileiro Antonio Patriota está em Lisboa.

De acordo com o coordenador de Serviços Tecnológicos do MCTI, Jorge Campagnolo, o Brasil tem interesse em projeto de racionalização e controle inteligente de recursos (smart grid e smart cities) e Portugal, além da experiência acumulada, “tem grupos [empresariais] associados à Comunidade Europeia com tecnologias importantes”.

Também há interesse em projetos como de carro elétrico, coleta de lixo, produção de energia alternativa e distribuição, assim como nas iniciativas de fomento de microempresas entre estudantes no último ano de graduação. Portugal já é o principal destino dos alunos de graduação do Programa Ciência sem Fronteiras.

Conforme Campagnolo, do lado de Portugal interessam projetos brasileiros ligados à produção agrícola, a biocombustíveis e à exploração de petróleo. “Há setores em que vocês estão muito mais avançados do que nós”, reconheceu Paulo Sá e Cunha, citando a exploração de energia fóssil. Portugal inaugurou na semana passada uma refinaria que permitirá a autossuficiência na produção de combustível (gasolina).

Além de exploração de petróleo para uso combustível, Portugal tem interesse em que o Brasil abra mais o mercado para micro e pequenas empresas de tecnologia, sem exigir que suas microempresas cumpram todas as obrigações de registros pedidos a investidores estrangeiros. “Para uma empresa que fabrica automóveis, estão certas essas exigências, mas para uma pequena empresa na área do conhecimento é um entrave. Muitas vezes, a vida da empresa é a vida do software [que criou]. Propus que, no interesse do Brasil e sob a condição de haver transferência de conhecimento, houvesse facilidades”.

Jorge Campagnolo avaliou que, nos últimos anos, “Portugal tem investido muito no desenvolvimento da ciência e tecnologia” e o momento atual, de forte contenção orçamentária, não afetará a parceria. “São projetos de cooperação futura nos quais os recursos não serão afetados”.

Sá e Cunha é mais pessimista e reconhece que os cortes, “com certeza, afetam”. Segundo determinação do Ministério das Finanças, expedida nesta semana, nenhum órgão de governo pode fazer nova despesa sem prévia autorização. Na próxima sexta-feira (12), Portugal irá tratar, na reunião do Eurogrupo, na Irlanda, da dilatação de prazos para pagar dívida a credores externos.

O secretário de política de informática do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgílio Almeida, anunciou nesta quinta-feira o nome das nove empresas aceleradoras que compõem o programa Start-Up Brasil, que proporciona apoio a empresas iniciantes (startups) com projetos ligados ao desenvolvimento tecnológico.

As seis aceleradoras inicialmente habilitadas são a Aceleratech (SP), 21212 (RJ), Microsoft (SP/RJ/RN/RS), Papaya (RJ), Pipa (RJ) e Wayra (SP). De acordo com o secretário, houve um elevado número de propostas de alta qualidade, o que levou o ministério a escolher outras três aceleradoras: Fumsoft (MG), Outsource (RJ) e Start You Up (ES). O edital aberto para essa seleção foi publicado em dezembro do ano passado.

##RECOMENDA##

De acordo com Virgílio Almeida, cada uma dessas aceleradoras deverá apoiar empresas nascentes de um total de até 100 que serão anunciadas até o fim de março. Essas empresas estarão ligadas às aceleradoras pelo período de 12 meses e terão acesso a um capital total de R$ 36 milhões disponibilizados pelo setor privado. O secretário explicou que R$ 25 milhões desse montante serão disponibilizados na forma de capital e o resto como serviços de apoio às atividades empresariais. Além disso, outros R$ 100 milhões estarão disponíveis para os projetos que obtiverem sucesso ao longo dos 12 meses.

"O programa Start Up Brasil está oferecendo um ambiente mais atraente para gerar novas empresas inovadoras no País. As aceleradoras são um modelo aplicado no mundo todo para colocar no mercado rapidamente essas pequenas empresas inovadoras", comentou o secretário.

Além da verba investida pelo setor privado, o governo irá investir outros R$ 14 milhões nesse programa e mais R$ 200 mil para pesquisa e desenvolvimento para cada uma das empresas startups selecionadas.

Ao final do período de um ano, essas empresas serão avaliadas pelos investidores. De acordo com Virgílio Almeida, "o processo usual" é que, terminado o período, elas sigam seu caminho sem o apoio do governo. O anúncio foi realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

 

O Porto Digital recebeu hoje (24) a visita do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação brasileiro (MCTI), Marco Antonio Raupp para o lançamento regional do Programa TI Maior.

Além do ministro – que veio acompanho do Secretário de Política de Informática Virgílio Fernandes, também estavam presentes ao evento o presidente do Conselho Administrativo do Porto Digital e cientista-chefe do Cesar, Silvio Meira, o diretor-presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, entre outros empresários e profissionais do setor de TIC que possuem envolvimento com o parque tecnológico do Recife.

##RECOMENDA##

O Programa Estratégico de Software e Serviços de TI ou simplesmente TI Maior (Saiba mais sobre o programa no link) foi lançado no último dia 20 de agosto e visa fomentar a indústria de software e serviços no Brasil com investimento de aproximadamente R$ 500 milhões a serem executados entre 2012 e 2015.

Expectativa

A proposta do programa é inovadora e baseada em medidas de sucesso realizadas em outros dez países. Investimento em startups, cloud computing e na criação de uma verdadeira indústria de software nacional também estão dentro do programa.

A escolha do Porto Digital para o lançamento regional do Ti Maior mostra a importância do centro tecnológico dentro do mercado tecnológico brasileiro. Segundo Francisco Saboya, diretor-presidente do Porto Digital, a escolha do centro “marca a consciência do MCTI em relação à importância de Pernambuco e do Recife no ecossistema de TIC brasileiro”.

Segundo Virgílio Fernandes, o empreendimento pernambucano é um exemplo importante na região. “O Porto Digital é um grande exemplo no quesito realização, e esperamos agregar forças com os pernambucanos”.

Uma visão otimista é compartilhada pelo presidente do Porto Digital, Francisco Saboya. Que questionado sobre a visão do mesmo sobre o programa apresentou três pontos importantes que segundo ele farão a diferença no T.I. Maior: a valorização do software como componente estruturante, o pioneirismo no tratamento que será dispensado às startups e a internacionalização de serviços de software brasileiro.

“A internacionalização comercial brasileira é uma questão complicada, principalmente na área de software nacional quando nossa produção é aquém da desejável. Como 7º maior mercado mundial, exportação de software só representa 2% do mercado interno. Na Índia, que está algumas posições abaixo do Brasil como mercado mundial, esse tipo de serviço representa 25% do mercado” comentou Saboya.

Outra ressalva importante do presidente do Porto Digital, é em relação aos impostos e diversas legislações do Brasil.

“Para isso é extremamente importante o alívio dos encargos e leis que possam atrapalhar o sucesso do programa. Principalmente o risco trabalhista” adverte Francisco Saboya. “Esse ponto é algo que o Ministério tem que trabalhar, já que possui potencial para barrar parte do esforço do plano. É preciso encarar o custo-Brasil de frente”.

Como exemplo, cita o tratamento dispensado às jovens empresas em outros países, situações bem diferentes do Brasil, onde ao abrir uma empresa o jovem empreendedor já tem que enfrentar vários impostos e cobranças. “É preciso criar um ambiente empreendedor” finaliza.

 

Internacionalização

Em conversa com os jornalistas depois do encontro com o ministro do MCTI, Francisco Saboya, além de comentar a posição do Porto Digital e as propostas do TI Maior, também adiantou um novo projeto de internacionalização do centro tecnológico pernambucano. No final de Outubro o presidente irá viajar para Califórnia, na busca por parcerias, negócios e novas perspectivas no país que possam utilizar empresas presentes no Porto Digital. “Nosso desejo é trabalhar de forma distinta e não apenas abrirmos uma representação comercial” comentou.

 

 

O secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgílio Almeida, informou que os preços dos iPads fabricados no Brasil pela chinesa Foxconn devem começar a cair, pois a demanda está crescendo cada vez mais. Por enquanto, os aparelhos estão pelo mesmo valor que é vendido os importados. 

Por outro lado, a concorrência no mercado de tablets também será um fator que fará os preços baixarem, mas isso não é um movimento imediato.

##RECOMENDA##

De acordo com o secretário, há incentivos para indústrias fabricantes e, no caso da Foxconn, ela recebe autorização para iniciar a fabricação dos aparelhos até seis meses após receber a autorização do MCTI. 

Para ele, a briga entre os aparelhos Android e iPhones também poderão fazer os valores do smartphone da Apple baixarem. 

Apesar das palavras do secretário, essas reduções não são novidades, afinal, no ano passado, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que por conta dos incentivos fiscais, os tablets fabricados pela Foxconn em Jundiaí teriam redução de preço de 36%. Agora só resta aguardar e conferir se os preços realmente cairão. 

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) está com inscrições abertas para a sua unidade de pesquisa integrante, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT). São oferecidas 35 vagas em cargos de nível médio/técnico e superior. 

Veja AQUI o edital.

##RECOMENDA##

Os interessados podem se inscrever até dia 6 de agosto através do site do Idecan. A taxa varia de R$ 40 a R$ 150. O processo seletivo será composto por quatro etapas: provas objetivas e discursivas, previstas para o dia 2 de setembro; prova oral e defesa de memorial para o cargos de pesquisador adjunto I; avaliação de títulos para nível superior e comprovação de requisitos e apresentação de exames e atestados médicos. Todas as etapas serão realizadas no Rio de Janeiro.

O horário e os locais de prova serão divulgados a partir do dia 27 de agosto no site da organizadora. Os aprovados receberão remuneração de R$ 2.504,68 a R$ 9.905,28, que varia de acordo com o cargo exercido. Todas as vagas são para a cidade do Rio de Janeiro.

Confira abaixo os cargos oferecidos: 

Nível superior

Pesquisador adjunto I - catálise heterogênea, tecnologista júnior I - certificação de produtos, engenharia de avaliações e desempenho de motores, gestão da qualidade, química inorgânica, tecnologista pleno I - biocatálise, biocorrosão e biodegradação, caracterização de materiais, corrosão e degradação, energias renováveis, combustíveis e biocombustíveis, engenharia de manutenção, ensaio de produtos médicos hospitalares, espectrometria de massas, modelos tridimensionais, tecnologia de materiais poliméricos, tecnologista pleno II - energia alternativa e avaliação de conformidade, tecnologia de pós, tecnologista pleno III - ensaio de corrosividade pelo H2S, CO2 e tecnologista sênior I - ergonomia e biomecânica.

Nível médio/técnico 

Técnico I - catálise heterogênea, corrosão e degradação, energia alternativa e avaliação de conformidade, engenharia de manutenção, ensaio de materiais e produtos, ensaios de caracterização de materiais, informação e prospecção tecnológica, laboratório de modelos 3D, química analítica, química inorgânica, tecnologia de materiais poliméricos e tecnologia de pós.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando