Cibercrime custa ao Brasil R$ 16 bilhões por ano

Segundo a Symatec, dois terços dos adultos com acesso à internet no mundo já sofreram algum crime digital

por Carlos S Silvio qui, 04/10/2012 - 16:23

O Brasil, juntamente com a Índia, é o terceiro país que mais sofre perdas resultadas de crimes digitais, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. A conclusão é parte do estudo da Norton Cybercrime Report 2012, da Symantec. Segundo o cálculo da empresa, o país perde aproximadamente 16 bilhões de reais anualmente com crimes digitais. 

Participaram da pesquisa 13 mil adultos com acesso à internet, de 24 países. A Symantec afirma que as perdas somam 220 bilhões de reais nesses países, valor equivalente ao que os americanos gastam com fast food. A estimativa da empresa é de que 556 milhões de pessoas são vítimas de crimes digitais por ano, o que equivale a 18 ocorrências por segundo. Quarenta e dois porcento delas são casos de fraude e 17% de roubo de informações, com cada ataque gerando um prejuízo médio de quase 400 reais. 

Um ponto importante no relatório da empresa, que é especialista em segurança online, é a afirmação de que as principais falhas que viabilizam os crimes do tipo são de comportamento. O estudo aponta também que as pessoas estão mais conscientes das ameaças tradicionais. 

O estudo divulgou um pouco do perfil dos entrevistados: 89% deles apagam mensagens suspeitas de remetentes desconhecidos; 83% têm ao menos um antivírus básico no computador e 78% evitam abrir arquivos anexos ou clicar em links incluídos em mensagens de origem desconhecida. Porém, criminosos ultimamente vêm explorando dispositivos móveis e redes sociais, a fim de surpreender vítimas. 

Segundo especialistas, os dispositivos móveis, que dobraram de 2010 para 2011, são os principais pontos de vulnerabilidades atualmente. Outro "ponto fraco" seriam redes Wi-Fi desprotegidas, utilizadas por dois terços dos participantes da pesquisa. 

Dados pessoais enviados por e-mail também criam oportunidades para o crime. Também há o velho problema das senhas fáceis de adivinhar, que 40% dos usuários admitem utilizarem, mesmo com especialistas alertando há anos de que senhas devem ser complexas e trocadas periodicamente. 

O estudo na íntegra pode ser lido no link (em inglês)

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