Estúdios cinematográficos cobram Megaupload por pirataria

ter, 08/04/2014 - 17:02
Thomas Samson Foto de 21 de janeiro de 2013 mostra homepage do site Megaupload, em Paris Thomas Samson

Os principais estúdios de cinema dos Estados Unidos pedem ressarcimentos ao site de compartilhamento de arquivos Megaupload, fechado pelos Estados Unidos no início de 2012 como parte de uma operação contra a pirataria na internet.

Disney Enterprises, 20th Century Fox, Paramount Pictures (Viacom), Universal City Studios (Comcast), Columbia Pictures (Sony) e Warner Bros Entertainment apresentaram na segunda-feira (7) a um tribunal da Virgínia (leste dos Estados Unidos) uma ação por violação dos direitos de copyright contra o Megaupload e seu fundador Kim Dotcom.

O ressarcimento pode chegar a centenas de milhões de dólares. "Quando o Megaupload.com foi fechado em 2012 pela justiça americana era, segundo todas as estimativas, o maior e mais ativo site de pirataria de conteúdos criativos em todo o mundo", lembra Steven Fabrizio, um advogado da organização que defende os estudos, a Motion Picture Association of America (MPAA).

"O conteúdo pirateado no Megaupload e (sites) associados estava disponível em pelo menos 20 línguas, o que aponta para um público mundial. Segundo as acusações do governo, o site teve um faturamento de US$ 175 milhões de origem fraudulenta e tirou dos que possuíam os direitos autorais nos Estados Unidos mais de US$ 500 milhões", acrescentou.

Kim Dotcom e seu advogado Ira Rothken reagiram no Twitter a essas novas alegações. "Assim como o processo penal contra #Megaupload, o processo da @MPAA é um absurdo e não vai prosperar quando os fatos forem examinados", escreveu Kim Dotcom.

O alemão, que tem como verdadeiro Kim Schmitz, está atualmente em liberdade condicional na Nova Zelândia. "A MPAA lança uma ação civil infundada contra @KimDotcom, que já enfrenta acusações criminais sem fundamentos", disse Rotken.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI tentam há dois anos obter a sua extradição para que seja julgado por fraude e pirataria, acusações pelas quais pode ser condenado a até 20 anos de prisão. Enquanto isso, no ano passado, Kim lançou uma nova empresa de armazenamento de dados chamada Mega.

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