Após polêmicas, app Secret volta à ativa reformulado
App está novamente disponível na App Store e Google Play
Quando o Secret foi lançado, em fevereiro, rapidamente tornou-se pivô de polêmicas por fornecer aos internautas uma plataforma onde eles poderiam “desabafar” sobre diversos assuntos anonimamente. Após ficar quase quatro meses fora do ar, a ferramenta toma novo fôlego e volta à ativa reformulada.
A primeira mudança está no nome. Agora, o Secret se chama “Secret – Be curious”. Além disso, o aplicativo traz novas funcionalidades, como o bate-papo, por exemplo. As mensagens trocadas pelos usuários na plataforma são apagadas depois de 24h.
Os segredos, carro-chefe do aplicativo, receberam um novo visual e agora são listados de forma minimalista, sem imagens ao fundo. Além disso, o usuário pode filtrar o que ele quer ler (e quem pode ler) na plataforma.
A empresa responsável pelo aplicativo também afirma que pretende eliminar a versão web do Secret. Um modelo da ferramenta para ser utilizado no mundo corporativo também está em desenvolvimento. Empresas como o Google e Facebook, onde trabalham mais de duas mil pessoas, utilizam a plataforma para compartilhar temas sobre as companhias e piadas.
“Humanos são criaturas naturalmente curiosas. Queremos saber o que está acontecendo ao nosso redor e estamos ansiosos para ouvir histórias não contadas. Acima de tudo, queremos saber que não estamos sozinhos. No Secret, acreditamos que todos merecem uma chance de ser ouvido, e queremos criar um lugar seguro para que todos digam o que está em sua mente”, afirma a empresa através do seu blog oficial.
A nova versão do aplicativo Secret pode ser baixada gratuitamente através da App Store (iOS) e Google Play (Android).
Entenda a polêmica
Em agosto, a Justiça deferiu o pedido liminar do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) e determinou que a Apple e a Google deveriam remover o aplicativo Secret de suas lojas oficiais, App Store e Google Play, respectivamente. Além disso, o app teria que ser removido também dos smartphones dos usuários que já o instalaram, no prazo de dez dias, sob pena de multa diária de R$ 20 mil por descumprimento para cada um dos requeridos.
A decisão também valia para a Microsoft em relação ao aplicativo “Cryptic”, de funcionamento semelhante ao “Secret”. A decisão foi da 5ª Vara Cível de Vitória.
Na ação civil pública, o MPES sustentou que diversas pessoas foram vítimas de constrangimentos e crimes contra a honra sem que pudessem se defender, dado o anonimato das postagens no aplicativo. Segundo o texto, o “Secret” e o “Cryptic” fornecem o instrumento apto ao cometimento do chamado cyberbullying.