Maratona da Campus Party chega ao fim com saldo positivo

Evento terminou neste domingo (21) com o networking como principal legado

por Nathália Guimarães dom, 21/08/2016 - 14:31

Após 24 horas de atividades ininterruptas e networking intenso, chega ao fim mais uma edição da Campus Party Recife neste domingo (21). Neste ano, a feira adotou um formato mais enxuto, mas nem por isso passou despercebida por quem é fanático por tecnologia. Nas últimas horas de evento, alguns participantes se renderam ao sono, afinal, ninguém é de ferro. Outros, no entanto, teimaram em aproveitar cada minuto. Sem mesas para computadores e internet à rede, os campuseiros aproveitaram para trocar experiências e construir ideais.

"Acho que essa foi a grande ideia desta Campus Party. Tenho um projeto sobre empreendedorismo educacional e consegui fazer diversos contatos", afirma o programador Edu Soares, de 21 anos. "Aproveitei também para assistir as palestras sobre empreendedorismo. A programação deste ano foi muito satisfatória", complementou.

O saldo positivou também foi compartilhado pelo estudante Rafael Diniz, de 18 anos. Acostumado a comparecer ao evento com seus equipamentos para jogar, o jovem afirma que desta vez priorizou as palestras sobre ciência. "Todos os workshops e palestras estavam bem cheios, então acho que a programação agradou a todos. Nem sempre posso pagar pelo ingresso e desta vez tudo ficou bem mais em conta", ressaltou.

Além do networking, outro grande mérito da Campus Party Recife Weekend foi sediar a etapa local da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Na área gratuita do evento, jovens de todas as idades se amontoaram para participar da competição, num total de 315 equipes.

"O momento da competição é de protagonismo destes estudantes, e a Campus Party permite que este protagonismo seja ainda maior. Permite que mais pessoas olhem para estes jovens e mais pessoas se sintam convidadas para este universo da robótica", afirmou o engenheiro Henrique Foresti, representante estadual da OBR. "Pernambuco é o estado que mais cresce na robótica e em 2030 seremos referência mundial na área", prevê Foresti.

Nem mesmo mais curtinha, a Campus Party Recife Weekend decepcionou quem veio de fora. O engenheiro de sistema Otávio Muniz, de 33 anos, fez questão de pegar um ônibus em João Pessoa (PB) para prestigiar a feira tecnológica. "Menor ou não, é uma Campus Party. Quem é do Nordeste precisa vir e prestigiar para que o evento continue acontecendo por aqui. É o dever do bom campuseiro", diz.

A Campus Party Recife Weekend também deu espaço para o protagonismo feminino na tecnologia. Segundo a organização do evento, elas representam 40% do público. "O mais especial foi ver as meninas participando bastante dos debates. Nunca vi tantas meninas engajadas em outras edições", disse a estudante e campuseira veterana Marília Rabello, que busca conhecimentos para empreender.

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