Brasil é o país mais vulnerável a crimes eletrônicos
Posto antes ocupado pela Índia mostra deficiências dos sistemas de armazenamento e gerenciamento de dados dentro das empresas
Um estudo divulgado esta semana pelo Instituto Ponemon, empresa que pesquisa dados sobre crimes cibernéticos de forma independente, em parceria com a IBM, empresa da área de TI, mostra que os prejuízos causados por vazamento de informações e ataques de crackers e hackers somaram U$ 4 milhões em 2015. A previsão para 2016 é de um aumento de 26% nessa quantia. A responsável pela pesquisa identificou que a maioria dos ataques se dá diretamente em ambiente de armazenagem de dados, e não da forma que a maioria das empresas acredita: por infecção ou brechas em máquinas de funcionários.
Em um ranking elaborado a partir da pesquisa, feita com 350 empresas, em 12 países, o Brasil foi apontado como o mais vulnerável no quesito de segurança da informação. As empresas brasileiras saltaram de 30,1% de incidências de grande vazamento de dados, em 2014, para 37%, em 2015, “tomando” o lugar da Índia no topo da tabela. O ranking levou em consideração os três grandes responsáveis pelo vazamento de informação nas organizações: invasões de hackers, que figura como 47% dos incidentes, problemas relacionados a fragilidade da tecnologia, com 29%, e fator humano, com 25%.
Os pesquisadores apontam a “falta de cuidado” com o armazenamento de dados e funcionários mal intencionados como principal motivo de vazamento de dados no Brasil. A Ponemon prevê que, nos próximos dois anos, mais de 10 mil ativos eletrônicos serão roubados ou destruídos, somente dos EUA.