Em tempos de smartphone, mercado de tablets segue em queda
Segundo pesquisa da IDC, mercado registrou recuo 8% no segundo trimestre de 2017
As vendas de tablets no Brasil recuaram novamente nos meses de abril, maio e junho deste ano. Segundo o estudo realizado pela consultoria IDC Brasil, o mercado caiu 8% no segundo trimestre de 2017 em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar do recuo, alguns dados positivos indicam que o setor poderá recuperar o prejuízo.
A receita total do segundo trimestre de 2017 foi de R$ 400 milhões, 11% a menos do que no segundo trimestre de 2016. No entanto, quando comparado aos três primeiros meses do ano, esse número representa um salto de 9%. Segundo a IDC, o movimento já era esperado, dado o comportamento mais agressivo das fabricantes para frear a queda.
"Temos observado um comportamento agressivo dos fabricantes, com preços promocionais e brindes para frear a queda. Além disso, notamos que as empresas estão diversificando os produtos para gerar mais demanda", diz o analista de mercado da IDC Brasil, Wellington La Falce.
Outro dado positivo foi o aumento no preço médio dos produtos comprados no período analisado. Em comparação com o primeiro trimestre de 2017, o valor médio dos aparelhos teve alta de 6%, passando de R$ 477, de janeiro a março, para R$ 505, de abril a junho.
Na comparação ano a ano, houve crescimento de 14%, já que o tíquete médio no segundo trimestre de 2016 foi de R$ 443. "Os aparelhos de melhor qualidade tiveram mais espaço no período. O setor está empenhado em mostrar que os tablets não são apenas para entretenimento e sim para educação, trabalho e para consumo de conteúdo em geral", argumenta o analista.
Para a IDC, até o fim de 2017 devem ser comercializados 3,75 milhões de tablets, o que consolida o recuo de 6% nas vendas ante 2016, quando 4 milhões foram vendidos.