Amazon é criticada por más condições em fábrica do Kindle

Relatório aponta salários baixos e horas extras excessivas na fábrica da Foxconn

por Nathália Guimarães seg, 11/06/2018 - 11:33
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Kindle, da Amazon Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Uma fábrica na China que produz os e-readers Kindle e os alto-falantes inteligentes Echo Dot, ambos da Amazon, está sob investigação por supostos maus tratos aos trabalhadores. A ONG China Labor Watch publicou uma série de denúncias sobre a unidade da Foxconn localizada em Hengyang.

O relatório, fruto de uma investigação realizada por nove meses, afirma que os trabalhadores precisam trabalhar mais de 100 horas extras mensais durante períodos de pico de produção, e o relatório ainda encontrou uma instância de pessoas trabalhando 14 dias consecutivos sem folga.

"Todos os trabalhadores estão sujeitos a longas horas e a salários baixos", afirma o relatório. "Como os salários são baixos, os trabalhadores precisam contar com horas extras para ganhar o suficiente para manter um padrão de vida decente", complementa o documento.

De acordo com o relatório da ONG China Labor Watch, cerca de 40% dos trabalhadores da fábrica são funcionários temporários, apesar de a lei chinesa definir que apenas 10% da força de trabalho de uma empresa pode ser deste tipo.

Em resposta ao relatório, a Foxconn disse que estava investigando as alegações. A Amazon, por sua vez, informou que auditou a fábrica em março e solicitou um plano de ação corretiva da Foxconn. A fabricante de eletrônicos já foi criticada pelas más condições em fábricas onde são produzidos dispositivos da Apple, como o iPhone.

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