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Um surto de pneumonia decorrente de infecção pela bactéria Mycoplasma pneumoniae tem acontecido no norte da China e, agora, se espalha por países da Europa, como Holanda e Dinamarca, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e dados de órgãos de saúde destes países, reunidos e publicados pelo Centro de Pesquisa e Política de Doenças Infecciosas (CIDRAP) da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Crianças são as principais afetadas.

A Mycoplasma pneumoniae é uma bactéria comum e presente em diversos países do mundo, incluindo o Brasil. Ela leva a quadros gripais e sintomas similares aos de uma infecção causada por vírus, como influenza, coronavírus e vírus sincicial respiratório (VSR). Diferente de outras bactérias, que geralmente se espalham por contato com água, secreção, alimentos e objetos infectados, a Mycoplasma pneumoniae se propaga no ar. Por isso é tão contagiosa quanto os outros patógenos gripais.

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De acordo Julio Croda, médico infectologista da Friocruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), esse agente pode causar uma pneumonia bacteriana, diferente das que os médicos estão mais acostumados a tratar. "Essa bactéria normalmente provoca surto a cada um ou três anos, com aumento no número de casos, só que não na magnitude que a gente tem visto agora", diz. "É mais comum em crianças de 5 a 12 anos, enquanto o VSR atinge principalmente as de 0 a 5."

A OMS atribui o aumento dos casos de infecção pela bactéria à reabertura integral das escolas e à diminuição das medidas de isolamento social após o período de pandemia da covid-19. A maior ocorrência de quadros graves, representados pela pneumonia, se dá pela menor resistência criada pelas crianças nos últimos anos. Algumas não conviveram tanto com outras pessoas e crianças, além das de suas famílias, desde que nasceram e, consequentemente, tiveram pouco contato com vírus e bactérias.

A queda nas taxas de vacinação das crianças também colabora para que elas se tornem mais suscetíveis à bactéria e aos outros patógenos. Com isso, os surtos de doenças respiratórias, mais comuns em crianças, foram intensificados e tiveram seu período de ocorrência alterado. "Parte do crescimento ocorre mais cedo do que sazonalmente registrado, mas não é inesperado, dada a suspensão das restrições da covid-19, seguindo o que outros países passaram", informou a OMS.

E no Brasil?

Para Julio Croda, as chances de um surto de Mycoplasma pneumoniae chegar ao Brasil são grandes. "Também tivemos a retomada das escolas, com crianças mais suscetíveis, o que nos levou a surtos do vírus sincicial respiratório, por exemplo. Então, tudo indica que podemos ver um aumento de casos do Mycoplasma pneumoniae também."

Para Julio Croda, as chances de um surto de Mycoplasma pneumoniae chegar ao Brasil são grandes. "Também tivemos a retomada das escolas, com crianças mais suscetíveis, o que nos levou a surtos do vírus sincicial respiratório, por exemplo. Então, tudo indica que podemos ver um aumento de casos do Mycoplasma pneumoniae também."

De acordo com o especialista, um grande desafio no Brasil, é que não há testagem em massa para identificação desse agente, o que dificulta o tratamento correto em casos graves e o monitoramento de um possível aumento no número de infecções. "Seria interessante, no momento em que há aumento de casos em outros países, a gente testar nos quadros de internação, para monitorar a doença no Brasil e tratar os pacientes mais efetivamente", diz.

Mesmo assim, o especialista diz que não há motivo para desespero. A Mycoplasma pneumoniae costuma provocar sintomas gripais leves e, quando chega ao estágio da pneumonia, pode ser tratada com antibióticos. O Brasil tem todo o tratamento disponível e também o teste que detecta a bactéria. Por isso, a recomendação é que os especialistas de saúde do País estejam atentos à possibilidade de surto, pedindo o teste, diagnosticando e tratando corretamente os pacientes internados.

Quais são os sintomas da infecção por Mycoplasma pneumoniae e como tratar?

Os sintomas da infecção por Mycoplasma pneumoniae são os mesmos de uma gripe: coriza, dor de cabeça e na garganta e febre. Mas há uma característica bastante comum nesses quadros: a presença de tosse seca. De qualquer forma, o diagnóstico só pode ser feito por meio de teste, pois não é possível fazer uma diferenciação precisa em relação a outros tipos de patógenos gripais somente pelos sintomas apresentados.

O tratamento também é o mesmo indicado para outros agentes gripais. Deve-se usar medicamentos que combatam os sintomas, como antitérmicos e analgésicos, além de cuidar da hidratação e da alimentação. Se o quadro evoluir com gravidade e demandar hospitalização, é necessário internar e, depois de testar, fazer tratamento com antibiótico.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou para a imprensa, na quarta-feira (15), que o presidente da China, Xi Jinping, é "um ditador". A declaração foi dada momentos depois de uma reunião de Biden com o Xi que durou mais de quatro horas - a primeira conversa entre os líderes em um ano.

"É um termo que usávamos antes. Ele [Xi] é um ditador no sentido de que é um cara que dirige um país comunista, que se baseia numa forma de governo completamente diferente da nossa", respondeu Biden ao ser questionado por um repórter se ele ainda considerava Xi um ditador.

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A China condenou as declarações. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse: "este tipo de discurso é extremamente errado e é uma manipulação política irresponsável". "Devo salientar que há sempre pessoas com segundas intenções que tentam semear a discórdia para arruinar as relações entre os Estados Unidos e a China e, neste caso, também não terão sucesso", acrescentou o responsável.

Biden e Xi reuniram-se em São Francisco, na Califórnia, à margem de uma cimeira de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC). Ambos os líderes concordaram em restabelecer as comunicações militares em um esforço para diminuir as tensões. No encontro, os governantes também abordaram questões sobre Taiwan e chegaram a um acordo na luta contra o fentanil, no qual a China concordou em tomar medidas para reduzir a produção de ingredientes para o opioide sintético no centro de uma crise de saúde nos Estados Unidos. (Com agências internacionais).

Por Sergio Caldas*

São Paulo, 13/11/2023 - As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, à espera de uma reunião nesta semana entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.

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Liderando os ganhos na Ásia, o índice Hang Seng avançou 1,30% em Hong Kong, a 17.426,21 pontos, interrompendo uma sequência de quatro pregões negativos, graças ao bom desempenho de ações de tecnologia, enquanto o japonês Nikkei teve alta apenas marginal de 0,05% em Tóquio, a 32.585,11 pontos, e o Taiex subiu 0,94% em Taiwan, a 16.839,29 pontos.

Na China continental, os ganhos foram moderados, de 0,25% no caso do Xangai Composto, a 3.046,53 pontos, e de 0,56% no do menos abrangente Shenzhen Composto, a 1.914,41 pontos.

Biden e Xi têm encontro marcado para quarta-feira (15), na Califórnia, na primeira reunião em um ano entre os líderes das duas maiores economias do mundo. Ambos deverão procurar trazer maior estabilidade a uma relação que é definida por divergências em temas como controles de exportação, a situação de Taiwan e as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia.

Exceção na Ásia hoje, o sul-coreano Kospi caiu 0,24% em Seul, a 2.403,76 pontos, revertendo ganhos de mais cedo no pregão.

Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o viés positivo da região asiática e ficou no vermelho, após o banco central local - conhecido como RBA - alertar que a inflação doméstica deverá desacelerar em ritmo mais gradual do que se imaginava. O S&P/ASX 200 recuou 0,40% em Sydney, a 6.948,80 pontos.

Contato: sergio.caldas@estadao.com

*Com informações da Dow Jones Newswires e Associated Press
 

Os planos do Inter Miami de levar Messi para disputar amistosos na China foram frustrados. O clube anunciou, nesta quarta-feira, que "circunstâncias inesperadas" forçaram o cancelamento das duas partidas, até então marcadas para os dias 5 e 8 de novembro, contra o Hainiu, em Qindao, e contra o Rongcheng, em Chengdu. A expectativa era lotar o estádios, que comportam de 50 mil a 60 mil torcedores, e gerar um lucro milionário.

As datas coincidem com a primeira rodada da fase eliminatória da MLS, a liga americana de futebol, para a qual a equipe do craque argentino não conseguiu se classificar, por isso está sem calendário até o restante do ano. Diante de tal cenário, a diretoria do clube se movimentou para encontrar formas de preencher o espaço e também de fortalecer sua marca internacionalmente. Em comunicado, o Inter explicou que o cancelamento veio da empresa organizadora dos eventos.

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"A NSN, promotora da excursão, informou o Inter Miami do cancelamento da turnê chinesa por causa de circunstâncias imprevistas na China", explicou. "As ambições do Inter Miami continuam sendo explandir sua marca global jogando em frente a incríveis torcedores por todo o mundo. O clube continuará explorando oportunidades futuras com a NSN para alcançar este objetivo", completou.

Eleito melhor jogador do mundo pela premiação da Bola de Ouro, da revista France Football, na segunda-feira, Messi já esteve na China em outras oportunidades. A última vez foi em junho deste ano, pela seleção argentina, logo depois de deixar o Paris Saint-Germain e ser contratado pelo Inter Miami, em negociação que causou alvoroço no mundo do futebol. Na ocasião, marcou um gol no minuto inicial da partida e ajudou sua nação a conquistar uma vitória por 2 a 0 sobre os australianos.

O presidente chinês, Xi Jinping, exaltou nesta quarta-feira (18) a crescente "confiança política mútua" entre Pequim e Moscou, em uma reunião com o homólogo russo Vladimir Putin em Pequim.

"A confiança política mútua entre os dois países está em crescimento constante", declarou Xi a Putin, segundo a agência estatal Xinhua.

Xi também pediu um esforço conjunto de China e Rússia para "salvaguardar a equidade internacional" e a "justiça", ao exaltar a "coordenação estratégica próxima e efetiva" entre os dois países.

Os dois líderes se reuniram em Pequim durante um fórum internacional que marca o 10º aniversário da iniciativa chinesa de infraestruturas conhecida como Novas Rotas da Seda, uma reunião com a participação de representantes de 130 países.

"O volume de comércio bilateral atingiu um nível histórico, que avança para a meta de 200 bilhões de dólares estabelecida pelas duas partes", acrescentou Xi.

Ele destacou que se reuniu com Putin "42 vezes nos últimos 10 anos e desenvolvemos uma boa relação de trabalho e uma profunda amizade".

- Sem "confrontos ideológicos" -

Ao inaugurar o fórum, o presidente chinês afirmou que a China é contra "as sanções unilaterais, a coerção econômica, a dissociação e a redução dos laços econômicos"

Também destacou que Pequim não participará em "confrontos ideológicos, jogos geopolíticos e confrontos de blocos".

Xi acrescentou que "considerar o desenvolvimento de outros como uma ameaça e a independência como um risco não vai melhorar sua vida ou acelerar seu desenvolvimento".

Ele afirmou que as Novas Rotas da Seda "pretendem aumentar a conectividade política, de infraestruturas, comercial, financeira e entre as pessoas, para injetar um novo ímpeto na economia global".

O projeto Novas Rotas da Seda é emblemático do governo Xi e pretende promover o comércio e as infraestruturas globais.

Putin elogiou a iniciativa chinesa em seu discurso na abertura do fórum em Pequim.

"Com as dimensões globais da iniciativa que o presidente chinês lançou há uma década, francamente, era difícil acreditar que funcionaria", admitiu Putin.

"Os nossos amigos chineses estão fazendo com que funcione. Estamos felizes de ver esta história de sucesso porque significa muito para muitos de nós", acrescentou o presidente russo.

- Modernização mundial -

Xi Jinping afirmou que "apenas por meio de uma cooperação em que todos ganham é possível fazer as coisas e fazê-las de modo bem feito".

"A China está disposta a aprofundar a cooperação com os seus parceiros na iniciativa (...) e trabalhar sem trégua para concretizar a modernização de cada país do mundo", disse.

Ele recordou que o projeto de infraestrutura e comércio nasceu na China, mas que as "conquistas e oportunidades pertencem ao mundo".

Xi e Putin participaram juntos na fotografia oficial do evento.

Apesar da presença de dois líderes de potências mundiais, o fórum de Pequim foi ofuscado pelo conflito entre Israel e a organização palestina Hamas.

O governo dos Estados Unidos pediu à China para usar sua influência e tentar conter o conflito no Oriente Médio, que provocou a fuga de mais de um milhão de pessoas do norte da Faixa de Gaza diante dos bombardeios incessantes de Israel.

O Exército israelense bombardeia o enclave palestino em resposta ao ataque do Hamas contra seu território em 7 de outubro, que provocou 1.400 mortes.

A China anunciou que enviará seu representante para o Oriente Médio, Zhai Jun, à região em conflito, mas não informou a data da viagem nem os locais que ele visitará.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, desembarcou nesta terça-feira (17) na China para uma reunião com o "amigo querido" Xi Jinping, durante um encontro de cúpula multilateral que será ofuscado parcialmente pelo conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas.

A visita de Putin tem o objetivo de fortalecer ainda mais os laços entre Moscou e Pequim.

A China recebe esta semana os representantes de 130 países para um fórum do projeto chave do governo Xi, a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), um programa de desenvolvimento de infraestruturas que permitiu a Pequim ampliar sua influência global.

Putin lidera a lista de convidados e deve se reunir na quarta-feira com o homólogo chinês, em sua primeira visita a uma potência mundial desde o início da invasão da Ucrânia, conflito que deixou seu país isolado internacionalmente.

"Durante as conversas, uma atenção especial será reservada aos temas internacionais e regionais", afirmou o Kremlin, sem revelar mais detalhes.

A missão de Putin é fortalecer uma relação já sólida com Pequim, na qual Moscou é cada vez mais o sócio de menor influência.

Analistas descartam grandes surpresas durante a visita de Putin à China, que é encarada mais como um gesto simbólico de apoio a Moscou.

A Rússia tem consciência de que a China não deseja assinar nenhum acordo importante, afirmou à AFP Alexander Gabuev, diretor do Centro Carnegie para Rússia e Eurásia.

"A China tem todas as cartas na mão".

Apesar da reunião dos líderes durante o encontro de cúpula da BRI, a atenção mundial estará dominada pela guerra de Israel contra a organização palestina Hamas.

Israel declarou guerra contra o Hamas depois que combatentes do grupo invadiram o território israelense em 7 de outubro e mataram mais de 1.400 pessoas, em sua maioria civis.

Os bombardeios israelenses em represália deixaram pelo menos 2.750 mortos na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo as autoridades palestinas.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu ao ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, que utilize a influência de Pequim no Oriente Médio para acalmar a situação.

A China tem relações próximas com o Irã, cujos líderes religiosos apoiam o Hamas e o Hezbollah libanês, que poderia iniciar uma segunda frente de batalha contra Israel.

O enviado especial de Pequim, Zhai Jun, viajará ao Oriente Médio durante a semana para tentar estabelecer um cessar-fogo e negociações de paz, informou o canal estatal chinês CCTV, sem revelar detalhes sobre os países que serão visitados.

- Encontro de amigos -

Xi se reuniu nesta terça-feira, no início da cúpula, com os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, informou a imprensa estatal.

Putin e Xi discutirão as relações bilaterais em sua totalidade, afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, durante um encontro com o homólogo Wang.

O ministro Wang disse que a China "aprecia" o apoio da Rússia à BRI.

"Ambas as partes devem planejar atividades comemorativas, aprofundar a confiança mútua estratégica, consolidar a amizade tradicional e promover a amizade de geração em geração", disse o chefe da diplomacia chinesa.

Os dois países têm uma relação simbiótica, na qual a China valoriza o papel da Rússia como bastião contra o Ocidente, enquanto Moscou depende cada vez mais do apoio comercial e geopolítico de Pequim.

"Desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, o país ficou em uma posição de dependência sem precedentes da China", destaca Bjorn Alexander Duben, da Universidade de Jilin, na China.

O eixo da aliança é a relação pessoal de Xi e Putin, que se consideram "amigos queridos".

"O presidente Xi Jinping me chama de amigo e eu também o chamo de amigo", disse Putin ao canal estatal chinês CGTN antes da viagem, segundo um comunicado do Kremlin.

Fora dos playoffs da MLS, o Inter Miami, time de Lionel Messi, irá disputar dois amistosos na China em novembro. O primeiro deles será contra o Hainiu, em Qindao, dia 5, e o segundo contra o Rongcheng, em Chengdu, dia 8, em estádios que comportam de 50 mil a 60 mil torcedores. As datas coincidem com a primeira rodada da fase eliminatória da liga americana, para a qual a equipe do craque argentino não tem mais chances de classificação, embora ainda restem duas rodadas para o fim da primeira fase, que termina em 21 de outubro.

"Será uma grande oportunidade de continuar construindo nossa temporada de 2023, na qual nós conseguimos o primeiro troféu de nossa história", afirmou Chris Henderson, diretor esportivo do Inter Miami, em comunicado divulgado pelo clube. "Nós vamos encarar isso como uma oportunidade de começar nossa preparação para 2024, enquanto buscamos sucesso para continuarmos indo em frente", completo.

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O anúncio dos amistosos não menciona Messi, mas é pouco provável que as autoridades chinesas tenham aprovado o acordo sem ter a garantia da presença do campeão do mundo e sete vezes Bola de Ouro. O astro argentino sofreu com dores musculares durante a maior parte do mês de setembro e desfalcou o time em cinco das últimas sete partidas. Atualmente defendendo a seleção argentina nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo, entrou apenas no segundo tempo da vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai, quinta-feira.

Caso tenha condições físicas de jogar na China, Messi viverá sua oitava viagem para disputar amistosos no país asiático. A última vez foi em junho deste ano, pela seleção argentina, logo depois de deixar o Paris Saint-Germain e ser contratado pelo Inter Miami, em negociação que causou alvoroço no mundo do futebol. Na ocasião, marcou um gol no minuto inicial da partida e ajudou sua nação a conquistar uma vitória por 2 a 0 sobre os australianos.

Os preços dos ingressos do possível retorno de Messi à China ainda não foram revelados. Os lugares mais baratos para a aparição do jogo da Argentina, em junho, foram cotados em US$ 80, e os mais caros custavam em torno de US$ 670 pelo. Se o Inter Miami praticar valores semelhantes, as duas partidas podem gerar bem mais de US$ 20 milhões (R$ 100,9 milhões) apenas em receita de ingressos.

O Inter Miami encerra sua temporada na MLS esta semana com dois jogos seguidos contra o Charlotte, na quarta-feira e no sábado. Messi defenderá a Argentina, em duelo com o Peru, na terça, portanto pode não ir a campo pelo clube nas duas partidas, até como forma de preservá-lo para a turnê chinesa.

As ações de Israel em Gaza após o ataque do Hamas foram "além do âmbito da autodefesa" e esse governo deve "cessar a punição coletiva à população", afirmou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conforme declarações publicadas neste domingo (15).

Wang, que fez esses comentários no sábado em um telefonema com seu homólogo saudita, o príncipe Faisal bin Farhan, disse que "nenhuma das partes deve tomar quaisquer medidas que agravem a situação, e todas as partes devem voltar à mesa de negociações o mais rápido possível", de acordo com um comunicado divulgado pela Chancelaria.

"As partes não devem tomar quaisquer medidas que levem a uma escalada da situação", insistiu Wang Yi, que insistiu na abertura de "negociações".

Mais cedo neste domingo, a emissora estatal chinesa CCTV anunciou que o enviado da China para o Oriente Médio, Zhai Jun, visitará a região na próxima semana para promover um cessar-fogo e negociações de paz.

Zhai "visitará o Oriente Médio na próxima semana para coordenar um cessar-fogo com várias partes, proteger os civis, aliviar a situação e promover conversas de paz", disse a CCTV, em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Em entrevista à CCTV, Zhai afirmou que "a perspectiva de [o conflito] se ampliar e se estender é muito preocupante", segundo a emissora de televisão.

A reportagem da rede estatal foi transmitida no momento em que Israel se prepara para lançar uma ofensiva terrestre contra militantes do Hamas em Gaza.

Mais de um milhão de pessoas na parte norte desse território densamente povoado receberam ordens de fugir antes da anunciada incursão. Um êxodo que, segundo os órgãos de ajuda humanitária, pode desencadear um desastre humanitário. Essa faixa estreita e empobrecida, onde vivem 2,3 milhões de residentes, está sujeita a um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo desde 2006.

Nesse contexto, o secretário de Estado americano, fez um apelo ontem à China, parceira do Irã, para que use sua influência para tentar acalmar a situação no Oriente Médio. Em resposta, o chanceler Wang Yi pediu aos Estados Unidos que "desempenhem um papel construtivo e responsável" no conflito e solicitou que "se convoque uma reunião internacional de paz o mais rápido possível para promover a obtenção de um consenso amplo".

As declarações oficiais da China sobre o conflito não mencionam o Hamas, especificamente, em suas condenações à violência, o que suscitou críticas.

Os letais ataques israelenses se seguiram a uma sangrenta incursão do Hamas em 7 de outubro, na qual seus combatentes atravessaram a fronteira fortemente fortificada entre a Faixa de Gaza e Israel e mataram mais de 1.400 pessoas.

Em Gaza, as autoridades de saúde palestinas afirmaram, em seu último balanço, que a resposta de Israel deixou pelo menos 2.450 mortos. Assim como no lado israelense, a maioria era civil.

Um cuidador de um zoológico na cidade de Changsha, na China, foi atacado por um hipopótamo depois de separar uma disputa por território entre dois animais na jaula. Nas imagens, o homem cai depois de escorregar na entrada do recinto fechado e o animal tenta mordê-lo.

O vídeo registrado por visitantes no último domingo (24) mostra o momento que o homem cai no chão e o hipopótamo se aproxima com a boca aberta. O funcionário se protege dos dentes do animal com os pés e os braços e consegue se levantar. Ele se afasta do animal, que ameaça um novo ataque, mas desiste.

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O funcionário consegue se alojar em um local seguro e saiu ileso. 

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Segundo o Daily Mail, o Departamento Florestal de Changsha instaurou uma investigação. "A equipe do zoológico foi instruída sobre quando é seguro entrar no recinto de todos os animais. Eles devem tomar cuidado extra e evitar situações em que os machos estejam em combate ou quando as fêmeas estejam no cio", afirmou um porta-voz.

O chefe da diplomacia chinesa disse ao presidente russo, Vladimir Putin, que os dois países têm que trabalhar para aprofundar a sua cooperação, diante de "uma situação internacional complexa", informou nesta quinta-feira (21) a imprensa estatal do país asiático.

Durante um encontro com Putin em São Petersburgo, o chanceler Wang Yi ressaltou que "o mundo evolui rapidamente para a multipolaridade”, indicou a agência Xinhua. "Ambas as partes precisam fortalecer a sua cooperação multilateral estratégica, proteger seus direitos e interesses legítimos e empreender novos esforços para promover a ordem internacional rumo à igualdade e justiça", acrescentou.

Putin disse ao chanceler chinês que suas posições “coincidem em relação ao surgimento de um mundo multipolar”, informou a Xinhua. O presidente russo anunciou que viajará à China em outubro, a convite do colega Xi Jinping.

Os laços entre a China e a Rússia se tornaram ainda mais fortes a partir do começo da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, que não foi criticada por Pequim.

Um tornado que atingiu o leste da China provocou 10 mortes e deixou várias pessoas gravemente feridas, informou a imprensa estatal nesta quarta-feira.

"Ontem à tarde, um tornado intenso foi registrado em Suqian, na província de Jiangsu... provocando vítimas e danos materiais em algumas áreas", informou o canal estatal CCTV.

Mais de 5.500 pessoas foram afetadas e 137 casas desabaram na passagem do tornado, segundo "números preliminares".

Mais de 400 pessoas foram enviadas para abrigos temporários.

A China registrou um nível recorde de chuvas e semanas de calor intenso no verão (hemisfério norte). Os cientistas afirmam que os fenômenos climáticos extremos são exacerbados pelo aquecimento global.

A Comissão Europeia - braço executivo da União Europeia (UE) - dialogou com a China sobre regulação de dados, inteligência artificial (IA), fluxo transfronteiriço de dados industriais e inovação e pesquisa, entre outros assuntos relacionados ao domínio digital.

Em comunicado, a Comissão Europeia informa que o evento foi presidido pelo vice-primeiro-ministro da China, Zhang Guoqing, e pela vice-presidente para Valores e Transparência da Comissão Europeia, Vera Jourova.

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Esse foi o segundo Diálogo Digital China-UE, realizado em Pequim.

O evento não ocorria desde 2020.

Taiwan fez um apelo nesta segunda-feira (18) para que a China interrompa imediatamente as "ações unilaterais destrutivas", depois que Taipé detectou a presença de mais de 100 aviões e nove embarcações de guerra de Pequim nos arredores da ilha autônoma, um recorde nos últimos meses.

"Entre as manhãs de 17 e 18 de setembro, o Ministério da Defesa Nacional detectou um total de 103 aeronaves chinesas, um recorde recentemente e que representa graves desafios à segurança do Estreito de Taiwan", afirmou a pasta em um comunicado.

"O assédio militar contínuo pode levar facilmente a um aumento repentino da tensão e piorar a segurança regional", acrescentou o ministério, que exige na nota que Pequim "interrompa imediatamente tais ações unilaterais destrutivas".

A China considera a ilha com governo autônomo uma província do país, que aguarda a reunificação com o restante de seu território. Nos últimos anos, Pequim aumentou a pressão diplomática e militar contra Taiwan.

De todas as aeronaves detectadas entre domingo e segunda-feira, 40 cruzaram a linha média do Estreito de Taiwan que separa a ilha da China continental e entraram nas partes sudeste e sudoeste da sua zona de identificação de defesa aérea, informa o comunicado do ministério.

As autoridades taiwanesas também identificaram a presença de nove navios da Marinha chinesa.

No domingo, Taipé anunciou a detecção de 28 aviões de guerra chineses perto da ilha, incluindo 20 que atravessaram a linha média do estreito.

O ministério chinês das Relações Exteriores não fez comentários específicos sobre a situação, mas a porta-voz da pasta, Mao Ning, reafirmou a posição de Pequim de que Taiwan é parte da China.

"O que gostaria de afirmar é que Taiwan é parte do território chinês e que a chamada linha média não existe", declarou.

- Aumento das incursões -

Na semana passada, Taipé denunciou o aumento do número de incursões de aviões navios militares chineses.

O aumento aconteceu depois de Pequim anunciar que suas tropas estavam em "alerta máximo" devido à passagem, no início do mês pelo Estreito de Taiwan, de dois navios pertencentes aos Estados Unidos e Canadá.

O Ministério da Defesa afirmou que 68 aeronaves e 10 embarcações foram detectadas ao redor da ilha entre quarta-feira e quinta-feira.

Alguns aviões e navios de guerra seguiam para uma zona não especificada do Pacífico ocidental para "treinamentos conjuntos marítimos e aéreos" com o porta-aviões chinês "Shandong", segundo a pasta.

O "Shandong" é um dos dois porta-aviões operacionais da frota chinesa. Na semana passada, o navio estava quase 60 milhas náuticas (110 km) ao sudeste de Taiwan, em direção ao Pacífico ocidental, afirmaram as autoridades de Taipé.

O Ministério da Defesa do Japão informou na semana passada que detectou seis navios chineses a 650 quilômetros da ilha de Miyakojima, ao leste de Taiwan.

Também registrou a presença de helicópteros e aviões que decolavam e pousavam no porta-aviões.

A China não fez comentários oficiais sobre os exercícios militares no Pacífico ocidental.

Alguns analisas consideram que a China pode estar exibindo força para contra-atacar a influência dos Estados Unidos na região Ásia-Pacífico, onde vários exercícios militares foram organizados recentemente.

Nos últimos meses, as Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram manobras com a Coreia do Sul no Mar Amarelo, outras com Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul no Mar da China Oriental, assim como com 19 nações na Indonésia.

"Politicamente, a China quer contra-atacar a capacidade militar dos aliados democráticos liderados pelos Estados Unidos", declarou à AFP Su Tzu-yun, analista do Instituto Nacional de Defesa Nacional e Pesquisa de Segurança de Taiwan.

Em abril, Pequim organizou três dias de exercícios militares que simularam o cerco da ilha em resposta a um encontro da presidente taiwanesa Tsai Ing-wen com o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, na Califórnia.

Na ocasião, a ilha detectou 71 aeronaves chinesas em um período de 24 horas, igualando o recorde anterior para apenas um dia registrado em dezembro de 2022.

O assessor de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, reuniu-se neste fim de semana com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, em Malta, em um contexto de tensão persistente entre as duas grandes potências.

Uma funcionária do alto escalão do governo americano, que não quis ser identificada, informou que as reuniões de ontem e hoje duraram 12 horas no total, e lembrou que a reunião bilateral anterior deste nível havia acontecido em maio.

Durante o encontro com o ministro chinês, Sullivan “enfatizou que os Estados Unidos e a China competem, mas que Washington não busca um conflito ou confronto", acrescentou a funcionária. "Wang Yi ressaltou que a questão de Taiwan é a primeira linha vermelha que não deveria ser ultrapassada nas relações sino-americanas", informou Pequim.

Segundo a funcionária americana, o assessor da Casa Branca reiterou que os Estados Unidos não apoiam a independência da ilha, mas que rejeitam "uma mudança unilateral no status quo”, tanto por parte dos taiwaneses quanto dos chineses.

- Comunicações militares -

Ambos os países comprometeram-se em Malta "a manter consultas” em certos âmbitos, principalmente em relação "à evolução da política e segurança na região Ásia-Pacífico”, segundo a fonte da Casa Branca. As comunicações militares entre os dois países, cortadas por Pequim em 2022, no entanto, não foram retomadas.

Estados Unidos e China renovaram o diálogo nos últimos meses, com uma sucessão de visitas de funcionários do alto escalão americano a Pequim. As diferenças comerciais, a questão de Taiwan e a presença chinesa no Mar da China Meridional, que Washington descreve como expansionista, são algumas das questões que confrontam os dois países.

A China negou nesta quarta-feira (13) que tenha lançado regulamentos oficiais para banir o uso de celulares de marcas estrangeiras. "A China não emitiu quaisquer leis, regulamentos ou documentos de política que proíbam o uso de celulares estrangeiros, incluindo o iPhone da Apple", disse Mao Ning, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, em coletiva de imprensa diária.

Na semana passada, o The Wall Street Journal noticiou que alguns funcionários de agências governamentais haviam sido instruídos a não usar iPhones ou outros aparelhos de marcas estrangeiras no trabalho, citando fontes com conhecimento do assunto.

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A porta-voz disse ainda que a mídia chinesa recentemente publicou reportagens sobre questões de segurança relacionadas aos iPhones e que Pequim "dá grande importância" à informação e segurança cibernética. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegará ao Vietnã no domingo (10) para fortalecer a influência do seu país, embora a ênfase seja no contra-ataque à China, o que poderá colocar as preocupações com os direitos humanos em segundo plano.

O objetivo de Biden é o mesmo da cúpula do G20 deste fim de semana em Nova Délhi: construir apoio face à crescente influência da China.

"Durante décadas, os Estados Unidos e o Vietnã trabalharam para superar o legado compartilhado da Guerra do Vietnã", disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

"Esta visita é um passo importante no fortalecimento dos nossos laços diplomáticos e reflete o papel crescente que o Vietnã desempenhará na nossa rede de aliança no Indo-Pacífico no futuro", disse ele, referindo-se à região Ásia-Pacífico.

- Aliança estratégica -

Biden se reunirá com o líder do Partido Comunista do Vietnã, Nguyen Phu Trong, em Hanói no domingo, informou a Casa Branca. Na segunda-feira ele se reunirá com o presidente Vo Van Thuong e o primeiro-ministro Pham Minh Chinh.

Sobre a mesa está uma melhoria nas relações entre os dois países, menos de 50 anos após o fim do conflito que ceifou a vida de milhões de vietnamitas e de 58 mil soldados americanos.

Espera-se que os governantes estabeleçam "uma ampla aliança estratégica", o mais alto nível de laços diplomáticos para Hanói, que o mantém apenas com Rússia, Índia, Coreia do Sul e China.

A China é justamente no que Biden mira nesta viagem, devido aos esforços de Pequim para expandir a sua influência na Ásia.

A China, que travou uma guerra contra o Vietnã entre 1974 e 1988, também cortejou Hanói, ao enviar esta semana uma delegação de alto nível para "reforçar a solidariedade e a cooperação", segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

- Imparcial -

Mas o Vietnã não pretende desempenhar um papel no equilíbrio entre Washington e Pequim, disse Nguyen Quoc Cuong, ex-embaixador de Hanói em Washington de 2011 a 2014.

"O Vietnã tem uma política muito clara de aproximação com todos. O Vietnã sempre disse que não tomamos partido, não escolhemos entre Estados Unidos e China. Os Estados Unidos estão cientes disso", disse Cuong.

Mas Biden aposta que o Vietnã poderia se aproximar de Washington devido às tensões na região pelas tentativas chinesas de tomar a maior parte do Mar da China Meridional.

Biden deverá equilibrar os interesses estratégicos com a defesa dos direitos humanos, como fez com Índia e Arábia Saudita.

Recentemente, uma comissão oficial dos EUA sobre liberdade religiosa criticou duramente o Vietnã por "violações graves, persistentes e sistemáticas".

Além disso, o Departamento de Estado destacou "problemas significativos de direitos humanos" no país comunista, incluindo execuções ilegais ou arbitrárias, tortura e detenção de presos políticos.

"Sempre levantamos questões de liberdade de expressão, liberdade religiosa e outros direitos humanos básicos", disse Sullivan. "Esta viagem não será a exceção".

Mas os ativistas vietnamitas não têm ilusões.

"A proteção dos direitos humanos não é mais uma prioridade", disse Le Cong Dinh, ex-advogado de direitos humanos na cidade de Ho Chi Minh.

A Apple enfrenta uma nova ameaça competitiva na China após o país asiático ordenar funcionários a não usarem o iPhone e outros produtos da empresa em suas atividades de trabalho. Ao mesmo tempo, a gigante Huawei Technologies está vendendo um smartphone com capacidade para conexão ultrarrápida

O novo modelo de smartphone da Huawei, juntamente com a proibição, tem o potencial de causar uma redução significativa nas vendas da Apple. Os movimentos recentes sublinham mais uma vez os riscos que as empresas globais enfrentam à medida que as tensões geopolíticas entre os EUA e a China se espalham por muitas indústrias.

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A Apple é particularmente vulnerável, uma vez que a maioria dos seus produtos é montada na China. O presidente-executivo, Tim Cook, se envolve em um dilema delicado há anos para evitar que sua empresa fique prejudicada, já que os dois países discordam sobre comércio e tecnologia.

A Apple dominou o mercado de telefones de última geração da China nos últimos anos, depois que duras sanções dos EUA limitaram o fornecimento de chips e a Huawei abandonou anteriormente os planos de fabricar telefones com 5G, um padrão celular que permite conexões muito mais rápidas.

Milhões de usuários de smartphones em todo o mundo atualizaram seus dispositivos, uma vez que a chamada tecnologia 5G trazia a promessa de ligações melhores, mais rápidas e outras novas utilizações potenciais. Agora, a Huawei está reagindo e lançando um novo telefone na China com velocidades e capacidades semelhantes às do 5G.

O lote inicial do telefone, o Mate 60 Pro, com preço de pré-venda de US$ 960, esgotou em poucas horas, causando impacto nas redes sociais chinesas. O fervor inicial sugere que a Huawei poderia recuperar os compradores perdidos na China para a Apple, que deve lançar seu mais recente iPhone na próxima semana. "A proibição do governo e o novo telefone Huawei serão eventos importantes para o iPhone", disse Martin Yang, analista da empresa de investimentos Oppenheimer.

Ainda não estava claro o que levou a China a restringir o uso do iPhone, mas alguns analistas sugeriram que uma ação semelhante na Rússia poderia ter ajudado Pequim. Embora o pedido não tenha sido anunciado publicamente, pode representar riscos para a reputação da Apple no país asiático. A empresa vendeu 224,7 milhões de iPhones em 2022, de acordo com a Counterpoint Research, então esse número representaria cerca de 4,5% do total de remessas de iPhone. Fonte: Dow Jones Newswires

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, visita a China a partir desta sexta-feira (8) e prosseguirá no país até quinta-feira (14), em sua primeira viagem à nação asiática desde 2018, no momento em que Caracas busca apoio para superar a crise econômica.

A China mantém relações próximas com o governo de Maduro, isolado internacionalmente, e é um dos principais credores da Venezuela, cujo PIB registrou queda de 80% em uma década, consequência da crise.

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Pequim também já expressou apoio a Maduro contra as tentativas de interferência estrangeira denunciadas pelas autoridades venezuelanas.

"A confiança política mútua entre os dois países está se tornando muito sólida e a cooperação em vários setores está em expansão contínua", declarou Mao Ning, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.

Pequim deseja que a visita sirva para levar as relações entre os dois países a "uma nova era", acrescentou.

Maduro também visitará outros "países amigos", anunciou o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, sem revelar mais detalhes.

- "Uma relação de ferro" -

A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, visitou Xangai e Pequim esta semana e se reuniu com o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi.

"China e Venezuela construíram uma relação de ferro que não pode ser rompida, e a China apoia firmemente a Venezuela na defesa de sua independência nacional e dignidade nacional", disse Wang.

A visita tinha como objetivo conseguir novos investimentos da China para o setor de petróleo e discutir possíveis ações conjuntas entre empresas dos dois países, segundo a agência Bloomberg.

"Extraordinária reunião de trabalho com a qual fortalecemos nossas relações bilaterais, a ampliação da cooperação estratégica e do trabalho conjunto internacional, em favor da paz e do respeito aos princípios e propósitos da Carta da ONU", escreveu Rodríguez na rede X (antes Twitter).

Nicolás Maduro Guerra, deputado e filho do presidente, que também viajou à China, informou que acompanhou Rodríguez em uma reunião com a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, que comanda o banco dos BRICS.

Esta será a oportunidade, segundo ele, de "ratificar a vontade da Venezuela de aderir" ao bloco de países emergentes, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A visita anterior de Maduro à China aconteceu em 2018, quando elogiou a visão do presidente Xi Jinping de um "destino comum para a humanidade". A viagem desta sexta-feira representa a 11ª visita do venezuelano ao gigante asiático.

Xi visitou o país latino-americano em 2014.

- Sanções -

A visita de Maduro a China acontece no momento em que os líderes mundiais se reúnem na Índia para um encontro de cúpula do G20 na qual o presidente chinês estará ausente

China emprestou 50 bilhões de dólares para a Venezuela na década de 2010, um valor que o país sul-americano se comprometeu a pagar com envios de petróleo.

Em 2018, ano em que Maduro venceu eleições que não foram reconhecidas por grande parte da comunidade internacional por supostas irregularidades, a dívida superava 20 bilhões de dólares.

Em 2019, o governo dos Estados Unidos e parte da comunidade internacional reconheceram Juan Guaidó, líder da oposição e que se autoproclamou presidente interino. O presidente americano na época, Donald Trump, aplicou várias sanções contra Caracas.

A oposição venezuelana encerrou em janeiro a presidência interina, por considerar que não cumpriu os objetivos de mudança política.

O atual governo americano, do presidente democrata Joe Biden, insiste que não reconhece Maduro como presidente e prossegue com a maioria das sanções.

Washington, no entanto, aprovou no ano passado um projeto de petróleo da empresa americana Chevron e afirmou que está disposto a aliviar a pressão caso sejam alcançados acordos entre Maduro e a oposição para as eleições presidenciais previstas para 2024.

A Venezuela registrou crescimento em 2022, após oito anos seguidos de recessão.

A recuperação foi impulsionada pela flexibilização dos controles econômicos rigorosos, cenário que levou a uma dolarização informal diante da fragilidade da moeda local, o bolívar, e à redução da inflação, embora o índice permaneça entre os mais elevados do mundo.

A economia venezuelana, no entanto, começou a registrar um processo de desaceleração no fim do ano passado. Maduro insiste que o PIB vai crescer mais de 5% em 2023, rebatendo as projeções de vários analistas.

A China ordenou que funcionários de agências do governo central não usem iPhones da Apple e outros dispositivos de marcas estrangeiras para trabalhar, nem os levem para o escritório, disseram fontes. Nas últimas semanas, os funcionários receberam instruções de seus superiores em grupos de bate-papo ou reuniões no local de trabalho, disseram as fontes. A diretriz é o mais recente passo na campanha de Pequim para reduzir a dependência de tecnologia estrangeira e melhorar a segurança cibernética, e surge no meio de uma campanha para limitar os fluxos de informação sensível fora das fronteiras da China.

A medida de Pequim poderá ter um efeito inibidor para as marcas estrangeiras na China, incluindo a Apple.

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A Apple domina o mercado de smartphones topo de linha no país e considera a China um dos seus maiores mercados, dependendo dela para 19% de sua receita total.

Não ficou clara a abrangência das ordens, mas mensagens semelhantes foram enviadas aos funcionários de alguns órgãos reguladores do governo central.

O Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China e a Apple não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

Há anos Pequim restringe o uso de iPhones por funcionários de algumas agências do governo, mas a ordem agora foi ampliada, disseram as fontes. A última ordem sinaliza um esforço intensificado de Pequim para garantir que suas regras sejam rigorosamente aplicadas.

A restrição da China reflete proibições semelhantes nos EUA contra a Huawei, bem como contra autoridades que utilizam o TikTok, de propriedade chinesa, com ambas as superpotências preocupadas com vazamentos de dados num contexto de maior ênfase em segurança nacional.

O líder chinês Xi Jinping tem enfatizado a segurança nacional à medida que a rivalidade com os Estados Unidos se intensifica, levando a um reforço do controle estatal sobre os dados e as atividades digitais nos últimos anos. Em julho, a China começou a implementar uma atualização abrangente de uma lei antiespionagem.

Pequim tem instado suas agências e empresas estatais a substituir tecnologia estrangeira, incluindo computadores, sistemas operacionais e softwares, por produtos nacionais que considere seguros e controláveis. Fonte: Dow Jones Newswires

A vice-presidente dos EUA, o primeiro-ministro chinês e o ministro das Relações Exteriores russo participaram nesta quinta-feira (7) na Cúpula do Leste Asiático, na qual o presidente indonésio, anfitrião do evento, emitiu um alerta sobre as crescentes rivalidades entre as potências.

A reunião de 18 nações na capital indonésia, Jacarta, colocou a China e os Estados Unidos frente a frente um dia depois de o primeiro-ministro Li Qiang ter alertado que as grandes potências devem administrar as suas diferenças para evitar "uma nova Guerra Fria".

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As interações entre as duas delegações foram acompanhadas de perto devido ao risco de intensificação das tensões sobre Taiwan, aos laços com a Rússia e à rivalidade para ganhar influência no Pacífico.

"Peço aos líderes da Cúpula do Leste Asiático que façam deste um fórum para reforçar a cooperação e não para aguçar as rivalidades", disse o presidente indonésio, Joko Widodo, no seu discurso de abertura.

Na quarta-feira, tanto Li Qiang como a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, reuniram-se separadamente com os líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Nessa reunião, Harris destacou "a importância de defender o direito internacional no Mar da China Meridional", reivindicado quase inteiramente por Pequim em disputa com outros países costeiros.

A cúpula desta quinta-feira foi também a primeira reunião entre os líderes dos EUA e da Rússia em quase dois meses, após uma tensa reunião da ASEAN em julho, na qual o chefe da diplomacia de Moscou, Serguei Lavrov, recebeu repreensões dos seus homólogos ocidentais pela invasão da Ucrânia.

Lavrov falou nesta quinta-feira sobre os riscos de "militarizar o leste asiático" e acusou a Otan de "penetrar" na região, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores russo.

Na véspera, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou uma nova ajuda à Ucrânia de 1 bilhão de dólares (4,9 bilhões de reais) durante uma visita a Kiev.

- "Inaceitável" -

Autoridades dos países da ASEAN, Índia, Japão, Coreia do Sul, Canadá e Austrália também participaram da cúpula de Jacarta.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, disse que qualquer tentativa unilateral de mudar o status quo no Mar da China Meridional é "inaceitável" e apelou a uma "ordem marítima baseada em regras" para administrar esta importante rota marítima, segundo o seu gabinete.

O presidente filipino, Ferdinand Marcos, instou os líderes a se oporem ao "uso perigoso da guarda costeira" e a quaisquer navios utilizados pelas autoridades chinesas, após vários incidentes envolvendo navios chineses nos últimos meses, de acordo com um discurso publicado pelo seu gabinete.

Mas a declaração conjunta da cúpula, vista pela AFP, omite qualquer menção ao Mar da China Meridional, em grande parte reivindicado pela China, ou à guerra na Ucrânia.

À margem da cúpula, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, reuniu-se com Li Qiang e confirmou que visitará Pequim este ano. O primeiro-ministro chinês disse a ele que o seu país estava disposto a retomar as trocas bilaterais.

Depois de anos de atritos sobre questões econômicas e políticas, a Austrália tem tentado colocar a sua relação com a China nos trilhos desde que o líder trabalhista chegou ao poder em 2022.

Mas, para além de reunir todos estes líderes, os especialistas não esperam que a cúpula ajude a resolver a vasta gama de disputas regionais e globais.

As grandes potências aproveitaram as negociações anteriores em Jacarta para traçar alianças e exercer pressão sobre o bloco de dez nações da ASEAN (Mianmar, Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã).

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