ADUFEPE fala sobre o fim da greve
Paralisação durou 112 dias. Atividades serão retomadas no dia 17 de setembro
“A greve termina, mas a luta em defesa da carreira docente e de melhores condições de trabalho continua”. Foram essas as palavras proferidas pelo presidente da ADUFEPE, José Luís Simões, na assembleia que reuniu o maior número de docentes na história da entidade. Realizada nessa quarta-feira (5), no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), a assembleia contou com 432 professores, que decidiram pela saída da greve com 241 votos favoráveis, 134 contra e oito abstenções.
Iniciada em 17 de maio, a paralisação completou 112 dias. No item “data de indicativo de fim de greve”, 128 docentes votaram pelo dia 10 de setembro e 149 pelo dia 17, com 20 abstenções. As atividades serão retomadas, então, no dia 17 de setembro, quando completa quatro meses do início da paralisação. A ADUFEPE enviou um ofício à reitoria da UFPE notificando as deliberações da assembleia e solicitando a volta das aulas a partir da data escolhida pela maioria dos docentes.
De acordo com a ADUFEPE, a maior greve da história da UFPE trouxe saldos positivos. Um resultado desta batalha foi a possibilidade de acesso interno na carreira ao nível de Professor Titular. Eles também conseguiram reajustes entre 25 e 40%, a depender da classe, até 2015. Além disso, a associação diz que com a mobilização o movimento teve visibilidade e cresceu, contando com o apoio dos docentes, estudantes e de toda a sociedade. “A luta não é agora. A luta é sempre”, declarou José Luís Simões, presidente da ADUFEPE.
Durante os 112 dias de paralisação foram realizadas mais de 50 atividades grevistas, entre atos públicos, panfletagens, assembleias, reuniões do Comando Local de Greve e debates.
Confira alguns números da greve:
- 1ª Assembleia que deliberou o início da greve no dia 17 de maio: estiveram presentes 228 docentes; 189 votaram a favor da paralisação, 17 foram contrários e 12 se abstiveram.
- Última Assembleia que deliberou saída de greve no dia 5 de setembro: 241 votaram a favor, 134 contrários e oito se abstiveram. 432 docentes assinaram a lista de presença da ADUFEPE, sendo 300 sindicalizados e 132 não sindicalizados.
- Cerca de 30 mil alunos sem aulas.
- 2.636 professores parados.
- 14 assembleias gerais da ADUFEPE.
- 27 reuniões do CLG.
- 63 novas filiações à ADUFEPE.
- Duas reuniões de negociação com o governo.