Durante protesto, professores cobram debate com Governo

Comissão espera ser recebida para entregar pauta de reivindicações sobre a greve da categoria

por Damares Romão qua, 15/04/2015 - 18:01
Élida Maria/LeiaJáImagens De acordo com Fernando Melo, o Sindicato ainda não foi notificado pessoalmente sobre a decisão do TJPE Élida Maria/LeiaJáImagens

A manifestação contra o Projeto de Lei (PL) 433 que regulamenta a terceirização chegou ao Palácio do Campo das Princesas por volta das 17h30 desta quarta-feira (15). Após caminharem durante toda a tarde por ruas do Recife, agora os manifestantes se concentram nas imediações da sede do Governo do Estado.

Do lado de fora, uma comissão dos educadores de Pernambuco espera ser recebida por representantes da gestão estadual. O grupo é composto por centrais sindicais, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e a deputada Tereza Leitão. Eles pretendem entregar uma pauta de reivindicações sobre a greve da categoria.

“Estamos reivindicando as ações de repressão ao movimento, como transferência e corte de ponto, para que elas cessem imediatamente. Precisamos priorizar o canal de diálogo e debate para uma saída negociável. A radicalização de um lado ou do outro só vai complicar o movimento de um termo geral”, afirmou o presidente do Sintepe, Fernando Melo.

Segundo a assessoria de comunicação do Estado o grupo vai ser recebido, mas não pelo governador Paulo Câmara que está viajando. O grupo será atendido pelo secretário da Casa Civil, Marcelo Canuto.

Suspensão - O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu uma liminar, nesta quarta-feira (15), determinando a suspensão da greve dos professores estaduais e o imediato retorno as atividades. A decisão foi concedida pelo desembargador Jovaldo Nunes. Além disso, a Corte também negou o pedido do PSOL para suspender os efeitos da Portaria nº 28/2015, que determina medidas punitivas aos servidores que aderiram à paralisação.

Mas de acordo com Fernando Melo, o Sindicato ainda não foi notificado pessoalmente. “Quando isso acontecer a nossa assessoria vai analisar o teor, se posicionar juridicamente e nos orientar para tomarmos uma decisão política”, afirmou.

Até lá, Melo garante que a greve continua. “Amanhã estaremos discutindo nos locais de trabalho a adesão da paralisação. Até está quarta-feira tínhamos 70% da categoria parada, não houve mudança, e é uma adesão satisfatória. Na sexta-feira teremos uma assembleia, às 9h, no auditório do Centro de Convenções”, concluiu.

Com informações de Élida Maria

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