Professores de Pernambuco decidem continuar em greve

Docentes estão no movimento desde o dia 10 deste mês

por Nathan Santos qui, 30/04/2015 - 16:00
Roberta Patu/LeiaJáImagens Presidente do Sintepe, Fernando Melo, comandou a assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (30) Roberta Patu/LeiaJáImagens

Mesmo o governador Paula Câmara afirmando que vai aumentar o salário dos professores, pelo menos até 2016, os docentes da Rede Estadual continuaram firmes e fortes com a paralisação. A decisão pela continuidade da greve saiu na tarde desta quinta-feira (30), após assembleia realizada pela categoria em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Centro do Recife. Mais uma vez, as ameaças de cortes nos salários dos grevistas amedrontaram os docentes.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), que lidera os profissionais da educação no Estado, é contra o reajuste de 13,01% promovido pelo Governo local para os professores que têm magistério, cerca de 10% da categoria. Os profissionais com licenciatura plena ganharam aumento de 0,89%.

O presidente do Sintepe, Fernando Melo, criticou a afirmação de Paulo Câmara. O governador anunciou que, aumentando o salário dos professores, passaria a cobrar metas. "Isso não estava em primeiro plano. O primeiro plano seria dar um reajuste salarial (13,01%) para todos os professores e depois seriam exigidas metas. Sobre o desconto no piso dos professores, não vamos aceitar intimidação, porque nós estamos abertos a negociação e não aceitamos opressão do governo", declarou Melo.

A professora Ana Cláudia Xavier, que leciona inglês em uma escola estadual de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, disse que a categoria deve continuar firme na greve. "A gente não vai ceder até o governo cumprir a lei. Não temos como trabalhar sem um plano de cargos e carreiras. Estamos juntos nesta luta!", exclamou a trabalhadora.

Com informações de Roberta Patu

 

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