Ministro da Educação é alvo de protesto em Pernambuco

Durante sua fala na abertura do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, Renato Janine Ribeiro teve que interromper o discurso por causa dos gritos dos manifestantes. Cortes na educação foram os principais alvos do protesto

por Nathan Santos ter, 26/05/2015 - 21:13

A noite do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, não foi tão tranquila nesta terça-feira (26). Durante a abertura do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (FMEPT), no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, Janine ouviu gritos de dezenas de manifestantes que criticam os cortes financeiros feitos na educação pelo Governo Federal. Os grupos protestantes eram ligados a movimentos estudantis e de apoio a professores.

“Ministro mão de tesoura” foi um dos principais gritos dos manifestantes. Em alguns momentos, o barulho fez Renato Janine interromper sua fala. Mesmo assim, o ministro conseguiu concluir o discurso e disse aceitar as críticas com naturalidade. “Protesto a gente recebe naturalmente. Nós respeitamos, como parte do processo democrático”, declarou.

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Questionado sobre os cortes na educação, o ministro reconheceu que o atual cenário da economia está prejudicando os investimentos na educação. “Ninguém gosta de cortes. Mas o fato é que a economia não está suportando neste momento o que nós gostaríamos de fazer. O que devemos fazer: estamos com vários critérios, analisando o que pode ser alongado e o que pode ser desenvolvido no próximo ano, para este ano garantir o funcionamento do sistema de ensino federal”, disse Janine.

O ministro também falou sobre o Plano Nacional da Educação (PNE), destacando o investimento do PIB na educação. De acordo com Janine, até 2024, o percentual do PIB para atividades educativas no Brasil será de 10%. “Isso não é um compromisso do MEC. Isso é um compromisso do Brasil”, garantiu.

Segundo um dos manifestantes, o estudante de segurança do trabalho, Jessé Samá, o grupo estudantil queria participar da mesa de abertura do Fórum, porém, não foi permitido. Assim, segundo ele, os estudantes resolveram protestar. "A gente teve que marcar nosso espaço como movimento estudantil. Eles não podiam nos calar", disse Samá. 

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