Negros têm menor rendimento financeiro no Recife

Pesquisa relativa a 2014 aponta que os negros apresentam taxas inferiores aos não-negros em diversos setores de trabalho

por Rodrigo Malveira ter, 17/11/2015 - 17:49
Fábio Rodrigues/ABr Dia da Consciência Negra será comemorado no próximo dia 20 Fábio Rodrigues/ABr

Com a proximidade do Dia da Consciência Negra, a ser comemorado no próximo dia 20, muitos pontos sobre a participação dos negros no mercado de trabalho começam a surgir e geram questionamentos sobre a igualdade entre raças em diversos setores de atuação. A Fundação Seade e o DIESSE, em parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação de Pernambuco (SEMPETQ-PE) e a Agência CONDEPE/FIDEM, aproveitaram este momento para divulgar uma pesquisa sobre a representatividade dos trabalhadores afro-brasileiros no estado de Pernambuco em 2014. Segundo o estudo, no cenário pernambucano, os negros representam quase 78% da População em Idade Ativa (PIA) e da População Economicamente Ativa (PEA). Porém, apesar dessa maioria apontada nos números, o rendimento financeiro deles é menor que os dos não-negros: R$6,61. Enquanto isso, o valor recebido pelos não negros é de R$ 9,08, uma diferença que corresponde a 72,8%. 

Outro índice destacado corresponde à taxa de desemprego dos negros no Recife. Em 2014, a taxa média geral de desemprego na capital pernambucana foi de 12,4%, ficando abaixo da observada em 2013 (13%). Quando a análise é feita a partir da cor e do sexo, as mulheres negras apresentam taxas mais elevadas de desemprego em relação aos demais grupos. No ano passado, a diferença foi 15,3% para as mulheres afro-brasileiras e em relação aos homens não negros que foi de 8,7%. 

Outros dados correspondem aos setores em que os negros possuem vínculos empregatícios. De acordo com a pesquisa, os maiores números são para a área de construção, com uma participação de 9,1% dos negros recifenses. 

 

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