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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta segunda-feira (26), que apresentará durante a live semanal, prevista para a próxima quinta-feira (29), supostas provas que comprovam que houve fraudes nas eleições de 2014. Diante dos apoiadores, Bolsonaro falou sobre o tema e prometeu também mostrar evidências de inconsistências nas eleições em que saiu vencedor.

Defendendo o volto impresso, o chefe do Executivo ressaltou o que promete expôr: "São três momentos inacreditáveis que nós vamos mostrar com fotografias de dados fornecidos pelo próprio TSE. Faltam dados ainda que não entregaram com a gente, mas já dá para demonstrar claramente".

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O presidente teceu críticas ao ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, que tem se posicionado contrário á medida defendida por Bolsonaro."Eu não quero acusá-lo de nada, mas ninguém consegue entender por que ele é contra. E ministro do Supremo, deputado, senador, presidente, são passíveis de críticas. Por que certas pessoas não podem criticar?", questionou.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira irá comprovar, na semana que vem, a existência de fraude nas eleições presidenciais de 2014, que, segundo ele, resultariam na vitória do candidato derrotado no segundo turno daquela disputa, Aécio Neves (PSDB-MG), contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

"Em uma hora dá pra demonstrar tudo", declarou o presidente em entrevista à Rádio Itatiaia. Segundo ele, a imprensa vai ser convidada e as supostas provas serão encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar da crença do presidente, os tucanos já descartaram as suspeitas de fraude no pleito.

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Bolsonaro diz que vai provar a fraude com ajuda de "hacker do bem" e "pessoal que entende de informática". A justificativa utilizada pelo presidente na adoção do voto impresso é a de garantir transparência nas eleições e "evitar problemas". Conforme aponta, as eleições no Brasil não são seguras. "Por que os parlamentares são contra o voto impresso? É difícil entender o que está acontecendo", declarou. Bolsonaro ainda voltou a falar que, no pleito de 2022, entrega a faixa presidencial "a quem ganhar as eleições, desde que seja transparente".

Em novas críticas ao presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o chefe do Executivo lamentou sua defesa ao voto eletrônico. "É lamentável o que o ministro Barroso está fazendo para manter o sistema de votação", comentou. Bolsonaro repetiu críticas feitas ao magistrado nas últimas semanas, mesmo após conversa com o presidente do STF, Luiz Fux, na semana passada, organizada para que os ânimos entre os Poderes fossem pacificados.

Ainda na defesa pela implantação do que chama de voto "auditável", o presidente afirmou que "não basta" apenas a adoção do voto impresso, "a contagem tem que ser pública também". "Agora, o que vale mais do que todos nós aqui, é a opinião pública". Na verdade, o voto já é auditável no sistema atual.

Reunião com Poderes

Jair Bolsonaro se mostrou disposto a se reunir com líderes de outros Poderes da República para reduzir tensões. Um encontro com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), marcado para a última quarta-feira (14) precisou ser cancelado devido ao mal-estar sentido por Bolsonaro naquele dia e a subsequente internação, da qual só teve alta no domingo (18).

"Estou à disposição para a partir de agora, em havendo oportunidades, participar. Essas reuniões são para a gente acertar os ponteiros, o que é muito importante. Todo Poder tem que saber que tem limite. Eu tenho limite. Por que o Judiciário não pode ter limite?", questionou na entrevista à Rádio Itatiaia. Segundo Bolsonaro, "não é fácil" manter a harmonia entre os Poderes.

Perguntado sobre projetos preferenciais para executar até o fim do mandato, o presidente disse que intervém em todos os ministérios de seu governo. "Eu interfiro, sim, em cada ministério quando vejo que algo não está indo bem, até por desconhecimento do próprio ministro", disse.

Portarias da Secretaria de Defesa Social (SDS) publicadas neste sábado (27) confirmaram punições para policiais militares que participaram da greve da categoria realizada em 2014 e que resultaram em saques a lojas na Região Metropolitana do Recife (RMR). Duas cabos foram excluídas e uma coronel foi reformada, seguindo para a aposentadoria.

Sobre a coronel Maria da Conceição Antero Pessoa, o texto, assinado pelo secretário Antônio de Pádua, afirma ter ela proferido discurso inflamado na passeata dos manifestantes, ocorrida em 13 de maio de 2014, convocando os policiais a paralisarem as atividades. A SDS lembra que o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) julgou a paralisação ilegal, determinando o retorno imediato às funções, "o que não ocorreu, ensejando o descumprimento de determinação judicial, além dos prejuízos à população, consoante os registros de 'assaltos' e 'arrastões' em vários bairros do Recife e um verdadeiro caos no município de Abreu e Lima, onde ocorreram protestos na BR-101, onde ônibus foram queimados e lojas e caminhões foram saqueados", assinala.

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Já quanto as então cabos Aênia Daniele Feitosa Barbosa e Michelle Adriane de Siqueira, a SDS alega ter comprovado que elas incentivaram, apoiaram e participaram ativamente do movimento paredista de 2014. Conforme a portaria, elas agiram como lideranças atuantes e integrantes de um dos grupos que pretendia assumir o controle da Associação dos Cabos e Soldados (ACS). Elas foram excluídas dos quadros da PM.

O deputado estadual Joel da Harpa (PP), que se destacou como liderança na greve, chamou as punições de perseguição do Governo do Estado. Ele também foi excluído da categoria, mas por alheio ao movimento. Ele também considera a sua demissão injusta. Segundo Joel, a coronel já estava reformada e as cabos, demitidas, e as portarias servem para tornar públicas as penalizações, mas também teriam o objetivo de intimidar os policiais.

"Foi um movimento democrático, de rua, não acho que elas têm que ser penalizadas por terem participado. Assim como elas, milhares de policiais estavam lá. É uma perseguição que o governo vem fazendo aos movimentos de policiais. A corregedoria, orientada pelo Governo do Estado, está levantando esses processos para inibir a tropa, colocar pressão, para que a categoria tenha medo de reivindicar", opina o deputado.

Além de responder a processos na corregedoria, Joel também respondeu a processos da Credimóveis Novolar, por causa de saque ocorrido em uma loja da rede, e da União, devido ao envio das Forças Armadas para Pernambuco. Ele diz ter sido absolvido nos dois casos. Joel agora luta na Justiça para conseguir receber sua aposentadoria de volta, no valor aproximado de R$ 2,5 mil, cortada em meados de novembro do último ano, após sua exclusão. Na época ele já estava aposentado, visto ser uma exigência para seguir a carreira política. "Eles cortaram meus proventos. Tive 18 anos de serviço prestado. Não é um presente do estado. Eu contribuí", critica.

O Ministério Público Federal arquivou o inquérito policial instaurado para apurar o acidente aéreo que vitimou o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e mais outras seis pessoas. O caso aconteceu na cidade de Santos (SP), em agosto de 2014.

Apesar da Polícia Federal ter feito diversas diligências, não foi possível determinar a causa exata da queda do avião, nem definir os responsáveis por eventuais crimes cometidos na ocasião. Na época, Eduardo Campos era candidato à Presidência da República e viajava para cumprir agenda de campanha. Marina Silva era sua vice-candidata e assumiu a chapa após a morte do pernambucano.

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A impossibilidade de elucidar o caso se deu pela inoperância ou ausência de equipamentos na cabine de comando. O gravador de vozes da cabine não estava funcionando - e ele poderia registrar diálogos que ajudassem a esclarecer alguma falha mecânica ou humana no momento do acidente.

Esse tipo de gravador é obrigatório em aeronaves do modelo da que Campos viajava, porém, o dispositivo havia realizado sua última gravação em janeiro de 2013, mais de um ano antes da queda. Essa falha também interferiu negativamente no andamento das investigações.

O procurador da República Thiago Lacerda Nobre, responsável pelo caso, afirmou que “em razão da inexistência de meios técnicos, é provável que nunca saibamos o que ocorreu com a aeronave em seus últimos instantes e que acabou por determinar sua queda”.

De acordo com as investigações, quatro hipóteses podem ser consideradas entre as prováveis causas da queda do avião que transportava o ex-governador de Pernambuco: colisão com elemento externo, desorientação espacial, falha de profundor e falha de compensador de profundor. Inclusive, pode ter acontecido mais de uma possibilidade de uma única vez.

Agora, com o inquérito arquivado, o procurador explicou que, para que houvesse a responsabilização pena, era preciso a exata definição dos responsáveis, “não bastando indícios genéricos de autoria e materialidade”.

A juíza em exercício Renata Gomes de Oliveira e Castro, da 19ª Vara Cível do Rio de Janeiro, condenou o atual prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e o Partido Republicano Brasileiro (PRB) a pagarem R$ 142 mil em dívida de campanha. O montante é referente a gastos de materiais não quitados com uma gráfica durante a campanha de Crivella ao governo do Estado em 2014.

Nos autos, a Mega Brasil Gráfica e Publicidade alega ter firmado contrato para entrega de material publicitário à equipe de Crivella entre setembro e outubro de 2014. No entanto, o então candidato a governador deixou de pagar pelos produtos, estimados em R$ 142.470,00.

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Crivella chegou ao segundo turno e obteve 3.442.713 votos, mas perdeu para Luiz Fernando Pezão (MDB). Segundo a juíza em exercício, a defesa do agora prefeito do Rio não se manifestou no processo.

"Os réus não trouxeram aos autos elementos mínimos que se opusessem à pretensão autoral, deixando de, ao menos em tese, de alegar e provar fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor, devendo ser reputados verdadeiros os fatos alegados na inicial, bem como os valores constantes nas notas fiscais", afirmou Renata Castro.

Além do pagamento da dívida de R$ 142 mil, acrescida de juros e correção monetária, Crivella e o PRB deverão ratear o pagamento das despesas processuais e dos honorários advocatícios, estimados em 10% da condenação, cerca de R$ 14,2 mil.

A reportagem está buscando contato com o prefeito Marcelo Crivella e com o Partido Republicano Brasileiro. O espaço está aberto para as manifestações.

Começou a funcionar neste sábado (29) o Terminal Integrado Severino Luiz Nunes Pereira, o TI CDU, localizado no cruzamento da Avenida Caxangá com a BR-101, na Zona Oeste do Recife. O equipamento chega com mais de quatro anos de atraso, pois fazia parte das obras anunciadas pelo Governo de Pernambuco para a Copa do Mundo de 2014.

Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, com esta inauguração, sobre para 26 o número de terminais integrados que fazem parte do Sistema Estrutural Integrado (SEI). Inicialmente, o TI CDU irá operar com apenas quatro linhas, atendendo, em dias úteis, uma média de 3,5 mil usuários.

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As linhas 2431-Cidade Universitária e 2433-Brasilit, que atualmente fazem integração temporal com a Estação BR-101, na Avenida Caxangá, se tornarão alimentadoras do novo terminal. Elas continuarão com o mesmo código e o nome do bairro, mas receberão o complemento "TI CDU". A linha 2425-Barbalho (Detran)/EBRT BR-101 continua realizando a integração temporal com a Estação BR-101, na Avenida Caxangá.

Já os BRTs das linhas 2441-EBRT BR-101 (Conde da Boa Vista) e 2433-EBRT BR-101/TI Joana Bezerra, que compõem o Corredor Leste-Oeste, mudam de nome. Elas passam a se chamar 2441-TI CDU (Conde da Boa Vista) e 2443-TI CDU/TI Joana Bezerra, respectivamente.

O investimento no TI CDU foi de R$ 12,6 milhões. O equipamento tem área total utilizada de 15.366,77 m². Possui 4.500 m² de coberta, duas plataformas, sendo uma alimentadora, que recebe ônibus dos bairros, e outra troncal, de onde sairão os veículos BRT. 

A Secretaria das Cidades destaca que a estrutura possui ampla área verde, seis banheiros - sendo um adaptado a necessidades especiais -, e bilhetagem eletrônica, circuito fechado de TV e espaço para duas lanchonetes. O equipamento é adequado paraa garantir acessibilidade. 

O TI CDU vai contar com 20 veículos, sendo quatro convencionais e 16 de BRT, que, juntos, farão 250 viagens por dia. O acesso é feito pela Rua Professor Antônio Coelho. 

De acordo com o Grande Recife, uma equipe de divulgadores orientará os usuários das 6h às 18h nas primeiras duas semanas. Os passageiros das linhas alimentadoras poderão continuar fazendo a integração temporal com qualquer estação de BRT da Avenida Caxangá. Além disso, panfletos e cartazes foram produzidos para distribuição e divulgação.

Com a inauguração deste terminal, o SEI passa a contar com os seguintes TIs: Abreu e Lima, Aeroporto, Afogados, Barro, Cabo, Cajueiro Seco, Camaragibe, Cavaleiro, Caxangá, CDU, Cosme e Damião, Getúlio Vargas, Igarassu, Jaboatão, Joana Bezerra, Largo da Paz, Macaxeira, PE-15, Pelópidas Silveira, Prazeres, Recife, Rio Doce, Santa Luzia, Tancredo Neves, TIP e Xambá. Em caso de dúvidas, sugestões ou reclamações o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente do Grande Recife, no 0800 081 0158, ou WhatsApp, 99488.3999, exclusivo para reclamações.

Única evangélica entre os principais candidatos a presidente, Marina Silva (Rede) perdeu o embalo do crescimento do eleitorado dessa religião desde 2014. Hoje ela tem entre os evangélicos apenas 12% das intenções de voto, porcentual igual ao obtido entre os católicos ou seguidores de outras religiões, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. Há quatro anos, o quadro era muito diferente.

Quando disputou a Presidência em 2014, Marina tinha desempenho acima da média entre evangélicos: 43%, 12 pontos porcentuais a mais do que a taxa registrada entre os católicos. Se ela não tivesse perdido apoio entre os fiéis de sua religião, poderia liderar a corrida presidencial. No cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina tem 12% das preferências no eleitorado total. Ela está oito pontos porcentuais atrás de Jair Bolsonaro, do PSL.

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O eleitorado evangélico, que já tinha peso significativo em 2014, expandiu-se desde então, segundo pesquisas realizadas agora e há quatro anos. Naquela época, os evangélicos eram aproximadamente um em cada cinco eleitores. Agora, são um em cada quatro. Além de já não ter um eleitorado marcadamente evangélico, a candidata da Rede não é a preferida nesse grupo - no cenário sem Lula, Bolsonaro tem 26% no segmento, desempenho superior ao registrado entre católicos (17%).

Em 2014, Marina começou a campanha como candidata a vice-presidente de Eduardo Campos (PSB), e assumiu a cabeça de chapa após a morte do titular. Na época, ela se envolveu em polêmicas relacionadas a aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Sobre o primeiro tema, se declara contrária, mas defendeu e continua defendendo a realização de um plebiscito sobre legalização. Em relação ao segundo, logo após publicar seu programa de governo, a campanha trocou "casamento gay" por "união civil" no capítulo que discutia direitos dos homossexuais. A alteração foi interpretada como tentativa de evitar reações negativas no eleitorado religioso.

'Traição'

"Acreditávamos que ela era nossa candidata. Quando chegou a questão do aborto, do casamento homoafetivo, ela não se posicionou", disse o deputado Marco Feliciano (Podemos), um dos principais nomes da bancada evangélica na Câmara. "Com a história do plebiscito, ela traiu a questão evangélica."

Agora, a candidata não parece tão preocupada com a possibilidade de desagradar a esses eleitores. Sem meias-palavras, seu programa defende garantir por lei o casamento entre pessoas do mesmo sexo e direitos iguais para adoção. Com um programa mais à esquerda que o de 2014 - elaborado em conjunto com o PSB - o atual partido de Marina busca seduzir eleitores que podem ficar "órfãos", após a provável declaração de inelegibilidade de Lula - condenado em 2.ª instância e preso desde abril.

As pesquisas mostram que Marina, neste momento, é quem mais se beneficia da saída de Lula da corrida eleitoral. A ex-ministra sai de 6% para 12%, no cenário com e sem o petista, respectivamente. Seu eleitorado é marcadamente feminino, nordestino e pobre.

Distante de religiosos mais conservadores, Marina tenta se aproximar de pastores que se contrapõem à agenda da bancada evangélica do Congresso e a bandeiras de Bolsonaro. Em entrevista ao canal do YouTube do pastor Caio Fábio, no início do mês, Marina afirmou que "o Estado é laico, graças a Deus".

Cabo eleitoral declarado de Marina, o pastor disse que a queda de apoio a ela entre evangélicos se deve mais aos próprios eleitores do que às propostas de Marina. "Isso tem a ver com o embrutecimento religioso."

Diálogo

À reportagem, Marina disse que "a comunidade evangélica é grande e relevante no Brasil, são cidadãos dignos de respeito nas suas demandas de saúde, educação, segurança pública como qualquer outro cidadão".

Questionada sobre a perda de apoio entre eles, disse que vai "dialogar com todos os brasileiros, independentemente do credo, cor e condição social". Eduardo Jorge (PV), vice de Marina, afirmou que não vale tudo para vencer a eleição, e que a candidata "paga o preço de manter sua fé intacta e ter abertura para conversar com os diferentes". / COLABOROU GILBERTO AMENDOLA

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal incluiu "colisão com pássaros" como uma das hipóteses para a queda do avião Cessna 560XL que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), em 13 de agosto de 2014, na cidade de Santos, litoral paulista. Em nota oficial, a PF informou que encerrou o inquérito sobre o acidente que matou sete pessoas ao todo, entre elas o então candidato à Presidência.

"O inquérito conclui que a queda da aeronave pode ter sido causada, isolada ou cumulativamente, pelos seguintes fatores: a colisão com pássaros, gerando uma atitude radical da aeronave; a desorientação espacial por parte dos pilotos; a possibilidade de disparo de compensador de profundor; ou uma pane/travamento de profundor em posições extremas", diz o texto da PF.

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Paralelamente à entrega do relatório ao Ministério Público, a PF realizou uma apresentação detalhada do inquérito às famílias dos cinco passageiros da aeronave Cessna 560XL, no Recife (PE). Nesta terça-feira, 7, foi realizada apresentação idêntica às famílias dos pilotos, em São Paulo.

Segundo a PF, com relação ao relatório apresentado anteriormente pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), "as investigações são independentes e voltadas a objetivos distintos, cada um com princípios e características peculiares".

"As conclusões do inquérito policial não confrontam com as do Comando da Aeronáutica", assinala a PF. "Diversos atos de investigação, inclusive, ocorreram de forma cooperada e harmônica entre os órgãos."

A nota informa, ainda, que "diante das conclusões apresentadas não permitirem a indicação de ter havido qualquer infração a legislação penal, a Polícia Federal recomendou ao Ministério Público o arquivamento do inquérito policial".

Nesta quarta-feira, 8, às 10h30, a PF vai apresentar o relatório detalhado à imprensa no setor de hangares do Aeroporto Internacional de Brasília.

Em 4 de julho de 2014, o lateral-direito Camilo Zúñiga acertou o joelho direito nas costas de Neymar, causou uma lesão na terceira vértebra do craque brasileiro e o tirou da Copa do Mundo de 2014. Exatos quatro anos depois, o jogador colombiano anunciou a aposentadoria dos gramados por conta de uma lesão crônica no joelho direito.

Zúñiga não foi convocado para defender a Colômbia no Mundial da Rússia, mas revelou a decisão de pendurar as chuteiras no dia seguinte da eliminação da seleção de seu país para a Inglaterra nos pênaltis, por 4 a 3, nas oitavas de final.

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O jogador de 32 anos teve como último clube na carreira o Atlético Nacional, que o revelou para o futebol em 2005. Ele foi contratado no início do ano, na tentativa de recuperar o problema crônico. "Foram muitos anos sofrendo, tratando de voltar bem. Mas só eu que sentia as dores. Para treinar precisava tomar anti-inflamatórios e injeções", afirmou o jogador ao site oficial do clube colombiano.

Em sua segunda passagem, Zúñiga disputou apenas cinco partidas. "Sinto que cheguei a 40% do que jogava, mas cumpri meu sonho de retornar a este clube. Estou tranquilo por me aposentar em casa, onde me deram a oportunidade de mostrar meu futebol e que me levou para a Europa", afirmou.

Em 2008, Zúñiga foi negociado com o Siena, da Itália, onde permaneceu por uma temporada. No ano seguinte, foi contratado pelo Napoli, onde permaneceu até o fim de 2017. Nesse período, chegou a ser emprestado ao Bologna, em 2016, e ao Watford, da Inglaterra, em 2016/2017.

"Hoje penso mais em meu futuro, na minha família. É melhor parar agora, para que no dia de amanhã, consiga ir ao parque correr com meus filhos", disse. "Todos sabemos os problemas do joelho. Em dez, 11 anos seria um problema que realmente iria me incomodar", afirmou.

Pela Colômbia, Zúñiga disputou 62 partidas oficiais. Foram 25 participações nas Eliminatórias Sul-Americanas, 24 amistosos, 8 duelos em Copa América e quatro jogos na Copa do Mundo do Brasil. Nas quartas de final, perdeu por 2 a 1 para a seleção brasileira na melhor campanha colombiana em Mundiais.

Na capital pernambucana, na noite desta quinta-feira (14), a pré-candidata a presidente Marina Silva, durante coletiva de imprensa, afirmou que uma reforma eleitoral foi feita com intenção de deixá-la fora da disputa presidencial de 2018 citando, como exemplo, ter apenas 8 segundos de programa durante a campanha. A presidenciável falou que, em 2013, também houve uma manobra e que por isso decidiu apoiar o então candidato a presidente Eduardo Campos no pleito de 2014 para poder “contribuir com o Brasil”. 

“Em 2013, fizeram isso anulando as fichas de criação da Rede Sustentabilidade, foi uma ação política deliberada e, naquele contexto, eu entendi que deveria apoiar o Eduardo Campos para poder contribuir para o Brasil e desta vez [2018], já que a Rede estava criada, foi feita uma reforma eleitoral em que o fundo partidário fica para os grandes partidos e o tempo de televisão igualmente para eles. Obviamente que, agora com mais forças, fizeram isso”, disse. 

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Marina falou que muitos políticos não estão concorrendo a um mandato no Executivo e nem no Legislativo. “Estão concorrendo para um salvo-conduto, para um habeas corpus porque temos ali mais de 200 investigados onde o próprio presidente só não está investigado por causa do toma lá dá cá”, criticou.

Marina também falou sobre a declaração do presidente do PSB, Carlos Siqueira, que definiu como uma “fake news” o fato da ex-senadora ter anunciado em uma entrevista que negociava uma aliança com o PSB. Ao jornal O Globo, nesta semana, Siqueira chegou a dizer que essa possibilidade que não passaria de “sonho” de Marina. “Em primeiro lugar eu acho que a matéria que foi feita e a manchete que foi dada induziu o presidente a uma declaração injusta que eu acho que ele próprio ao tomar conhecimento do contexto e do texto há de entender que eu tenho um profundo compromisso com a verdade e respeito pelo PSB”, ressaltou a pré-candidata.

Ela garantiu que a conversa será feita com partidos que se disponham e estejam alinhados ao campo programático da Rede. “Obviamente que temos partidos históricos com os quais caminhamos em 2014 e que da nossa parte estaremos sempre abertos para o diálogo, até porque, numa eleição em dois turnos a gente não pode finalizar o diálogo no primeiro porque no segundo a gente tem que ter condição de conversar. É com esse espírito que nós conversamos com as pessoas e obviamente que respeitamos aqueles que, por ventura, por alguma razão assim não deseje”. 

Ainda disse que alguma alianças já estão sendo antecipadas e contou que foi firmada uma carta de compromisso com os movimentos Agora, Acredito, Brasil 21, Frente Favela e outros por serem a “força viva” da sociedade ávida por mudanças.

 

Os futuros de petróleo operam em alta significativa nesta manhã, renovando máximas em três anos e meio, ainda sustentados por expectativas em torno do que os EUA irão decidir sobre o acordo nuclear do Irã.

Às 7h41 (de Brasília), o barril do Brent para julho subia 0,88% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 75,53, enquanto o do WTI para junho era negociado acima da barreira psicológica de US$ 70, avançando 0,96% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 70,39. Os níveis são os maiores desde novembro de 2014.

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No próximo sábado (12), o presidente dos EUA, Donald Trump, deverá anunciar decisão final sobre a postura de Washington em relação ao histórico acordo internacional de 2015 que restringe o programa nuclear iraniano. Insatisfeito com o pacto, Trump vem ameaçando restaurar sanções ao Irã.

O petróleo se mantém forte apesar da valorização nos negócios da manhã do índice DXY do dólar, fator que tende a pesar nos preços da commodity.

Para a chefe de estratégia de commodities da BC Capital Markets, Helima Croft, é altamente provável que Trump decida retirar os EUA do acordo do Irã, apesar de recentes esforços de líderes europeus para revisar o pacto.

Com a queda da produção na Venezuela e integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) restringindo sua oferta desde o início do ano passado, uma possível redução nos embarques de petróleo do Irã, caso Washington restaure sanções ao país, seria mais um fator a compensar a produção dos EUA, que está em níveis recordes, dizem analistas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um total de 30,6 milhões de votos teriam sido "desperdiçados" em 2014 caso o "distritão" fosse válido nas eleições proporcionais daquele ano. Esse foi o número da soma de votos recebidos pelos candidatos que não foram eleitos, mas que foi levado em conta no cálculo do quociente eleitoral para eleger os deputados federais na disputa.

É o que aponta pesquisa inédita, concluída em julho, do cientista político Jairo Nicolau, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pelo distritão, sistema eleitoral em debate atualmente pela comissão de reforma política da Câmara dos Deputados, são eleitos aqueles que recebem o maior número de votos por Estado. Já pelo modelo que vigora hoje, chamado de sistema proporcional, os eleitos são definidos a partir da soma do número de votos de todos os candidatos e da legenda.

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O quociente eleitoral é resultado da divisão do número de votos pelo número de assentos a preencher. Essa norma favorece a eleição de candidatos com baixa votação por causa dos chamados puxadores de voto, como Tiririca (PR-SP).

Nicolau analisou todos os votos dos deputados federais eleitos e não eleitos dos 28 partidos com representação na Câmara em todos os Estados do País. Pelo levantamento, o Amapá seria o campeão do "desperdício", com 62% dos votos descartados, ou seja, 368.332, seguido do Espírito Santo, com 50,2% de escolhas inúteis. Já a menor perda seria registrada em Pernambuco, com 24,4%. São Paulo perderia 6,7 milhões de votos, ou 34,9%, seguido do Rio, com 2,8 milhões de votos no lixo (40%) caso o distritão fosse aplicado a partir da simulação.

"O eleitor diz que ‘perdeu o voto’ quando não elege seu candidato porque não conhece as regras de apuração dos votos usadas no Brasil. No distritão, isso não aconteceria. Votos dados em nomes que não se elegem simplesmente são desperdiçados", disse o professor.

De acordo com o levantamento, 13 partidos perderiam assentos na Casa, 8 ganhariam e 7 não teriam representação alterada no Congresso se o distritão tivesse sido aplicado na eleição de 2014. Apenas 9% do total dos deputados eleitos na última eleição proporcional (46 deputados) não se elegeria. O PSD seria o partido mais beneficiado, passando de 36 para 42 deputados, seguido de PMDB e PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Boa Vista Serviços, empresa de informações de crédito, divulgou hoje (31), em São Paulo, que o número de cheques devolvidos (segunda apresentação por falta de fundos), como proporção do total de cheques movimentados, atingiu 1,83% em junho, registrando redução significativa em relação a junho de 2016 (-0,28 pontos percentuais). 

Com isso, o percentual atinge o menor nível desde setembro de 2014, quando foi de 1,80%.

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Na comparação mensal, o percentual de cheques devolvidos sobre movimentados também obteve queda (em maio, o nível foi de 2,11% frente ao mês de abril), sendo o resultado decorrente da diminuição de 20,5% dos cheques devolvidos e retração de 8,2% para os cheques movimentados.

Quase metade dos estudantes (49%) que entraram no ensino superior em 2010 desistiram do curso escolhido. Os dados fazem parte de um levantamento do Ministério da Educação que acompanhou a trajetória de estudantes das redes pública e privada ao longo de quatro anos. Foram monitorados os alunos que permaneceram no mesmo curso de ingresso entre os anos de 2010 e 2014.

A taxa de desistência dos estudantes em 2014 foi de 49% e a de conclusão, 29,7%. Cerca de 21% dos estudantes que entraram em 2010 permaneciam nas universidades em 2014.

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Segundo o levantamento, as taxas de desistência de curso crescem ao longo dos anos de estudo. No primeiro ano do curso (2010), 11,4% dos matriculados desistiram. No ano seguinte (2011), o percentual subiu para 27,1%. Em 2012 foi de 36% e no penúltimo ano (2013) chegou a 43%.

Os dados fazem parte do Censo da Educação Superior 2015. Esta é a primeira vez que o Ministério da Educação divulga informações relativas à trajetória dos estudantes.

Na avaliação do secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Barone, a desistência elevada na educação superior pode ser motivada pela oferta de curso com modelos ultrapassados e também pela falta de flexibilidade para que os estudantes mudem de curso dentro das instituições.

“Está claro que existe um desajuste entre a oferta de educação superior no Brasil e o interesse dos estudantes, tendo em vista que os indicadores de evasão e de abandono de curso e todos os outros que indicam a não conclusão dos programas originalmente cursados são muito evidentes”, disse Barone. “Possivelmente, isso tem relação com modelos de cursos que são ultrapassados, desenhados essencialmente para um país que não existe, num mundo que não existe mais há muito tempo”, completou durante coletiva para divulgar os dados do Censo.

“Os sistemas de escolhas para os estudantes brasileiros é muito estrito, depois que o estudante faz um vestibular com uma maratona maluca para ingressar num certo curso superior, ele tem uma enorme dificuldade de migrar para outro. As alternativas flexíveis poderiam solucionar em grande parte essa dificuldade.”

A desistência é um pouco maior na rede privada. Enquanto nas universidades particulares a taxa é de 52,7% ao final dos quatro anos, na pública é de 42,6%. Dos estudantes que foram monitorados nas instituições privadas entre 2010 e 2014, 31,3% concluíram o curso ao final desse período. Na pública, foram 22,5%.

Na análise de cursos das redes públicas e privadas que têm maior número de estudantes matriculados, direito teve taxa de desistência de 48,1%, pedagogia de 39,6% e as engenharias de 56,4%.

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Crime previsto na legislação eleitoral, a compra de votos é motivo de brincadeiras para a família do segundo maior empreiteiro do País, o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques Azevedo.

Em um diálogo no Whatsapp com suas filhas no dia 17 de outubro de 2014, a uma semana do segundo turno das eleições presidenciais, ele e sua família, apoiadores públicos da candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República em 2014, chegam a sugerir, em tom de brincadeira, a compra de votos em favor do tucano.

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"Mamãe ligou pra Cleide hoje e disse pra ela que vai dar R$ 100 pra ela caso ela consiga 50 votos pro Aécio!!! kkk", diz uma das filhas do executivo. Ao que outra responde: "Eu tenho uma oferta melhor". Antes de comentar sua "proposta" porém, ela é interrompida por Otávio Azevedo.

"Crime eleitoral, pode impugnar o Aécio se vazar", diz o pai. A segunda filha, contudo, já havia escrito a mensagem: "Eu dou R$ 50.000 pra mamãe se ela conseguir fazer a Raquelzinha filha da Constança votar no Aécio!!!"

A primeira filha, por sua vez, responde ao empresário e diz que era apenas uma brincadeira, ao que ele responde: "É lógico que sim, eu estava do lado dela quando ela falou! Fique tranquila, foi gozações (sic)."

Pego na Lava Jato, Otávio Azevedo fez acordo de delação premiada e revelou em detalhes a atuação de uma das maiores empreiteiras brasileiras em esquema de corrupção na Petrobras, no setor elétrico e até em obras da Copa do Mundo.

Atualmente ele cumpre prisão domiciliar. Sua empresa também fez um acordo de leniência no qual aceitou devolver R$ 1 bilhão e revelou a atuação do cartel de empreiteiras em vários setores da economia brasileira.

Em sua residência na capital paulista, a Polícia Federal apreendeu no ano passado sete aparelhos celulares, que revelaram em detalhes os contatos e o cotidiano do empreiteiro com o mundo empresarial e político - além de mensagens que mostram o apoio de seus familiares mais próximos ao candidato tucano que acabou sendo derrotado nas eleições de 2014.

Em 2014, havia 67 milhões de domicílios particulares no País. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) daquele ano mostrou alto conhecimento sobre a existência do Cadastro Único ou de programas sociais federais. Em apenas 6,3% (4,2 milhões) dos domicílios brasileiros nenhum morador tinha ouvido falar do Cadastro Único ou de algum dos quatro programas sociais citados pelos entrevistadores (Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Pronatec e Tarifa Social de Energia Elétrica).

O desconhecimento total do cadastro ou dos programas foi maior nas regiões Sul (em 7,2% dos domicílios ninguém conhecia) e Norte (7,1%). No Nordeste, apenas 4,7% dos domicílios tinham moradores que não conheciam o cadastro ou os programas sociais do governo. Na região Sudeste, o desconhecimento total foi detectado em 6,8% dos domicílios e, no Centro-Oeste, em 6,6%.

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Entre os mais pobres (domicílios com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa) que conhecem o Cadastro Único ou algum programa social, 78,8% tentaram acesso aos programas. Ou seja: de cada cinco domicílios muito pobres, em quatro houve tentativa de obter benefícios federais. Os que não procuraram ajuda representam 21,2% do total daqueles que têm conhecimento da existência dos programas ou do Cadastro Único.

O Cadastro Único era conhecido em 59,4% dos domicílios pesquisados. Em 34,3%, os moradores não conheciam o cadastro, mas sabiam da existência de pelo menos um programa social. E em 6,3% não conheciam nem o cadastro nem os programas sociais. A pesquisa não permite comparações, pois foi feita somente no ano de 2014.

De 2013 para 2014, cresceu a participação dos profissionais com curso superior no total do pessoal ocupado assalariado trabalhando nas empresas formais. A diferença salarial diminuiu, embora, na média, o salário dos trabalhadores com curso superior seja 200% maior do que a remuneração dos que não têm faculdade.

Os dados são do Cadastro Central de Empresas (Cempre) referente a 2014, divulgado nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Em 2014, o pessoal ocupado assalariado com formação de nível superior avançou 6,9%, enquanto o pessoal ocupado assalariado sem nível superior caiu 0,6%. Com isso, a participação do pessoal com nível superior avançou de 18,5% em 2013 para 19,6%, no total de 48,272 milhões de assalariados empregados em cerca de 5,1 milhões de organizações formais ativas, segundo o Cempre.

Apesar do aumento da participação, a diferença salarial entre os dois tipos de profissionais ficou em 204,8% em 2014. Na média, os assalariados com nível superior ganhavam R$ 4.955,08, contra R$ 1.639,04 no caso dos empregados sem curso superior. Em 2013, a diferença salarial entre as escolaridades era maior, de 209,8%.

Homens e mulheres

Em 2014, homens assalariados empregados em empresas formais ativas ganhavam 25% a mais do que as mulheres, conforme dados do Cempre.

Os 27,281 milhões de homens empregados ganhavam em média R$ 2.521,07 em 2014, 25% a mais do que o salário médio das 20,991 milhões de mulheres assalariadas, de R$ 2.016,63. A remuneração das mulheres equivalia a 80% da dos homens em 2014.

Segundo o IBGE, a diferença de remuneração entre homens e mulheres diminuiu pouco nos últimos anos. Em 2012, o salário médio dos homens era 25,3% maior, em 2013 a diferença passou para 25,8%, até chegar aos 25% de 2014.

No total, as 5,1 milhões de organizações mapeadas no Cempre pagaram R$ 1,5 trilhão em salários. De 2013 para 2014, o número total de firmas encolheu em 5,4%, com 289 mil organizações formais a menos.

Do total de empresas, 40,1% estão no setor de "comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas", que respondeu por 21,9% do total do pessoal ocupado.

Antes de o desemprego aumentar com força, em 2015 e neste início de 2016, em 2014, o pessoal total ocupado nas organizações formais aumentou em 97,5 mil pessoas, ou 0,2% ante 2013.

A política brasileira é protagonizada pela presidente da República Dilma Rousseff e pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. A primeira parece ser uma pessoa séria, mas é um zero à esquerda no quesito articulação política, e isso levou o país a uma crise política sem precedentes, que interefere diretamente nos rumos do país, sobretudo o rumo econômico.

Já o presidente da Câmara Eduardo Cunha, parece ser um expert na articulação política mas tem uma postura absoltamente questionável no tocante à questão moral e ética. E isso acaba colocando a Câmara dos Deputados numa situação constrangedora perante a sociedade. Pesam contra Cunha várias acusações que imobilizam a atuação dos deputados federais e prejudicam a imagem da Casa, que nunca teve muito apelo popular, mas ultimamente tem ficado em maus lençóis diante da opinião pública.

Eduardo Cunha e Dilma Rousseff possuem várias coisas em comum. Ambos foram eleitos em 2014 pela sociedade. Ele para mais um mandato de deputado federal pelo Rio de Janeiro, ela para o segundo mandato na presidência da República. No caso de Cunha ainda tem um agravante, além de ter sido eleito pelo povo fluminense para o cargo de deputado federal em outubro do ano passado, foi eleito em fevereiro deste ano presidente da Câmara dos Deputados pelos seus pares e com uma significativa folga para comandar os rumos da Casa e ter papel fundamental, assim como Dilma, nos rumos do país.

Outro ponto em comum, além de um não nutrir a menor simpatia pelo outro, é que ambos perderam as condições políticas de se manterem no cargo. Dilma Rousseff não tem mais condições de ser presidente da República e Eduardo Cunha não tem a menor condição de continuar presidindo a Câmara dos Deputados. O Fla-Flu que virou o país onde petistas defendem a saída de Cunha mas a permanência de Dilma ou os adversários do PT que defendem a saída de Dilma e a permanência de Cunha não pode mais continuar.

Eles estão fazendo mal ao país e o melhor a se fazer é que Dilma deixe o cargo por ter cometido crime de responsabilidade e Cunha também deixe a presidência e perca o mandato de deputado por ter quebrado o decoro parlamentar quando mentiu à CPI da Petrobras afirmando que não tinha contas no exterior. Está mais do que na hora de ambos darem um fora da política brasileira para que o país possa de uma vez por todas virar essa nefasta página que vem se arrastando por longos meses.

Investigação - Em mais uma fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal ontem efetuou mandados de busca e apreensão em Pernambuco. Os alvos desta vez foram o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e o ex-presidente da Copergas e braço-direito do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto do ano passado, Aldo Guedes. 

Novo Recife - Por unanimidade, a quarta turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região acatou na noite de ontem o pedido de medida cautelar do consórcio Novo Recife e suspendeu a sentença que anulava o leilão do imóvel do Cais José Estelita e proibia a análise do projeto Novo Recife pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura (CDU). A sentença inicial havia sido proferida pelo juiz Roberto Wanderley Nogueira, da 1ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, em exercício da 12ª Vara, no último dia 28 de novembro. 

Retração - Apesar dos governos do PT propagarem que melhoraram a vida dos pobres no país, a prática contesta frontalmente essa afirmação. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil é de 0,755, ocupando a 75ª posição. Em 2002, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, esse índice era de 0,757 e o país ocupava a 73ª posição. O que leva a crer que mesmo dizendo que mudou a vida dos pobres, o PT na prática piorou a situação do país neste quesito após 13 anos. 

Rejeição - O Ibope divulgou ontem mais uma pesquisa sobre a avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o instituto 70% dos entrevistados rejeitam o governo da presidente, enquanto apenas 9% aprovam. No que diz respeito a confiança dos eleitores na presidente, 78% dizem não confiar em Dilma Rousseff, enquanto apenas 18% confiam. No levantamento anterior os que confiavam eram 20%. 

RÁPIDAS

Denúncia - O juiz federal Sérgio Moro aceitou ontem denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o empresário e pecuarista José Carlos Bumlai e mais dez investigados na Operação Passe Livre, a 21ª fase da Lava Jato, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Com a decisão de Moro, os onze investigados passaram à condição de réus.

PEN - No último sábado o PEN/PE realizou o seu 1º Simpósio Estadual para discutir as ações e estratégias para o pleito de 2016. Representantes de todas as regiões do estado, com os cerca de 80 municípios onde há comissão provisória, se fizeram presente. Ressalta-se ainda a presença dos deputados estaduais Rodrigo Novaes e Ricardo Costa e dos federais Anderson Ferreira e Daniel Coelho, este efusivamente aclamado como candidato a prefeito do Recife pela militância presente no ato.

Inocente quer saber - O STF tomará alguma decisão que atrapalhe o impeachment de Dilma Rousseff hoje em sua sessão? 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou as informações sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 ante 2013. O dado geral não sofreu alteração - a variação da atividade foi de 0,1% no período -, mas os componentes da oferta e da demanda acabaram tendo mudanças em seus resultados devido à incorporação de pesquisas estruturais e das Contas Anuais definitivas de 2012 e 2013, anunciadas em novembro.

Segundo o órgão, o PIB da agropecuária cresceu 2,1% no ano passado, bem mais do que o avanço de 0,4% estimado inicialmente. "As pesquisas estruturais que a gente incorporou mostraram queda menor das lavouras de milho, soja e cana, que têm peso de 60% na agricultura. Além disso, pecuária e exploração florestal também tiveram variação para cima", explicou Claudia Dionísio, gerente de Contas Trimestrais do IBGE.

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No caso da agropecuária, foram adicionados os dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) e da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS).

Indústria

Além disso, o PIB da indústria caiu 0,9% em 2014 ante 2013, menos do que o recuo de 1,2% estimado antes pelo IBGE. A melhora foi motivada pela incorporação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, que mudou as informações referentes à mão de obra na construção. Houve ainda incorporação de dados conjunturais de produção industrial que eventualmente tenham sido revisados nos últimos meses.

Serviços

Já nos Serviços, o avanço do PIB no ano passado ficou menor, passando de 0,7% para 0,4%. "Nas atividades imobiliárias, foram incorporados os dados Pnad 2014. Percebemos que imóveis construídos foram menores e mais afastados, ou seja, imóveis de menor valor agregado do que estávamos prevendo. O número cresceu, mas é uma questão de qualidade", explicou Claudia.

Além disso, também houve contribuição menos positiva da administração pública, diante da revisão dos dados de saúde pública, bem como a incorporação de revisões da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

"Todas as mudanças pela ótica da produção refletem na demanda. Por isso, pode ser que tenhamos mudanças nos resultados pela ótica da despesa", notou a gerente do IBGE.

Demais aberturas

No caso do consumo das famílias, o crescimento em 2014 passou de 0,9% para 1,3% a partir dos dados revisados. Já o consumo do governo foi revisado de 1,3% para 1,2%. Permaneceram inalteradas as variações de exportações (-1,1%) e importações (-1,0%) em 2014 ante 2013.

Na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), a taxa de -4,4% apurada inicialmente pelo IBGE foi revisada para uma queda de 4,5%, anunciou há pouco o órgão.

Com a proximidade do Dia da Consciência Negra, a ser comemorado no próximo dia 20, muitos pontos sobre a participação dos negros no mercado de trabalho começam a surgir e geram questionamentos sobre a igualdade entre raças em diversos setores de atuação. A Fundação Seade e o DIESSE, em parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação de Pernambuco (SEMPETQ-PE) e a Agência CONDEPE/FIDEM, aproveitaram este momento para divulgar uma pesquisa sobre a representatividade dos trabalhadores afro-brasileiros no estado de Pernambuco em 2014. Segundo o estudo, no cenário pernambucano, os negros representam quase 78% da População em Idade Ativa (PIA) e da População Economicamente Ativa (PEA). Porém, apesar dessa maioria apontada nos números, o rendimento financeiro deles é menor que os dos não-negros: R$6,61. Enquanto isso, o valor recebido pelos não negros é de R$ 9,08, uma diferença que corresponde a 72,8%. 

Outro índice destacado corresponde à taxa de desemprego dos negros no Recife. Em 2014, a taxa média geral de desemprego na capital pernambucana foi de 12,4%, ficando abaixo da observada em 2013 (13%). Quando a análise é feita a partir da cor e do sexo, as mulheres negras apresentam taxas mais elevadas de desemprego em relação aos demais grupos. No ano passado, a diferença foi 15,3% para as mulheres afro-brasileiras e em relação aos homens não negros que foi de 8,7%. 

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Outros dados correspondem aos setores em que os negros possuem vínculos empregatícios. De acordo com a pesquisa, os maiores números são para a área de construção, com uma participação de 9,1% dos negros recifenses. 

 

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