Em greve, professores da UFPE devem evitar corte de pontos

De acordo com o advogado da Adufepe, Theobaldo Pires, docentes precisam negociar com a administração da UFPE para garantir reposição de aulas e evitar descontos

por Nathan Santos sex, 11/11/2016 - 18:02
Nathan Santos/LeiaJáImagens Theobaldo Pires é advogado da Adufepe Nathan Santos/LeiaJáImagens

Diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite as administrações públicas cortarem os pontos de servidores grevistas, o advogado da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), Theobaldo Pires, garantiu que há maneiras de se impedir os descontos. Os professores da UFPE decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, como forma de protesto contra a PEC do Teto.

Em entrevista ao LeiaJá, Pires disse que é possível evitar os descontos salariais caso haja um acordo com a administração da UFPE. “Existe a possibilidade do acordo. Adufepe, que é a entidade sindical, deve fazer um acordo prévio já no início da greve, assumindo que irá haver reposição de aulas após a paralisação, para que não aconteçam cortes nos pontos. Ainda há outro aspecto, que é a justa causa da administração”, explicou o advogado.

De acordo com Pires, “no caso concreto dos professores universitários, existe na lei o reajuste anual obrigatório que não vem sendo cumprido pelo governo federal, o que pode ser levantado como justa causa”. O advogado da Adufepe, durante a assembleia que definiu a greve, orientou a entidade sindical a entrar em contato com a UFPE, se disponibilizando a repor as aulas após a greve.

O presidente da Adufepe, Augusto Barreto, garantiu que já nesta sexta-feira (11) haveria um encontro com a administração da Universidade. “Vamos conversar com o reitor para que ele se comprometa em não cortar os pontos dos professores e nem persiga os estudantes que participam das ocupações”, declarou Barreto. 

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