MEC recolhe 93 mil livros de escolas brasileiras
Obra traz um conto que trata do desejo de um rei em casar com a mais bonita de suas três filhas
O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), nesta quinta-feira (8), comentou uma polêmica disseminada nesta semana sobre o livro Enquanto o Sono Não Vem. Mendonça disse que decidiu recolher 93 mil exemplares distribuídos pelo Programa de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) para alunos de primeiro, segundo e terceiro anos do ensino fundamental das escolas públicas.
A decisão aconteceu após parecer da Secretaria de Educação Básica (SEB), que considera a obra não adequada para as crianças de sete a oito anos do ensino fundamental por trazer um conto intitulado "A triste história de Eredegalda", que trata do desejo de um rei em casar com a mais bonita de suas três filhas, o que faria uma referência ao incesto. A menina, que teria negado, é castigada e termina morrendo de sede.
“Chegamos a conclusão que a melhor solução seria o recolhimento desses livros distribuídos e, com o suporte jurídico do próprio MEC, fazemos a partir de hoje o recolhimento para que elas não tenham acesso a uma literatura inadequada as suas faixas etárias. O MEC está aqui para zelar da educação adequadas para as crianças e jovens do Brasil”, explicou o ministro.
A obra faz parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e foi avaliado e aprovado, em 2014, pelo centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.