Inep diz que erro na nota do Enem "não foi significativo"

Quase 6 mil pessoas foram prejudicadas pela falha. Mesmo com os erros, Alexandre Lopes insiste que o último Enem foi uma vitória para o Inep

por Jameson Ramos seg, 20/01/2020 - 21:43
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Mesmo após 5.974 mil pessoas que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serem atingidas com a falha na transmissão das informações da gráfica, que fez com que os candidatos tivessem as provas corrigidas como se pertencesse a outra cor de caderno de questões - resultando na inconsistência das notas - o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, garante que o erro “não foi significativo”.

Ele assim avalia porque, segundo aponta, Enem “foi muito bem realizado”. Mesmo com os erros, Lopes classifica o último exame como uma vitória para o Inep. Para o presidente, o problema serve para aprender.

Por conta de toda a polêmica em torno desse erro que, segundo o Inep, teve como culpado a gráfica Valid Soluções S.A., foi preciso que o órgão organizasse uma coletiva com a imprensa para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. Durante a reunião, Alexandre afirmou que “o erro não foi significativo quando analisado o número de estudantes que fizeram o Enem e o número de pessoas atingidas pelo erro”.

Mesmo assim, o presidente aponta que uma “força tarefa” foi montada porque “cada pessoa é significante” para o governo. Lopes confirma que 300 pessoas trabalharam desde a última sexta-feira (17), dia que o erro foi constatado, para resolver o problema - trabalhando 24 horas por dia. 

Ao todo, 3,9 milhões de pessoas fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio. Quando feito um cálculo percentual, cerca de 0,15% dos candidatos foram atingidos pelo erro. Alexandre confirma que todas as notas que foram divulgadas erradas já foram corrigidas, podendo o estudante conferir a atualização das notas na Página do Participante, pelo site ou pelo aplicativo do Enem. “Nós pegamos todos os quase 4 milhões de participantes e corrigimos as provas deles com todos os gabaritos possíveis e calculamos todas as proficiências possíveis”, pontua o presidente do Inep. Ele complementa dizendo que “não há risco de qualquer outra inconsistência”.

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