Prefeitura se diz 'surpreendida' com greve dos professores
Segundo a Prefeitura, a decisão do sindicato prejudica 90 mil estudantes da rede municipal de ensino
A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), emitiu nota se posicionando sobre a greve decretada pelos professores e professoras da rede municipal de ensino, nesta terça-feira (10). A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere).
A categoria exige o pagamento do piso salarial do magistério (que implica em um aumento de 12,84%), estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), com retroativo a janeiro, tanto para quem tem salários abaixo do valor do piso, quanto o reajuste para os demais.
Em nota, o PCR diz que “foi surpreendida com a decretação de greve por parte do Simpere, tendo em vista que estava aberto o canal de diálogo com a categoria”. Na última segunda-feira (9), foi realizada a segunda mesa de negociação setorial, além de quatro rodadas da Mesa Geral de Negociação dos Servidores, diz nota. Para a prefeitura, a decisão do sindicato prejudica 90 mil estudantes da rede de ensino municipal e seus familiares.
De acordo com afirmações da coordenadora geral do Simpere, Claúdia Ribeiro, a prefeitura apresentou a proposta de "parcelamento percentual em três vezes a partir do mês de outubro (duas parcelas de 4,5% em outubro e novembro e uma de 3,80% em dezembro), sem retroativo". A proposta não atendeu às demandas da categoria, sendo recusada. A coordenadora ainda enfatizou que houve exigências de reposição de horas que foram “gastas em assembleia”.
Em nota, a Prefeitura do Recife confirma a proposta. “A extensão do reajuste de 12,84% para toda a categoria, aplicado em três parcelas (4,5% em outubro, 4% em novembro e 3,83% em dezembro), além de reajustar o abono educador, que é pago sempre no mês de outubro, em 9,54%”, ressalta, em nota. No entanto, nega a exigência de reposição de aulas e o não pagamento do retroativo. “[A Prefeitura do Recife] respeita o acordo firmado com o Sindicato que prevê 12 assembleias sem reposição de horas”.
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