Língua Portuguesa motiva atuais e futuros profissionais
Professores e estudantes contam sobre o amor pelos estudos do idioma
Hoje (5) comemora-se o Dia Nacional da Língua Portuguesa, em homenagem ao nascimento do escritor brasileiro Ruy Barbosa (1849-1923), que era conhecido pelos seus estudos e aprofundamentos do idioma.
A data foi instituída pela lei nº 11.310, em 2006 que definia a celebração em todo território nacional. O idioma também é comemorado em 10 de junho pelos portugueses, em homenagem ao aniversário de morte do poeta Luís de Camões (1524-1580), de acordo com a definição do órgão legislativo do Estado Português em 1981.
Outra comemoração ocorre em 5 de maio, com o intuito de celebrar o idioma mais falado no hemisfério sul, terceiro mais falado no hemisfério ocidental e quinto mais falado no mundo. A celebração foi instituída em 2009 pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O português é o idioma oficial de 9 países: Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. A língua também é uma ferramenta de trabalho responsável por impactar de maneira positiva a trajetória de diversos profissionais.
Neusa Bastos, professora do curso de Letras e coordenadora do Núcleo de Estudos Lusófonos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, optou pelos estudos da língua portuguesa no bacharelado e na licenciatura, mas o idioma é presente em sua vida desde 1968.
“Sempre fui dedicada ao estudo da língua portuguesa, da história do idioma que me diz muito respeito, e por sempre ter estudado eu sei o tipo de modalidade que devo usar, seja na oralidade ou na escrita. Isso é muito rico e é isso que eu procuro transmitir aos meus alunos”, declara Neusa.
Mercado de trabalho
Apaixonados pelo idioma, estudantes do ensino superior optam pelo curso de letras e buscam transformar a língua portuguesa em uma aliada no mercado de trabalho. É o caso de Marcelo Dalpino, aluno do doutorado em Letras da Universidade Mackenzie. Ele conta que escolheu o curso de graduação devido ao seu amor pela literatura brasileira. Durante os estudos Dalpino descobriu a linguística, modalidade responsável por compreender o sujeito por meio do que é dito, como é dito, como é feita a escolha da fala e como pode ser interpretada as relações sociais.
Marcelo Dalpino: amor pela literatura e pela linguística o levou ao doutorado em Letras. Foto: arquivo pessoal
“No doutorado eu estudo discurso e análise do discurso, dentro do campo pedagógico. Minha expectativa é me torna um professor universitário na área das letras e lecionar língua portuguesa nos cursos de graduação, contribuir na formação dos alunos”, almeja o estudante.
Mônica Penalber, que também faz doutorado em Letras pela Mackenzie, sempre demonstrou curiosidade pelos assuntos de linguagem que abordam interação e comunicação. “Hoje como pesquisadora, entender a língua em seu contexto sócio-histórico é meu maior vício”, declara Mônica, que já lecionou no ensino médio e em cursos de graduação.
Aprender para ensinar: Mônica Penalber se tornou pesquisadora e professora de Letras. Foto: arquivo pessoal