Enem: veja os assuntos mais cobrados em história na prova
Os temas listados são com base na Coletânea Enem, produzida pelo Sistema de Ensino Poliedro e comentados por docentes de história
A edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 recebeu 5,8 milhões de estudantes inscritos, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). E, para contribuir com os vestibulandos, o LeiaJá, em parceria com o projeto multimídia Vai Cair No Enem, e com base em uma coletânea produzida pelo Sistema de Ensino Poliedro, detalha os temas mais cobrados na disciplina de história.
Faltando poucos dias para o Enem 2020 - que será aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021, na modalidade impressa, enquanto que a prova digital terá realização em 31 de janeiro e em 7 de fevereiro -, os assuntos selecionados no módulo de Ciências Humanas, da Coletânea do Enem, pretendem ajudar os feras a se manterem atualizados quanto às temáticas que são cobradas no Exame.
De acordo com a estatística do mapa de conteúdos, serão cobrados temas como Revolução Industrial; as transformações na estrutura produtiva no século XX, tais como o fordismo, o toyotismo, as novas técnicas de produção e seus impactos. Confira os temas, a seguir, por ordem de probabilidade, da Coletânea Enem:
2º Guerra Mundial e suas consequências - 16,9%
2º Reinado - 10,4%
Baixa Idade Média - 10,4%
A República Velha - 9,1%
Era Vargas - 9,1%
Governos pós-regime militar - 9,1%
Sistema e economia colonial - 6,5%
Sistema e economia colonial 6,5%
Immanuel Kant - 5,4%
Idealismo alemão - 5,4%
Grécia e Roma - 5,2%
Regime militar - 3,9%
Administração colonial - 3,9%
Crise do sistema colonial - 3,9%
República Populista - 3,9%
Reformas e revoluções - 3,9%
Oriente Médio - 3,8%
1º Reinado - 1,3%
Ideias políticas e sociais do século XIX - 1,2%
Estudo comentado e guiado
Para a professora de história Thais Almeida, o ideal é estudar tudo, mas deve haver uma prioridade para história do Brasil, e compreender os eventos históricos do país.
Por isso, o LeiaJá convidou a docente de história para comentar os conteúdos que mais foram cobrados no Enem nos últimos anos. Assuntos como 2º Guerra Mundial são temas cobrados com frequência no Enem em 16,9% das provas avaliadas pela Coletânea Enem.
“Entre os assuntos mais cobrados percebemos a Segunda Guerra Mundial. E boa parte do que se cobra em relação às grandes guerras mundiais, são também as consequências dessas guerras para o Brasil. Assim também se costuma cobrar bastante o contexto que gera essas guerras, ou seja, o avanço do capitalismo industrial, da política imperialista”, detalha a docente.
Além dessa orientação, Thais destaca a importância do conteúdo do período Brasil Colônia, enfatizando que é necessário compreender o sistema e economia coloniais. “Então, entender a colonização enquanto um sistema que se insere em um contexto histórico muito específico, é entender como se estruturou a economia, como se montou um aparato administrativo nas colônias... Um entendimento de como se dava o cotidiano na durante o Brasil colônia, as relações sociais, as mentalidades sociais e também a própria crise do sistema colonial”, pontua.
Por outro lado, a professora chama atenção aos assuntos relacionados ao Regime Militar, indicado pela coletânea com 13% de probabilidade de cairem no Enem. “Entretanto, sabemos que desde 2018 enfrentamos uma estrutura de censura montada pelo próprio MEC - Ministério da Educação - para retirar questões, algumas questões dos temas que o Governo, dentro do seu viés ideológico, não acha adequado em prova”, relata a professora Thais Almeida.
“O Enem 2019, foi a primeira prova realizada após a montagem dessa estrutura de censura e de fato observamos que o conteúdo não caiu, né? E a tendência para o ano de 2020 é que ele também não seja cobrado ou pelo menos não seja cobrado de maneira tão direta. Então há essa incerteza, porque da mesma forma também pode ser que o conteúdo seja cobrado”, concluiu.
Por fim, a professora alerta para conteúdos relativos à Idade Média, que volta a ser cobrada de uma maneira mais recorrente. “Então, é um assunto para se ficar atento”, garante.