Ministro da Educação diz que não teve censura no Enem 2021
Victor Godoy foi convocado para prestar esclarecimentos na Comissão de Educação
Nesta quarta-feira (11), o atual ministro da Educação, Victor Godoy, compareceu à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para falar sobre as ações e propostas do ministério, assim como prestar esclarecimentos sobre os recursos destinados para a compra de kits de robótica superfaturados. Na ocasião, Godoy foi questionado pela deputada federal Tábata Amaral (PSB) sobre a escassez do Banco Nacional de Itens (BNI) e reutilização de questões no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022.
Defendendo a pasta sobre as acusações de censura de itens na edição anterior, o ministro salientou que "não houve nenhum tipo de censura ou escolha dos itens. Até porque, é importante que todos saibam, a escolha dos itens é feita por uma comissão de professores, que não são servidores do Inep. Isso tudo é feito de maneira sigilosa, em um ambiente seguro. Todo esse processo dos itens da prova do Enem mantém toda uma questão de governança".
Ao explicar sobre a possível repetição de quesitos no exame deste ano, Victor Godoy justificou a reutilização com o período em que as escolas estavam fechadas, devido ao agravamento da pandemia da Covid-19 no Brasil. "O Banco de Itens já tinha nove anos sem atualização. Para que a gente possa incluir novos itens, nós precisamos de escolas abertas, porque eu preciso que o professor elabore o item e eu preciso fazer a pré-testagem. Com as atividades presenciais suspensas não havia como fazer pré-testagem", afirmou. E acrescentou: "O presidente do Inep, o Danilo [Dupas] já tem adotado todas as providências para a composição [da prova]".