Tradição e modernidade se encontram no Guadalajara

Noite terminou com show do projeto de Maciel Melo, Xangai e Renato Teixeira

por Felipe Mendes qua, 18/07/2012 - 03:14

A noite foi de muita música de raiz no Palco GUadalajara, nesta terça (17), em mais um dia de programação do 22º Festival de Inverno de Garanhuns. Passaram pelo maior palco do FIG Maciel Melo, Herbert Lucena, Lula Queiroga e o projeto que reúne Renato Teixeira, Xangai e Maciel Melo.



Após Rogério e os Cabra, que abriu os shows na Guadalajara, Maciel Salu entrou no palco trazendo sua música, que continua e moderniza uma tradição cultural e familiar. Maciel é filho de Mestre Salu, um dos maiores mestres da cultura popular brasileira. Essa vivência é ressaltada pelo artista: "Agradeço primeiro a Deus pelo dom que me deu e aos mestres com quem aprendi. Se estou aqui é graças ao meu aprendizado, mas no palco eu toco o que quero. O importante é respeitar minha história, de onde eu venho", reflete Maciel. Munido da sua rabeca, Maciel botou muita gente para dançar.



Herbert Lucena, embalado pelo ótimo momento após o Prêmio da Música Brasileira, subiu ao palco às 23h trazendo seu coco. O trabalho de Herbert passeia ainda por outras vertentes musicais, que incluem samba e forró. Em uma mescla de tradição e modernidade, o cantor fez um show instigante e foi bastante aplaudido pelas pessoas presentes na Esplanada Guadalajara.

Lula Queiroga foi o responsável por trazer uma sonoridade mais moderna ao palco, com o uso de samplers e sua sonoridade peculiar, que atrai muitos fãs para seu trabalho. "O show ao ar livre tem uma pegada diferente", afirmou o cantor ao LeiaJá. "Eu não sei o que vou fazer antes de entrar no palco, mas sempre dá certo", conclui. A apresentação foi muito dinâmica e animada, com Lula se movimentando bastante.



Ele caiu do palco durante o show, no fosso destinado a fotógrafos e cinegrafistas, mas não se abalou e continuou cantando. Após um momento de suspense, o público delirou quando o cantor apareceu apenas com a cabeça por cima da divisória entre o fosso e a praça, sem parar de cantar. Esse não foi o único momento inusitado da apresentação de Lula Queiroga: um artesão jogou seus trabalhos no palco, e o cantor os pendurou no pescoço e passou a cantar ornamentado por eles.



Para encerrar a noite, quem esteve presente na Guadalajara conferiu o show de Xangai, Rentao Teixeira e Maciel Melo. Com alguns clássicos do cancioneiro popular, o trio envoilveu todo o público presente, que pôde testemunhar um encontro muito bonito entre três regiões do Brasil e sua música. "Estou ladeado por dois dos maiores artistas do Brasil", afirmou Xangai antes de entrar no palco. "É um privilégio e um aprendizado tocar com esses dois menestréis", completou Maciel Melo.

COMENTÁRIOS dos leitores