Sátira sobre Coreia do Norte arrecada US$ 1 mi na estreia

A Sony não informou quanto o filme arrecadou no YouTube, Google Play e no console Xbox

sex, 26/12/2014 - 20:10
Ethan Miller Pôsters de fimes em cartaz, incluindo Ethan Miller

A polêmica paródia da Sony "A Entrevista", sobre um complô fictício para matar o líder norte-coreano Kim Jong-un, arrecadou um milhão de dólares em sua estreia limitada nos Estados Unidos no Dia de Natal, informou nesta sexta-feira (26) a empresa cinematográfica.

"A estreia limitada (do filme), em menos de 10% dos cinemas onde originalmente seria exibido, conseguiu esgotar os ingressos (em várias salas) e arrecadar cerca de um milhão de dólares", disse, em um comunicado, o presidente da distribuição internacional da companhia, Rory Bruer.

Mais de 200 salas colocaram o longa em cartaz, contra as 2.000 e 3.000 inicialmente previstas.

"O público reagiu de forma fantástica", acrescentou Bruer.

"Considerando que as circunstâncias foram um desafio incrível, estamos extremamente agradecidos às pessoas de todo o país que foram ver 'A Entrevista' em sua estreia pouco convencional", prosseguiu.

O resultado alcançado pelo filme é sólido, disse à AFP Jeff Bock, analista da empresa especializada em arrecadação, Exhibitor Relations.

"É preciso levar em conta que a maioria dos cinemas são de tela pequena, com menos capacidade que as redes que decidiram não exibir o filme", afirmou Bock, em alusão aos cinemas que se recusaram a exibir o filme devido a ameaças de hackers.

A Sony não informou quanto o filme arrecadou no YouTube, Google Play, no console Xbox e no site www.seetheinterview.com, que a disponibilizaram para locação ou compra um dia antes da estreia oficial.

Estas cifras serão "as mais interessantes", antecipou o especialista da Exhibitor Relations.

Os serviços online do console PlayStation, da Sony, e do Xbox, da Microsoft, pararam de funcionar devido a um ataque reivindicado por hackers, embora por enquanto não haja informações que possam vincular a falha à estreia de "A Entrevista".

Um grupo de "hackers" pirateou a base de dados da Sony Pictures no fim de novembro e reivindicou aos estúdios Sony Pictures que cancelasse a exibição da paródia.

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