Sem diálogo, artistas permanecem em 'vigília' no Iphan

Música, oficinas e dança fazem parte das ações de manifestação contra governo Temer e extinção do Minc

por Roberta Patu qui, 19/05/2016 - 21:23

Nesta quinta-feira (19), dezenas de artistas realizaram atividades na regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), de Pernambuco, no bairro da Boa Vista. Arte, música e oficinas foram algumas das ações que tem como proposta reivindicar quanto ao governo do presidente interino Michel Temer e a extinção do Ministério da Cultura (Minc). A iniciativa integra várias mobilizações nacionais.

De acordo com um dos artistas presentes, Renato Barros, a mobilização é pela arte e pelo próprio Iphan. “Não vamos ficar parados com o caos que o Brasil está passando. Estamos lutando, primeiramente, pelo ‘golpe’, não reconhecemos Temer e não admitimos a extinção do Minc. Estamos e vamos continuar lutando”, disse o músico.

A dançarina Lara Santos ainda reforçou que o atual ministro do Ministério da Cultura e Educação (Mec), Mendonça Filho não representa a cadeia artística. “Queremos um representante que assume o cargo a partir de um Governo legítimo, ou seja, eleito pelo povo, nas urnas. Mendonça não representa a classe artística e é um golpista”, criticou.

Quanto ao posicionamento do Iphan em relação à ocupação, Barros revelou que não diálogo e que a situação é tensa. “Não há negociações, nem diálogo com o Iphan e, infelizmente, estamos na tensão da reintegração de pose e considero essas atitudes extremamente arbitrárias”, falou.

Desde a última terça-feira (16), os artistas estão realizando diversas intervenções artísticas como oficinas de grafitagem, apresentação de dança, música e exibição di filmes. Conforme os representantes, diariamente, 200 pessoas circulam e interagem com as ações culturais. 

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