Revista "Playboy" demite funcionários e pode acabar

Empresa que adquiriu os direitos da publicação aponta a crise como problema para se manter e afirma estudar novas alternativas para não encerrar as atividades

qui, 08/09/2016 - 18:07

Um semestre. Foi o tempo que durou a nova proposta de reformulação da revista "Playboy", que chegou ao Brasil em 1975 por iniciativa de Roberto Civita, fundador da Editora Abril e foi passada aos cuidados da PBB Entertainment em dezembro de 2016. A versão norte-americana da publicação também mudou seu estilo em março deste ano e passou a publicar fotos sensuais de modelos e das tradicionais coelhinhas, mas sem nudez. André Sanseverino anunciou que a publicação seria bimestral e manteria o formato original, com variedades e nudez.

Os quatro jornalistas que integravam a equipe de produção da revista foram demitidos. Agora a publicação conta com dois estagiários e três funcionários em regime de contratação como pessoa jurídica, popularmente conhecido como PJ. Os funcionários demitidos são Roberto Saraiva, Gregório Souza, Natalia Horita e Felipe Seffrin, respectivamente editor-chefe, editor de moda e repórteres.

O encerramento definitivo da publicação não está descartado, e, com a nova reformulação, o grupo pretende deixar de produzir conteúdo. Assim, a publicação nacional seria a reprodução da versão norte-americana traduzida para o português. Há também a possibilidade de que a publicação seja terceirizada pela PBB, que nega essa alternativa como saída para a publicação impressa já que, segundo a editora, resultaria em queda na qualidade. Em nota, a empresa creditou os problemas enfrentados a crise e aponta que outros meios de “sobrevivência” vêm sendo adotados, como a versão digital e investindo em eventos.

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