Profissionais de eventos clamam por retorno no Recife
Diversos setores do entretenimento participaram de um protesto a favor do retorno consciente de festas corporativas e sociais
Nesta segunda-feira (10), profissionais que trabalham em festas, como produtores, músicos, iluminadores, técnicos, montadores de palco, empresários, entre outros, saíram às ruas do Recife em protesto, em busca de respostas para a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Desde março, quando foi determinado o isolamento social, diversos setores ligados a eventos passaram a lidar com dificuldades. O ato defendeu o retorno de atividades corporativas e sociais, porém, que tudo seja realizado perante aos protocolos de segurança em combate à Covid-19.
De acordo com Diogenes Celestino, mais conhecido como Boy Som, é importante que a Lei Aldir Blanc seja aplicada, além da liberação dos trabalhos. “Estamos há cinco meses sem trabalhar. Como é que fica a nossa situação? Tudo está parado e sem nenhuma solução para a nossa categoria. Fomos [setor de eventos] os primeiros a parar e tudo indica indica que seremos os últimos a voltar”, disse Diogenes, responsável pelo movimento.
Ele ainda frisou que os serviços prestados durante o Carnaval 2020 devem ter seus pagamentos efetuados, como uma forma de os empresários ajudarem seus funcionários. “Estamos passando por necessidade. Tem gente vendendo seus equipamentos. Já não tem mais dinheiro para sobreviver. Estamos passando por uma situação muito difícil”, completou.
Para Maria do Carmo Figueiredo, a falta de reconhecimento dentro do universo cultural pernambucano está prejudicando a classe artística. “Precisamos ser reconhecidos. Recife respira arte. É um momento muito triste em que todos estão vivendo”, pontuou a animadora de festas.
Vestindo roupas pretas e chamando a atenção das pessoas através de apitos e cartazes, os manifestantes foram até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano, no intuito de um diálogo para a retomada consciente dos eventos. Três representantes do movimento foram recebidos pela Secretaria da Casa Civil.
“Outras áreas estão abrindo gradativamente. Poderíamos ser encaixados de uma forma que pudéssemos abrir os espaços com uma quantidade de pessoas reduzidas, assim como vem acontecendo com shoppings, bares e restaurantes. Os últimos meses estão difíceis. Mesmo com a ajuda do governo federal, nada chega ao patamar do que a gente ganhava fazendo eventos”, afirmou Erica Santiago, garçonete de buffet infantil.