Banda Rolls-Rock agita o ambiente virtual na pandemia

Conjunto cativa o público com repertório de clássicos do gênero e que é decidido ao vivo

por Alfredo Carvalho qua, 04/11/2020 - 13:59
Divulgação / Rolls-Rock Os integrantes da banda Rolls-Rock Divulgação / Rolls-Rock

A pandemia do coronavírus (Covid-19) afetou o setor do entretenimento, e muitos artistas começaram a fazer lives para que os fãs pudessem ter a experiência de um show em suas casas. Diante dessa realidade, a banda Rolls-Rock utiliza o cenário digital para trazer clássicos do Rock aos amantes do gênero.

O grupo foi fundado em 2002 pelo vocalista e guitarrista Eduardo Costa, e hoje é formado por Mau Seliokas no baixo, Cristiano Ribeiro no teclado, e Francis Lima na bateria. Todos os integrantes são de São Paulo. O nome da banda é um trocadilho com o veículo Rolls-Royce, e o logotipo do conjunto é uma placa de carro, com o emblema do Reino Unido, que é o país de origem do automóvel.

A pandemia não impediu os membros da banda de trabalharem. Desde 15 de março, o grupo realiza as atividades em estúdio próprio, como as lives no canal do YouTube, que, a princípio, contava com 5 mil inscritos. Hoje, após mais de 80 lives registradas, o conjunto já conta com 20,7 mil seguidores. "Conseguimos bastante audiência em todas essas lives, e algumas conseguiram 33 mil visualizações. Isso é bastante significativo, é como se fosse um estádio assistindo a gente. O legal é que não é só o público de São Paulo, e sim do mundo todo. Isso nos gerou muitos eventos para o ano que vem", relata Costa.

Graças às lives, o grupo obteve crescimento não só no YouTube como também nas demais redes sociais. Os shows virtuais alcançaram bons resultados financeiros. Além das lives, o grupo também lançou clipes covers no canal, como o da música "Du Hast", da banda Rammstein, que foi disponibilizado na última terça-feira (3).

Diferente de algumas bandas, a Rolls-Rock não trabalha com o modelo de setlist, que é o repertório de músicas para o show. O grupo combina uma faixa de abertura, e as demais canções são decididas na hora do show, de acordo com o público. "Não tem como executar um bom show com um repertório na mão, porquê os lugares que tocamos variam de público, idade, quantidade e sonoridade. Então entramos na vibe do momento. Tem dia que precisa ser mais para rock, outros pop, mais heavy metal, hard rock e assim por diante", afirma Costa, que, junto com a banda, possui cerca de 220 músicas ensaiadas.

No começo da pandemia as lives eram feitas no estúdio da banda e com o tempo passaram a ser em diversos cenários do estado de São Paulo, como praças e bares. Mas o vocalista destaca a primeira transmissão feita no Condomínio Ile Eco Life, no Morumbi (SP). Era um dia que ameaçava chover. Após levar cinco horas para montar os instrumentos, a garoa começou e, mesmo assim, o conjunto musical seguiu com o show em um local que não era coberto. "Molhou tudo, mas seguimos firmes e fortes e no meio da apresentação parou de chover. Como era tudo muito novo, tanto para a banda quanto para os moradores do local, todo mundo permaneceu com as luzes acesas nas sacadas, aplaudiam, cantavam, e a gente conseguia ouvir. Foi muito legal, e todos participaram", lembra Costa.

Após fazer diversas lives, abrir shows para bandas famosas, como a Tihuana, tocar nas comemorações de final de ano do SBT, o conjunto musical mira em grandes eventos para o futuro. "Nossa perspectiva seria sair mais de São Paulo, para fazer grandes eventos, e gostaríamos muito de atingir o Mercosul, em países como Chile, Argentina, Peru. Além disso, também queremos colocar algumas músicas autorais, pois não temos nenhuma, sempre nos dedicamos ao cover", anseia o músico.

Quando a pandemia acabar, o grupo pretende diminuir a frequência de lives. Contudo, de acordo com Costa, a banda pretende continuar com as transmissões dos principais shows.

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