Jovens buscam por mais espaço no mundo das artes
Vocação conduz estudantes universitários às atividades artísticas como campo de trabalho e realização pessoal
“Minha vocação artística sempre esteve voltada à música: gosto de expor o sentido, de identificar o som”, afirma Erick Dias, universitário do curso de Publicidade e Propaganda e aspirante a músico profissional. Cada vez mais jovens estudantes buscam a realização nas artes.
Baterista da banda Cabanos, Erick Dias conta que descobriu cedo o envolvimento com o meio artístico. Aos 12 anos, passou a entender mais o gosto que tinha pela música e, aos 16, decidiu que queria seguir a vida com a profissão.
“Encontro muita inspiração nas ruas de Belém. Essa cidade me encanta e me ajuda a ter muita criatividade. Quero incorporar à minha música uma mistura de Terno Rei (banda de rock alternativo de São Paulo) com o brega regional”, diz Erick.
O baterista diz que costuma arriscar um ritmo e misturá-lo com algo novo. “Normalmente é algo que dá certo. Demora, mas dá certo. E funciona porque envolve Belém no meio do trabalho, o que faz não perder o ponto referencial.”
Matheus Duarte, estudante de Artes Visuais e guitarrista da banda Cabanos, tem orgulho de estar desde sempre ligado à arte. “Existem pessoas que gostam e têm talento para a coisa da arte, mas nem sempre têm um ponto de partida, não sabem por onde caminhar. Acho que o mais importante de tudo é começar”, declara.
Duarte gosta de entrevistas, porque acredita que com elas o serviço ganha maior visibilidade. “A entrevista é um ponto importante porque ajuda a quem não tem público geral, nos ajuda a chegar a mais pessoas.”
O guitarrista de 19 anos afirma que “o mundo artístico precisa de gente que quer trabalhar com arte, porque precisa-se desse incentivo”. Ele aponta que viver de arte é “aterrorizante”, mas satisfatório quando se está rodeado de estímulos.
Selecionado para o elenco de um reality da HBO Max Brasil, Luka Cortez sempre esteve em torno da arte. Ele aproveitou o talento de infância e resolveu se profissionalizar ao longo do tempo.
“Quando criança eu cantava na escola, fazia parte de peças de teatro, gostava de artes gerais. A caminhada não é fácil, mas sempre me senti realizado com o que produzia”, afirma.
A drag queen de 29 anos está muito contente com o desafio. “Ser participante de um reality desse porte é uma responsabilidade enorme e estou muito feliz por ser essa pessoa. Isso contribui para a minha carreira, mas faz lembrar também de muitas personalidades amazônidas.”
Luka tem diversas inspirações, tendo encontrado na banda Calypso e na cantora norte-americana Lady Gaga referências de que precisava. “Amigos meus que também fazem drag queen me inspiram muito. Não é fácil achar que um dia você vai poder referenciar o trabalho de alguém, mas em seis anos performando posso ver quem já começou depois de mim e é gratificante saber que tenho sido inspiração pra essas pessoas”, conclui.
O programa Queen Stars, exibido pela HBO Max Brasil, estreará quinta-feira, dia 24 de março. A apresentação será das cantoras Pabllo Vittar e Luiza Sonza.
Por Amanda Martins (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).