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A UNAMA - Universidade da Amazônia, em parceria com 45 escolas de ensino médio do Pará, está promovendo mais uma edição do Mostra Campus, cujo objetivo é apresentar à comunidade os cursos e serviços da instituição e realizar testes vocacionais. O evento começou nesta quarta-feira (31) e vai até a próxima sexta-feira (2), das 8 às 17 horas, no campus Alcindo Cacela, em Belém.

O Mostra Campus propõe aos convidados atividades que testam o raciocínio lógico e estimulam o desenvolvimento cognitivo, além de entretenimento. Durante os encontros, que devem receber cerca de cinco mil alunos, os estudantes também realizam visitas aos blocos de cada curso para maior conhecimento dos espaços e laboratórios da UNAMA.

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Rayssa Manoela, de 18 anos, pretende estudar Oceanografia e elogiou a recepção da instituição. “Acabamos de entrar e já estou achando interessante, as pessoas são muito receptivas”, disse.

A estudante ressaltou que gostaria de conhecer mais sobre a área em que deseja seguir e quais matérias irá estudar. “Eu tenho um conhecimento, mas não tão aprofundado. Essa minha curiosidade se desperta mais com a excursão.”

Danielle Moraes, 16 anos, quer estudar Psicologia e achou interessante a demonstração dos cursos. Ela espera, durante o evento, aprender mais sobre os ramos de estudo. “Acho bom conhecer os vários setores. Eu estou achando muito legal essa imersão.”

Os alunos, de instituições públicas e privadas do Estado, visitarão o Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ); as clínicas de Fisioterapia, Estética, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Nutrição, Odontologia, Medicina Veterinária e Psicologia; e os laboratórios de Comunicação Social (apresentação do Portal Leia já e TV UNAMA), dentre outros.

Segundo a reitora da UNAMA, Betânia Fidalgo, essa é uma grande oportunidade para o estudante dar o primeiro passo na profissão. “A Universidade, mais uma vez, está empenhada para oferecer a esses estudantes a informação que vai ajudá-los a decidir o futuro profissional, além de conhecer o nosso corpo docente, infraestrutura e mercado de trabalho. A proposta é que ele saia da UNAMA com a certeza da profissão que vai seguir”, afirmou a gestora.

O Mostra Campus também inclui várias atividades lúdicas. Ao final da programação os participantes poderão aproveitar um playground com música, cabine fotográfica e entrega de brindes.

Por Sergio Manoel e Gabriel Pantoja (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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“Minha vocação artística sempre esteve voltada à música: gosto de expor o sentido, de identificar o som”, afirma Erick Dias, universitário do curso de Publicidade e Propaganda e aspirante a músico profissional. Cada vez mais jovens estudantes buscam a realização nas artes. 

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Baterista da banda Cabanos, Erick Dias conta que descobriu cedo o envolvimento com o meio artístico. Aos 12 anos, passou a entender mais o gosto que tinha pela música e, aos 16, decidiu que queria seguir a vida com a profissão.

“Encontro muita inspiração nas ruas de Belém. Essa cidade me encanta e me ajuda a ter muita criatividade. Quero incorporar à minha música uma mistura de Terno Rei (banda de rock alternativo de São Paulo) com o brega regional”, diz Erick.

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O baterista diz que costuma arriscar um ritmo e misturá-lo com algo novo. “Normalmente é algo que dá certo. Demora, mas dá certo. E funciona porque envolve Belém no meio do trabalho, o que faz não perder o ponto referencial.”

Matheus Duarte, estudante de Artes Visuais e guitarrista da banda Cabanos, tem orgulho de estar desde sempre ligado à arte. “Existem pessoas que gostam e têm talento para a coisa da arte, mas nem sempre têm um ponto de partida, não sabem por onde caminhar. Acho que o mais importante de tudo é começar”, declara.

Duarte gosta de entrevistas, porque acredita que com elas o serviço ganha maior visibilidade. “A entrevista é um ponto importante porque ajuda a quem não tem público geral, nos ajuda a chegar a mais pessoas.”

O guitarrista de 19 anos afirma que “o mundo artístico precisa de gente que quer trabalhar com arte, porque precisa-se desse incentivo”. Ele aponta que viver de arte é “aterrorizante”, mas satisfatório quando se está rodeado de estímulos.

Selecionado para o elenco de um reality da HBO Max Brasil, Luka Cortez sempre esteve em torno da arte. Ele aproveitou o talento de infância e resolveu se profissionalizar ao longo do tempo.

“Quando criança eu cantava na escola, fazia parte de peças de teatro, gostava de artes gerais. A caminhada não é fácil, mas sempre me senti realizado com o que produzia”, afirma.

A drag queen de 29 anos está muito contente com o desafio. “Ser participante de um reality desse porte é uma responsabilidade enorme e estou muito feliz por ser essa pessoa. Isso contribui para a minha carreira, mas faz lembrar também de muitas personalidades amazônidas.”

Luka tem diversas inspirações, tendo encontrado na banda Calypso e na cantora norte-americana Lady Gaga referências de que precisava. “Amigos meus que também fazem drag queen me inspiram muito. Não é fácil achar que um dia você vai poder referenciar o trabalho de alguém, mas em seis anos performando posso ver quem já começou depois de mim e é gratificante saber que tenho sido inspiração pra essas pessoas”, conclui.

O programa Queen Stars, exibido pela HBO Max Brasil, estreará quinta-feira, dia 24 de março. A apresentação será das cantoras Pabllo Vittar e Luiza Sonza.

Por Amanda Martins (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

 

Após dar uma pausa em publicar vídeos opinando sobre temas polêmicos, o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC) compartilhou mais um desta vez para avisar que continua pregando nos cultor. Ele disse que era necessário dar um recado para o grupo dos “desinformados e dos maldosos”. 

“Tanto um quanto outro sempre deixam mensagens dizendo que depois que eu me tornei deputado federal, eu parei de pregar. Minha equipe fez um resumo de 2017 até 2018 dos lugares que preguei. São centenas de pregações que tenho ministrado, eu nunca parei de pregar”, afirmou.

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Segundo Feliciano, ele participa de 250 a 300 eventos por ano. “Eu prego desde sempre, eu continuo fazendo a obra do senhor”, reiterou declarando que a mentira não prevalece. Eu estou deputado, mas sou pastor. Esse ministério, essa vocação não veio da terra, veio do céu”. 

Feliciano já se definiu como um “pastor sem pedigree” ao dizer que não possui apoio das grandes instituições religiosas. “Vocês sabiam disso? Notem que quando se aproxima o ano eleitoral, simplesmente eu desapareço dos grandes púlpitos do estado de São Paulo. Eu não tenho apoio dos grandes líderes para campanha política, por exemplo, mas eu tenho o apoio do povo porque represento com alegria e que me sustentam com suas orações”, chegou a dizer. 



É começo de uma tarde de sábado e um pequeno grupo começa a se formar timidamente em frente a uma das salas de aula do antigo prédio do DEMEC, patrimônio do Núcleo de Ciências Jurídicas da Faculdade de Direito do Recife (FDR), no centro do Recife. Em comum, todos apresentam orientação sexual ou identidade de gênero não normativos, condição que, para alguns deles, torna as salas de aula comuns verdadeiras trincheiras. O professor Henrique*, pronto para oferecer a primeira aula do cursinho pré-vestibular Educar e Transformar, então, se apresenta e conduz sua turma para aquilo pode ser o início de uma nova vida para seus novos alunos e ele próprio.

Aos 34 anos de idade, Henrique já sobreviveu a três-pré infartos, sofreu de obesidade mórbida e venceu inúmeras crises de ansiedade. Entre as causas de tantas enfermidades, somam-se as exigências da carreira de analista de sistemas à transexualidade, com a qual passou a conviver com mais clareza desde o ano de 2013. “Foi quando passei a me entender como indivíduo transgênero, ao entrar na faculdade de design. Estou desistindo de doze anos de experiência na área em que estava porque não vejo perspectiva de aceitação e não sei como vou fazer porque todo o meu currículo foi construído nela”, explica.

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O primeiro homem trans a conseguir utilizar o nome social na faculdade, abrindo precedentes para outros que chegaram depois, Henrique vive um paradoxo. Como ainda não se sente à vontade para fazer a transição hormonal ou identificar-se como homem,  o analista é a única “mulher” da empresa. “Meu ambiente de trabalho, como a área de tecnologia da informação em geral, é composto por homens extremamente machistas, homofóbicos, transfóbicos e fundamentalistas religiosos. Por isso, vivo lá e fiz minha carreira como mulher”, lamenta. Assim, sair da faculdade significa deixar o único espaço onde Henrique pode ser ele mesmo. “Já estou atrasado um período porque não consigo deixar a segurança de lá. Onde sei que as pessoas vão me cobrar pelo motivo certo: por não ter feito o trabalho, não por não ter deixado meu cabelo crescer”, comenta. 

Além de uma área mais aberta à sua identidade de gênero, Henrique pretende encontrar no design a possibilidade de realizar o sonho de se tornar um professor universitário. O problema é de ele sofre de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDH). “Fui alfabetizado em casa, por minha mãe e minha irmã, porque não acompanhava a escola, mas meu diagnóstico só veio aos 30 anos de idade. O lado positivo para o curso é que uma pessoa com dificuldade de aprendizagem vai saber ensinar muito bem ”, conta o professor. 

Transexual, Bruno repetiu de ano por sofrer bullying na escola. Agora, ele busca ajuda no cursinho inclusivo. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Aluno e amigo de Henrique, através do qual ficou sabendo do projeto, Bruno*, de 16 anos, repetiu um ano na escola estadual onde está matriculado por causa de depressão consequente do bullying. “Sou o único transexual da escola. Eu ‘gaseava’ aula para não passar por aquilo. Já levei soco no braço, cheguei roxo em casa”, afirma. 

De acordo com o aluno e organizador do cursinho, John Barbosa, que se identifica como homossexual, o caso do aluno que procura o curso devido a dificuldade de se integrar às salas de aula comuns é recorrente. “De certa forma, a escola era um local de tensão. Aqui a gente se preocupa realmente em estudar, pode se vestir como gosta, falar do nosso jeito e não ficar com medo de apresentar um trabalho ou tirar uma dúvida porque podem rir”, fala. 

Organizador e aluno do projeto, John comemora número de 100 inscritos neste ano. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Inicialmente oferecido na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a história do cursinho começou há pouco menos de dois anos, a partir de um projeto mais amplo oferecido na instituição para estudantes de baixa renda. “Só que algumas alunas transexuais começaram a sofrer ataques, inclusive físicos, nos trajetos de ida e volta das aulas. Foi quando o Coletivo Rua-Juventude Anticapitalista viu a necessidade de se implementar uma iniciativa direcionada ao público LGBT”, explica John. De um universo inicial de 20 alunos, dos quais quatro foram aprovados no vestibular, o Educar e Transformar, passou, neste ano, a contar com 100 estudantes matriculados, graças ao apoio de cerca de 30 monitores e professores voluntários. 

“Infelizmente não vai chegar todo mundo. Eu sei que não vai porque, no ano passado, muito conhecido meu se matou porque não aguentou a pressão. Vai cair muita gente, mas só precisamos que um chegue, porque esse ‘um’ vai inspirar muita gente”, lamenta Henrique. Para o professor, contudo, parece improvável a realização do sonho de se tornar um professor universitário. “Porque meu corpo é quebrado demais. Não consigo entender na mesma velocidade do que todo mundo, mas posso ser calço. Então que tudo que é meu, minha história, minha força de trabalho, esteja a serviço de ser ‘calço’”, determina-se. 

A periferia que ocupa a sala de aula

Bruno superou situação de vulnerabilidade social, tornou-se professor e agora prepara jovens de baixa renda para o vestibular. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Antes de se tornar o primeiro membro de sua família a ingressar em um curso superior, Breno Antônio da Silva Gonçalves viu amigos internados por dependência química ou mortos no crime. Criado pela mãe junto com mais duas irmãs na comunidade de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, ele, sem acesso a uma boa escola, já sonhava com a profissão de professor, a despeito da maioria dos garotos de sua idade, para os quais a única carreira possível era de jogador de futebol. “No ano de 2012, entrei no cursinho ‘Terceiro Milênio’, oferecido pela comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) a vestibulandos de baixa renda. Me encantei pelas aulas de biologia”, conta. Motivado pela disciplina, Breno foi aprovado no curso de ciências biológicas da UFPE e, há dois anos, retribui as aulas gratuitas como professor voluntário do mesmo cursinho em que estudou. 

“Sei a dificuldade de sair da favela para vir à universidade, quanto custa a passagem de ônibus e o que é passar uma tarde toda só tendo biscoito para comer. Eu quero dar uma aula com a mesma qualidade da que ofereço num colégio particular”, comenta Breno, que já lecionou em colégios privados e agora desenvolve sua dissertação no mestrado em Biologia Vegetal, na UFPE. 

Aos 24 anos de idade, Breno mostra completo domínio da turma durante a apresentação do conteúdo. Aos alunos concentrados, associa as temáticas, por vezes distantes, da biologia à realidade deles, no final de cada aula. “Na aula de hoje, por exemplo, trabalhamos vermes e muitos deles caracterizam patologias humanas, como a esquistossomose. Aproveito para ensinar sobre prevenção, comentando sobre o gasto público com o tratamento e os perigos da doença”, explica. 

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Se consegue aplicar com competência sua vivência no conteúdo abordado, Breno é ainda mais hábil em absorver a de seus alunos. “Tenho alunos transexuais que apontaram, por exemplo, um comentário meu feito sem má intenção, mas que pode ser interpretado como transfóbico. Parei para refletir e pude me reeducar. O preconceito que sofri sendo negro, só me impulsiona a crescer”, coloca. Para Breno, sua empolgação em sala acaba contagiando os vestibulandos. “Me sinto realizado em sala de aula e é visível o retorno dos meninos comigo. A missão do professor é formar cidadãos, pessoas coerentes, honestas e que façam o bem de verdade. A educação é o veículo contra qualquer tipo de corrupção ou mal estar social”, defende. 

Ciclo do bem

Com um total de 120 alunos e 31 professores voluntários, divididos nos turnos da tarde e da noite, o “Terceiro Milênio” surgiu por iniciativa do professor do departamento de física Tomé Ferraz, em 1996, com o objetivo de suprir a histórica defasagem das disciplinas de biologia, química e física no ensino público. De acordo com o estudante de ciências contábeis da UFPE e atual coordenador do projeto, Waldemir Florentino da Silva, histórias de ex-alunos que são aprovados no vestibular e voltam à iniciativa para preparar outros jovens para os exames são comuns. “É um ciclo. Eu mesmo sou ex-aluno, porque não tive condições de pagar um preparatório. O voluntariado é muito gratificante, não tem preço quando alguns estudantes me ligam após a publicação do listão para me agradecer pelo apoio”, comemora.

*Nomes fictícios utilizados para preservar a identidade dos entrevistados 


A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) abre as portas, nesta quarta (20) e quinta-feira (22), para a décima edição da Feira de Profissões, cuja intenção é oferecer aos participantes a oportunidade de escolher um curso superior conforme sua vocação. Direcionado para alunos que estão cursando o ensino médio, o evento será realizado no campo de futebol da unidade Recife, no bairro de Dois Irmãos, das 9h às 18h.

Segundo a Rural, o público participará de várias atividades e visitará estandes distribuídos por áreas do conhecimento. Também estão previstas palestras, atividades esportivas e orientações profissionais. 

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A UFRPE possui mais de 50 cursos de graduação, entre presenciais e a distância. Além do Recife, Garanhuns, Serra Talhada e Cabo de Santo Agostinho são as cidades que oferecem qualificações. Outros detalhes informativos sobre a Feira de Profissões podem ser obtidos na página virtual do evento.

 

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