Sem medo de inovar

O investimento em tecnologia para a produção de produtos torna-se um diferencial e aumenta o grau de competitividade das empresas no mercado

| qui, 15/12/2011 - 08:20
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Que tal investir em impressão digital? Perda de tempo. Esse era o comentário que mais o empresário Luciano Vasconcelos ouvia na época em que resolveu abrir a Núcleo Digital, empresa especializada em comunicação visual, em Caruaru. Ignorando as posições contrárias, ele buscou as inovações em feiras de tecnologia pelo Brasil, a fim de oferecer o que havia de mais moderno como diferencial de mercado.

A aposta deu certo. Seis anos depois, a empresa já possui duas filiais e pretende investir R$ 2 milhões na compra de novos equipamentos. “Acompanhar a evolução é primordial. Na verdade, é uma necessidade. É preciso estar sempre se reciclando, buscando novidades”, frisa o empresário. Sobre o início do negócio, ousadia e visão de mercado foram as bases para conquistar o diferencial e atrair a atenção do público. “Tivemos a coragem, a dinâmica e a visão numa época em que se dizia que Caruaru não comportava um equipamento de impressão digital. Eu lembro que, em algumas viagens que eu fiz para divulgar a chegada do equipamento, algumas pessoas no alto Sertão chegavam até a não acreditar”, lembra.

Coragem e determinação são mesmo marcas de um empreendedor que deseja obter o sucesso. E investir em inovação é uma das formas de se destacar no mercado.

A tecnologia até contribui para a diminuição dos custos de produção. Na B&B Ambientações – Móveis sob medida, o investimento em equipamentos modernos reduziu o tempo de serviço e otimizou a utilização da matéria prima. “Adquirimos um programa que faz um plano de corte, a fim de aproveitar melhor a madeira. Eu só preciso lançar as medidas, que o sistema faz os devidos cálculos”, explica o proprietário Carlos Barata. A tecnologia permite, ainda, que a entrega do produto para o cliente seja mais rápida, o que contribui para a satisfação e atrai um público que precisa de agilidade na produção.

Ao todo, o investimento foi de R$ 50 mil. Mas a aquisição também abriu portas para a terceirização de parte da produção. “Eu já estou recebendo o produto cortado. Antes, a minha equipe fitava o móvel [fazia o acabamento], mas também pretendo deixar esse serviço com a empresa terceirizada e me concentrar na montagem dos móveis”, conta o empresário.

Apesar da vantagem, ele reclama do acesso ao crédito para a compra das novas ferramentas. “Tive que empenhar alguns bens. O processo foi tão difícil que quase desisti. O mecanismo precisa ser mais ágil, para evitar que a empresa fique descapitalizada”, frisa.

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