Marilson fatura o ouro nos 10.000m no Troféu Brasil

qui, 06/06/2013 - 20:00

Mais uma vez, Marilson Gomes dos Santos conquistou o título dos 10 mil metros do Troféu Brasil. O principal fundista brasileiro participou da competição mais para ajudar na pontuação da sua equipe, a BM&F Bovespa, do que pensando em marcas classificatórias, apesar do bom tempo de 28min37s71. O atleta abriu mão do Mundial de Moscou e pretende, no segundo semestre, correr a Maratona de Berlim.

"O objetivo não era o índice para os 10 mil. Estou querendo fazer uma maratona rápida no segundo semestre, e quero que seja Berlim", disse Marilson. "Por algum motivo, sempre fiquei no circuito Londres-Nova York", brincou. O agente do corredor está negociando com a organização da prova alemã para colocar o brasileiro no pelotão que largará em setembro, já que as vagas são restritas.

Mesmo sem a confirmação de Berlim, Marilson vai se preparar como se já estivesse inscrito. Fará, por exemplo, treinamento em altitude. Se conseguir correr a maratona mais rápida do mundo, onde vários recordes mundiais já foram batidos (incluindo o atual, 2h03min38, de Patrick Makau), o brasileiro pretende melhorar sua marca pessoal. O recorde de Marilson é 2h06min34, obtido em Londres, em abril de 2011.

Solonei Rocha da Silva, campeão da maratona dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011, foi o segundo colocado dos 10 mil metros, e comemorou sua primeira medalha em uma prova de pista, com o tempo de 29min20s06.

"Corri em pista pela primeira vez em 2010, porque comecei a competir muito tarde, aos 27 anos", lembra Solonei, que antes de ser atleta era lixeiro. "Mas quando entrei no clube Pinheiros, iniciei os treinos em pista, que me ajudam na maratona. Mas ainda sinto dificuldade porque a prova dos 10 mil metros, apesar de mais curta que uma maratona, é mais rápida. O ritmo fica muito forte para mim."

Classificado para a maratona do Mundial de Moscou, Solonei terá a oportunidade de, na Rússia, abandonar a tristeza de não ter se classificado para a Olimpíada de Londres. "Já tenho uma meta, que é ficar entre os dez primeiros colocados. Mas maratona é dia, se chegar entre os 10, posso encostar no 9º, depois no 8º... Quando for ver, estou voltando para o Brasil com uma medalha."

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