Promessa no Santa e no Sport está procurando clube

Em 2011 o atacante teve sua melhor fase, na ocasião o atleta foi artilheiro e revelação do Pernambucano

por Thiago Augustto ter, 20/08/2013 - 12:19
Reprodução/SiteOficial Em 2011, em treino do Sport Reprodução/SiteOficial

Nem faz tanto tempo. Em 2011, o então desconhecido atacante Paulista, do Porto-PE, balançava as redes em 15 oportunidades e se tornava o artilheiro e revelação do Campeonato Pernambucano do ano. O desempenho no Estadual despertou interesses dos grandes clubes da Capital.

No mesmo período, o Sport anunciou a contratação do atleta por três temporadas - na época com 22 anos -, adquirindo 50% dos direitos econômicos do jogador. Entretanto, dois anos após o encantamento, o atleta recém-dispensado pelo Treze-PB está desempregado. Um declínio na carreira em um curto espaço de tempo. 

Sem clube desde o dia 30 de julho, o atacante natural de Paulista-PE, hoje com 25 anos, busca uma reabilitação na carreira. Com força de vontade, realiza diariamente os seus próprios treinamentos. Seja na praia, na academia, ou em pelada com os amigos. Na expectativa de que uma nova oportunidade no futebol aconteça.

LeiaJá – Quem é Fábio Francisco Barros da Trindade atualmente? 

Paulista - Continuo sendo aquele cara batalhador e dedicado no que faço. Confesso que perdi um pouco daquilo que eu tinha em 2011. O torcedor esquece muito rápido das coisas, mas muitas pessoas nas ruas ainda me param e pedem para tirar uma foto. Isso me deixa muito feliz. Me dá forças. Atualmente estou sem clube, mas não estou parado. Faço meu próprio treinamento, minha própria preparação, visando o retorno aos gramados. Jogo bola com uns amigos, faço exercícios na praia, além de ir cotidianamente para academia. 

LeiaJá – Após o histórico Pernambucano de 2011, pela equipe do Porto, o que aconteceu com você? 

Paulista - Pois é, após ter sido revelação e artilheiro da competição, além de sido eleito atacante do povo (ao lado de Gilberto), acabei sendo contratado pelo Sport. Uma pena que as seguidas lesões  me deixaram longe de manter um bom ritmo de jogo. Eu não consegui render aquilo que foi esperado, o que causou a minha saída do Sport.” (Pelo Sport o atacante fez 14 jogos e marcou apenas um gol).

LeiaJá – Como foi jogar fora de Pernambuco?

Paulista - Em 2012 eu fui pela primeira vez para fora do Estado. Fui atuar no futebol catarinense e potiguar. Mas não consegui me dar bem por lá. Fiquei no banco de reservas e acabei atuando em duas oportunidades, em cada time. Foi ai que eu decidi retornar para o Recife. 

LeiaJá – E no Santa Cruz? Foi chance de uma reabilitação na carreira?

Paulista -Surgiu essa oportunidade. Fui confirmado reforço do Santa, mas também não progredi na equipe, não passei a confiança para os tricolores. Apesar da oportunidade que tive, não consegui agradar.

LeiaJá - Você passou um ano e oito meses sem balançar as redes. Como foi esse período? 

Paulista - Este período foi péssimo. Passei todo esse tempo sem marcar, mas graças a Deus no Remo o gol saiu. Tirei um peso das minhas costas e consegui jogar com muito mais liberdade. Foi um clube que me identifiquei bem. Lá foi diferente. Tive a oportunidade de jogar e mostrar meu futebol. Fui bem acolhido pelos dirigentes e pela torcida.

LeiaJá - Seu último clube foi o Treze da Paraíba. Como foi a passagem por lá?

Paulista - O treinador falou que não estava satisfeito com meu trabalho. Nessa época as coisas estavam meio conturbadas. Eu tive alguns problemas para resolver, faltei alguns treinos. Inclusive teve um domingo que antecedeu a dispensa que eu estava machucado, fazendo tratamento e não pude comparecer ao treino. Tive uma noite péssima, não consegui dormir direito. Para os dirigentes que já não estavam satisfeito esse foi à gota d’água, optaram pela minha demissão. Mas não guardo mágoas, pelo contrário.



LeiaJá – Em relação ao futuro, o que esperar ainda em 2013?

Paulista - O futuro a Deus pertence. Eu aprendi a dar um passo de cada vez e deixar o futuro nas mãos do Senhor. Enquanto a oportunidade não chega, eu irei continuar fazendo o meu trabalho. Treinando forte, indo para academia para manter minha forma física, correr na praia e jogar bolas com os amigos para ter contato com o nosso objeto de trabalho. Sei que mais cedo ou mais tarde uma nova porta vai se abrir para mim. Seja agora, seja no final do ano, ou até mesmo em 2014.

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