Estudo prevê revisão ou rescisão de contrato com Arena PE

Nota oficial do Governo do Estado de Pernambuco aponta como causa a 'não confirmação da expectativa de receita'

por Lívio Angelim ter, 29/12/2015 - 17:46

O contrato entre a Arena Pernambuco e o Governo do Estado deverá passar por revisão ou rescisão. Ao menos é o que indica o estudo da Fundação Getúlio Vargas em resultado entregue nesta terça-feira (29). A conclusão da análise foi tomada entre outros motivos pela 'não confirmação da expectativa de receita' de quando o acordo foi feito entre as duas partes.

O acordo de concessão tem validade até 2043. Entretanto, os valores projetados mensalmente - os quais o Governo do Estado tem a obrigação de cobrir caso não sejam alcançados - mostraram irreais para o atual panorama. Principalmente pela falta de público, com regularidade, em jogos no estádio. O Portal LeiaJá destacou o desfalque financeiro gerado por ausência de torcedores pagantes

Em nota oficial divulgada nesta terça-feira, o Governo de Pernambuco ressalta que esperará o corpo técnico do Estado analisar o estudo e passará o resultado também para o Consórcio que gerencia o estádio. Qualquer mudança também deve repercutir no acordo entre o Náutico e a Arena Pernambuco.

Presidente eleito do Timbu, Marcos Freitas assume o clube a partir de 1 de janeiro e já havia declarado ao LeiaJá que vai esperar o resultado do estudo feito pela FGV para dialogar sobre o futuro do Alvirrubro. 'Independente da situação, não vejo o Náutico fora dessa negociação em qualquer situação', disse o mandatário.

NOTA OFICIAL:

O Governo do Estado de Pernambuco informa que recebeu na data de hoje, 29/12/2015, a segunda etapa do estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, sobre o contrato de concessão da Arena Pernambuco.

Não obstante já ser possível extrair do estudo que o contrato deva ser revisto ou desfeito, em razão, entre outros motivos, da não confirmação da expectativa de receita que balizou sua celebração, o trabalho da FGV será objeto de detida análise por parte do corpo técnico do Estado.

O Governo dará conhecimento dessa etapa do estudo da FGV ao parceiro privado, para que ele possa externar suas eventuais considerações. Se houver necessidade, também serão solicitados esclarecimentos ou complementações à FGV.

Concluída a análise técnica, o Governo comunicará à sociedade a decisão a ser tomada em relação a este contrato de concessão.

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