Lembra de Juninho? Um daqueles garotos da base alçados ao elenco profissional na Era Paulo Roberto Falcão no Sport...Garoto? Só na idade (17 anos). Nesta quinta-feira (19), sob os olhares de uma Ilha do Retiro que recebeu uma torcida empolgada, o atacante foi gigante em campo. Aos 14 e aos 17 minutos, já tratou de marcar duas vezes sobre o Fluminense e garantir o Leão na final da Copa do Brasil Sub-17. O primeiro gol, num lance de oportunismo próximo à pequena área. O segundo, uma pintura: da intermediária, pouco depois do meio de campo, o camisa 11 avistou o goleiro adversário adiantado e mandou por cobertura. Os rubro-negros ainda balançaram as redes mais ​duas vezes, fazendo ​4​ a 0, com Wilson​ e Patrick​, mas fo​ram​ apenas o​s​ golpe​s​ de misericórdia, levando-se em conta a segurança dos anfitriões nessa semifinal.

Como o Sport já havia 'presenteado' o Fluminense, no jogo de ida, com um 'chocolate', por 4 a 1, o placar do confronto de volta não deixou dúvidas: o Leão está, com todos os méritos, a um passo de seu primeiro título nacional na categoria de base. Agora, os rubro-negros descansarão e ajustarão os últimos detalhes para iniciar a final na próxima terça-feira (24), às 19h, novamente na Ilha do Retiro, diante do Corinthians, que despachou o Cruzeiro nas semifinais. A grande decisão será no reduto do Timão, no dia 2 de junho, no mesmo horário.

O Sport começou com a proposta de impor um ‘abafa’ na reta inicial, e conseguiu. Com marcação elevada, o Leão pouco deixou a posse de bola com o Fluminense e chegou com perigo em duas oportunidades ainda dentro dos cinco primeiros minutos. Em seguida, o Tricolor das Laranjeiras esboçou um domínio das ações, conseguindo acalmar a agitação proposta pelos donos da casa, mas a reação foi apenas pontual. Os rubro-negros logo retomaram as rédeas da partida e, mantendo o ritmo acelerado, abriram 2 a 0 no placar. Contando, claro, com a tarde inspirada de Juninho, que parecia onipresente nas investidas do time recifense.

No retorno do intervalo, o Fluminense, que precisava de mais cinco gols – isso contando que o Sport não voltasse a marcar –, aparentou estar conformado com a eliminação. Já o Rubro-Negro voltou com a missão de somente administrar a vantagem construída. Mas não se contentou com o placar, voltando a balançar as redes adversárias, aos 16 minutos, com Wilson, ​e, aos 41, com Patrick, ​que ​selaram, com autoridade, a imponente classificação à final nacional.