Fifa vai enviar delegação à Argentina para discutir crise
A entidade máxima do futebol mundial pretende resolver a crise institucional que colocou em lados opostos a Associação do Futebol da Argentina (AFA) e o presidente do país, Mauricio Macri
Preocupada com a crise que vem atingindo o futebol argentino, a Fifa vai enviar uma delegação para Buenos Aires para discutir o assunto com as autoridades. A entidade máxima do futebol mundial pretende resolver a crise institucional que colocou em lados opostos a Associação do Futebol da Argentina (AFA) e o presidente do país, Mauricio Macri.
O envio da delegação foi revelado pela agência Associated Press, em e-mail enviado pela própria Fifa. A entidade, contudo, não revelou detalhes sobre a delegação. Não há informações sobre a data da viagem e nem sobre o número de integrantes do grupo que deve se encontrar tanto com o presidente da AFA, Luis Segura, quanto com Macri.
A crise institucional entre a entidade e o governo Macri teve início quando o novo presidente argentino decidiu intervir na AFA ao colocar dois fiscais para analisar as contas da instituição. Ele também determinou o adiamento por 90 dias da eleição marcada para 30 de junho.
Alguns dirigentes da AFA reagiram à ação do governo ameaçando pedir o retorno da seleção da Copa América Centenário, nos Estados Unidos. A hipótese foi descartada na última terça-feira por Segura. A Casa Rosada rejeita o termo intervenção, por considerar que isso só ocorreria com a troca no comando da instituição. Segundo os jornais Clarín e La Nación, interlocutores de Macri consultaram a Fifa para certificar-se de que a ação na AFA não acarretaria sanção.
Tanto a Fifa quanto à Conmebol, a quem a AFA também recorreu, podem punir o país com a desfiliação caso considerem que houve mesmo uma intervenção, mas a hipótese é considerada remota na Argentina, primeiro colocado no ranking da Fifa. Sanções semelhantes ocorreram com Benin e Kuwait no início do mês passado.
Ainda sem apresentar um posicionamento oficial sobre o caso, a Fifa afirmou apenas que vem monitorando a situação. "A Fifa vem monitorando o assunto e já enviou carta à secretaria-geral da Presidência da Argentina com cópia para AFA e Conmebol em resposta a uma carta enviada anteriormente", registrou a Fifa, em comunicado remetido à AP.