Celebridades puxam o revezamento da tocha em Belém

O astro do UFC Lyoto Machida deu início, no Mangueirão, ao evento que marcou a passagem do maior símbolo olímpico pela capital paraense. Cantores, atletas e ex-atletas também participaram do evento.

qua, 15/06/2016 - 19:02

A tocha olímpica chegou às ruas de Belém. O revezamento começou oficialmente na manhã desta quarta-feira (15), no Mangueirão, que recebeu bom público e foi palco de várias apresentações de bandas regionais. O lutador de MMA Lyoto Machida foi o encarregado de começar o revezamento, por um percurso de 32 km e com 162 pessoas – cada uma delas correrá 200 metros. “O convite foi muito bem-vindo para mim. Acho que é um momento único que o nosso Estado e o país estão vivendo. Então, quero aproveitar e explorar o máximo. A gente não sabe quando vai ter novamente essa oportunidade”, disse o lutador (veja vídeo abaixo). As cantoras Fafá de Belém e Gaby Amarantos também participaram do revezamento, assim como a Gangue do Eletro.

Outra grande atração do evento era o cantor Pinduca, que leva a tocha pela segunda vez na vida. Apesar disso, ele ressaltou a emoção de poder representar novamente o Estado e prometeu cantar uma das famosas músicas da carreira durante o percurso dele. “Eu estou muito feliz, emocionado e alegre. Eu garanto para vocês que carregarei a tocha com passos bem miudinhos para ganhar tempo. E vou cantar carimbó na hora do desfile”, disse o compositor, ao cantarolar trechos da música Sinhá Pureza. O técnico Sinomar Naves e o ex-jogador e comentarista Denilson também participaram da festa.

A gratificante sensação de poder participar do evento não ficou restrita a atletas e personalidades famosas. O despachante de cargas Marcos Sabino, 31, viajou de Florianópolis para também levar a tocha. “A sensação é única. Fui selecionado pela minha empresa e vim de Florianópolis para conduzir a tocha em Belém. A Olimpíada significa para mim a união dos povos para se celebrar o esporte e paz”, afirmou Marcos, selecionado para ser o sétimo a conduzir a tocha.

Marcou presença também o único índio do Pará escolhido para guiar o símbolo olímpico, Nhaket, do grupo indígena Kayapó, ao lado do tradutor Mydjere. Para Nhaket, o maior motivo de felicidade é a oportunidade de mostrar ao Brasil e mundo que as tradições indígenas permanecem vivas. “Estou representando todas as lideranças indígenas e essa é uma oportunidade de mostrar para o Brasil e mundo que nós estamos vivos, com a nossa cultura e tradições fortes ainda”, relatou.

Um bom público compareceu no espaço reservado no estacionamento B1 do Mangueirão para acompanhar as atividades. Família, parentes dos condutores da tocha e várias escolas proporcionaram bonita festa. Para homenagear a amiga Alisse Bruna, que levará a tocha, o estudante Alan Carneiro, da escola Almirante Tamandaré, junto com outros amigos, fez um cartaz para ela e, inclusive, gritos de guerra para destacar a instituição. “É força, é garra, é determinação, nós somos Tamandaré o futuro da nação”, gritavam.

A diretora de eventos da Seel, Ana Júlia Chermont, enalteceu a organização e os meses de preparação dedicados ao recebimento da tocha. “Estamos numa expectativa muito grande, foi montada toda uma estrutura para receber os primeiros condutores, os shows e apresentações. Foram meses de preparação. Nos reunimos na secretaria de Segurança Pública com toda a equipe de governo, prefeitura e Exército e está tudo organizado”, pontuou a diretora.

A chama olímpica saiu do Mangueirão por volta das 12h40. A previsão do horário de encerramento do revezamento é as 19 horas, no Portal da Amazônia.

A 36ª edição dos Jogos Olímpicos será realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 5 e 21 de agosto. Enquanto os Paralímpicos ocorrerão entre os dias 7 e 18 de setembro. O evento reunirá atletas de 200 países em competições de 42 modalidades esportivas.

Por Mateus Miranda.

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