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Após acertar sua companheira com uma garrafa de vidro, um homem foi preso, na última quarta-feira (3), por tentativa de feminicídio em Mosqueiro, ilha a 70 Km da cidade de Belém, no estado do Pará. Em vídeos que circulam na internet, é possível observar banhistas, que viram a violência física, perseguindo o suspeito para tentar imobilizá-lo.

Ao saber que a ocorrência se tratava de agressão contra uma mulher, um policial militar, que estava próximo a área de banho, tentou prender o homem, porém não conseguiu. Foi nesse momento em que pessoas, que curtiam o lazer na praia, começaram a correr atrás do suspeito. Com o tumulto, um banhista ainda chegou a puxar a bermuda do agressor para tentar pará-lo, mas não conseguiu. No entanto, em seguida a ação falha, um outro banhista deu um chute no rapaz e o derrubou na faixa de areia, facilitando, assim, a captura policial.

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Segundo a Polícia Civil do Pará, o homem foi preso em flagrante e já está à disposição da Justiça. A vítima foi encaminhada para uma unidade de saúde da região e, após a sua alta médica, foi ouvida na delegacia de Mosqueiro, onde a ocorrência foi registrada.

 

Sem uma grande árvore de Natal nem um presépio deslumbrante, um clima triste prevalece este ano em Belém, a cidade onde Jesus nasceu segundo a tradição cristã, na véspera de um Natal marcado pela guerra em Gaza.

Na meia-noite deste domingo, espera-se a presença de poucos fiéis e turistas na tradicional missa de Natal nesta localidade, situada no território palestino ocupado da Cisjordânia.

Os turistas fugiram da região desde o início da guerra entre Israel e Hamas em 7 de outubro.

Os cristãos palestinos não têm ânimo para celebrar o Natal ao mesmo tempo em que bombardeiam seus compatriotas em Gaza.

As autoridades municipais de Belém cancelaram a maioria dos eventos natalinos.

"É difícil celebrar algo em um momento em que nosso povo está morrendo", disse à AFP Nicole Najjar, uma estudante de 18 anos entrevistada em uma praça deserta. "Muitos estão morrendo por esta terra", lamenta.

Na Praça da Natividade, que era decorada com uma grande árvore de Natal e um presépio de tamanho humano, foi instalada uma obra de arte que representa Maria e José no meio dos destroços e atrás de arame farpado. É uma referência evidente à tragédia em Gaza.

Em um dos prédios da praça, há uma grande faixa com a mensagem: "Parem com o genocídio, os deslocamentos forçados e suspendam o bloqueio".

O ministério da Saúde de Gaza, governado pelo Hamas, anunciou no domingo que os bombardeios e incursões terrestres de Israel naquele território palestino causaram 20.424 mortes, a maioria mulheres e menores, desde 7 de outubro.

Quase 1.140 pessoas morreram em território israelense no ataque sem precedentes do Hamas que desencadeou a ofensiva israelense.

Os bombardeios do Exército de Israel também afetaram as igrejas, onde cerca de 1.000 palestinos cristãos buscaram refúgio.

O Patriarcado Latino de Jerusalém denunciou na semana passada a morte de uma mãe e sua filha, atingidas por tiros do Exército israelense, na única igreja católica na Cidade de Gaza.

- "Ninguém virá" -

O Patriarca de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, disse neste domingo, ao chegar a Belém, que "é preciso acabar com as hostilidades, pois a violência só gera mais violência".

"A mensagem de Natal não é a violência, mas a paz. Queremos a paz, principalmente para os palestinos que a esperam há muito tempo", acrescentou.

Durante a manhã, moradores de Belém, tanto cristãos quanto muçulmanos, ergueram uma grande bandeira palestina na Praça do Presépio.

"Ninguém virá. Abrimos porque é Natal e tínhamos que fazer isso", afirma Amir Giacaman, de 29 anos, proprietário de uma loja de presépios e outros objetos de arte litúrgica.

Giacaman lamenta uma queda no número de turistas mais acentuada do que durante a pandemia: "Com a Covid-19, tivemos anos ruins, mas nada comparado a isso".

"Não temos ânimo para celebrações ao mesmo tempo que em Gaza ocorre um genocídio e na Cisjordânia lamentamos jovens abatidos por Israel e detidos todos os dias", reconhece Mitri Raheb, pastor de uma igreja luterana na localidade palestina.

"Belém trouxe Jesus ao mundo. Chegou a hora de o mundo trazer a paz a Belém e a Gaza", acrescenta Raheb.

"Normalmente está cheio de turistas", diz Abood Suboh, em sua loja em Belém. Mas, na véspera dos festejos natalinos, os peregrinos desapareceram da cidade natal de Cristo.

"A guerra parou tudo", avalia este comerciante de 30 anos que vende lenços e bolsas, referindo-se aos bombardeios e aos combates entre o Exército israelense e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.

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Os bombardeios israelenses deixaram mais de 18.800 mortos no pequeno território controlado pelo Hamas, autor do massacre sem precedentes de 7 de outubro em solo israelense, com um total de 1.140 óbitos.

Sem sinais de uma nova trégua nos próximos dias, depois da pausa humanitária de novembro, o Natal se antecipa como dias de luto nesta cidade da Cisjordânia ocupada onde, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo nasceu.

A Igreja da Natividade, Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), normalmente atrai centenas de milhares de turistas todos os anos.

Agora, os carros estão estacionados na praça, onde os peregrinos deveriam estar, e os hotéis se encontram vazios. As autoridades religiosas renunciaram ao anúncio de qualquer celebração "inutilmente festiva", em solidariedade aos palestinos que sofrem em Gaza.

A violência também aumentou na Cisjordânia, com quase 300 palestinos mortos pelas forças israelenses, ou por colonos, desde 7 de outubro, segundo as autoridades palestinas.

- "Como em uma prisão" -

"Fazemos 80% da nossa renda anual neste período", diz Jack Giacaman, que trabalha na produção de artigos religiosos de madeira para uma loja de souvenires. A oficina, no fundo da loja, está vazia, e vê-se algumas estatuetas inacabadas. Por que contratar?

"Belém está totalmente fechada por toda parte", desabafa, ao ser referir aos postos de controle israelenses que restringem o movimento na Cisjordânia.

No ano passado, Giacaman teve de contrair um empréstimo para sobreviver após a pandemia da covid-19. Agora, tem de voltar a fazer as contas.

"Fizemos um cálculo de três anos para cobrir as perdas, mas agora não sabemos como terminar o ano", lamenta ele, diante das ruas vazias do centro histórico dessa cidade, onde cristãos e muçulmanos costumam conviver.

A culpa é da retórica assustadora dos líderes israelenses, afirma Fadi Kattan. Esse chef franco-palestino não suporta o clichê de que "todos os palestinos são perigosos".

"É como se tivesse uma linha invisível que impede os peregrinos de se aventurarem fora dos caminhos marcados", por causa do que dizem os operadores de turismo israelenses, acrescenta, do terraço de uma casa que já pertenceu ao seu bisavô.

O tradicional Círio de Nazaré realizou a procissão de número 231 neste domingo (8) levando, mais uma vez, uma multidão às ruas de Belém (PA). A procissão começou após a missa das 6h, realizada na Catedral Metropolitana de Belém e ministrada pelo arcebispo da capital paraense, Dom Alberto Taveira Corrêa. Em seguida, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré percorreu os 3,6 kms até a Praça do Santuário, onde a procissão acabou por volta do meio-dia.

A expectativa dos organizadores e do governo do Pará era de que mais de 2 milhões de pessoas participassem do Círio de 2023, fazendo deste o maior evento religioso do Brasil e um dos maiores do planeta.

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Há mais de 200 anos, a procissão do Círio de Nazaré leva multidões às ruas de Belém, que recebem romeiros de todo o Pará e de outros lugares do Brasil, que vão pagar promessas à Nossa Senhora de Nazaré. A procissão deste domingo é a última de uma série de manifestações religiosas que começou há várias semanas, apesar da abertura oficial das festividades ter sido na última terça-feira (3).

A imagem peregrina percorreu cidades paraenses e várias romarias foram realizadas, desde a romaria fluvial, a romaria rodoviária que parte do município de Ananindeua (PA) até Belém, até a moto romaria com milhares de motocicletas. Na noite deste sábado (7), ocorreu a chamada Transladação, que é a procissão que faz o caminho inverso do Círio onde estima-se a participação de 1,5 milhão de fiéis.

O ponto alto dos festejos aconteceu neste domingo, quando um dos símbolos das celebrações, a corda do Círio, com seus 800 metros de comprimento, foi carregada junto com a imagem peregrina pelos devotos. A corda foi fabricada pela primeira vez no Pará e utilizou mais de uma tonelada de fibra, tendo sido confeccionada com malva amazônica cultivada por agricultores de mais de 20 municípios paraenses.

O trabalhador Rilson Cardoso crê que foi abençoado e levou a esposa e a filha para juntos agradecerem pela casa própria. “É muita fé, eu vim lutando com minha esposa há um tempo pra gente ter nossa casa própria e conseguimos. É muito emocionante, inexplicável. Só gratidão”, relatou o autônomo.

A técnica em radiologia Marília Barcelar foi agradecer pela recuperação dela e do filho. “Arthur teve catapora e adquiriu uma bactéria no sangue. Enquanto ele estava internado descobri uma necrose no pulmão. Quando foi esse ano, operei e retirei uma parte do pulmão. Viemos agradecer pela nossa saúde e recuperação”, relatou.

O Círio é uma manifestação católica para Nossa Senhora de Nazaré. É realizado há 231 anos em Belém e foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial pelo Iphan e declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.   

*Com informações da Agência Pará 

A Universidade da Amazônia (Unama) recebeu a Imagem Peregrina de Nossa Senhora Nazaré, na manhã desta sexta-feira (6), no município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, emocionando devotos. A programação faz parte da romaria do Traslado, a segunda procissão oficial do Círio de Nazaré. O momento já é uma tradição na instituição e ocorre há 18 anos. Além de professores, alunos e demais colaboradores, moradores do entorno também se reuniram para saudar a padroeira da Amazônia.

A Imagem Peregrina saiu às 8h da Basílica Santuário, em Belém, após uma missa, em direção ao Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Ananindeua. De acordo com a Diretoria de Festa de Nazaré (DFN), a procissão se estende por 53 quilômetros, com duração prevista de 10 horas. O esperado, ainda segundo a DFN, é que a romaria leve cerca de 1,3 milhão de pessoas às ruas da Grande Belém.

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A reitora da Unama, professora Betânia Fidalgo, disse que se sente grata em receber a visita da Imagem Peregrina na universidade. “Nós estamos aqui para renovar a fé, dizer sim a Maria e dizer que uma casa de ciência e de pesquisa não vive só de ciência. Vive de fé, vive de amor. Eu acho que esse é um Círio muito especial, porque é um Círio no qual a gente começou a falar no nosso Estado, sobre a Amazônia, e a rainha da Amazônia está chegando”.

Regina Alves, aposentada de 70 anos (foto abaixo), é uma das devotas que acompanha a visita da Imagem Peregrina à Unama há muitos anos. Moradora das redondezas há mais de 40 anos, ela sempre acompanhava o trajeto ao lado do marido, que faleceu há seis meses. “Vinha com meu marido todos os anos, mas ‘Papai do Céu’ levou ele. É a primeira vez que venho sem ele, e é a primeira vez que não acompanhamos o trajeto do nosso carro. Estou aqui por ele, para homenagear ele”, disse Regina.

Foto: Ana Paula Mafra/LeiaJá

O momento também é de celebração em família para muitos devotos da padroeira. Ao lado dos familiares, a aposentada Maria Pinheiro, de 68 anos, esperava ansiosamente a chegada da Imagem Peregrina. Ela faz questão de acompanhar as procissões todos os anos, no que classifica como momento de união. “Esse momento aqui é indispensável, muito emocionante. Nós gostamos muito porque é um momento que você fica muito próximo de Nossa Senhora”, disse.

“A gente agradece muito à Unama em oferecer essa oportunidade para a gente poder participar e louvar a Nossa Senhora de Nazaré. Aqui nós temos os nossos amigos, que são do Piauí. Eles vêm há sete anos pagar promessas e a gente sempre se reúne aqui com toda a família. É muita emoção. Estamos muito felizes e emocionados, aguardando esse momento único”, afirmou Maria Pinheiro.

Após se recuperar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o aposentado Evilázio Teixeira, de 62 anos, que mora no Piauí, se tornou ainda mais devoto de Nossa Senhora de Nazaré após se recuperar. Para ele, o Círio representa um momento de paz.

Foto: Ana Paula Mafra/LeiaJá

“É a sétima vez que eu venho [ao Pará]. A primeira vez que vim, eu tinha sofrido um problema de saúde, me deu um AVC. Aí eu vim, me senti bem e fiz uma promessa que todo ano eu quero vir. Enquanto eu tiver vida e condições, não quero faltar um ano”, disse.

*Por Gabriel Pires e Painah Silva, sob a supervisão de Thiago Barros

Durante o Traslado, a segunda romaria do Círio de Nazaré, professores e estudantes dos cursos de fisioterapia, enfermagem, psicologia e biomedicina da Universidade da Amazônia (Unama) atenderam promesseiros e outros devotos na visita da Imagem Peregrina à unidade da instituição, nesta sexta-feira (6), no município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. A grande procissão do Círio acontece sempre no segundo domingo de outubro, na capital paraense.

Professores e estudantes se reuniram em pontos dentro e fora da instituição. As equipes começaram a acolher promesseiros desde a quarta-feira (4). Os romeiros chegam à Grande Belém após caminhadas de vários municípios em direção à rodovia BR-316, onde fica a universidade, a principal via de acesso a Belém.

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A enfermeira Tamires Soares (foto abaixo), professora da Unama e uma das realizadoras do projeto de atendimento, conta que a ideia nasceu quando ela ainda era aluna da universidade, há dez anos. Inicialmente, o projeto envolvia apenas o curso de enfermagem e agora abrange outras áreas, incluindo também o atendimento psicológico.

Foto: Beatriz Moura/LeiaJá

“Verificamos que os romeiros vêm extremamente cansados e muitas vezes pensam em desistir, com o emocional, de fato, abalado [...] O projeto visa fazer todo esse atendimento à população, em especial a esses romeiros”, explica Tamires Soares.

Os acadêmicos são preparados para atendimento aos romeiros com instruções dos docentes. Eles aprendem nos laboratórios da Unama técnicas específicas para ajudar a quem enfrenta longos percursos a pé. “Eles são orientados, por exemplo, em relação à bandagem com os pés, como é que tem que ser feito e o cuidado necessário”, reforça a professora.  

Emanuele Lisboa, aluna do 4° período do curso de Enfermagem, une o aprendizado para a profissão à oportunidade de ajudar ao próximo pelo segundo ano consecutivo. Cristã, ela afirma que o Círio vai além da dimensão religiosa. “Acho que temos que fazer tudo que a gente puder para ajudar a todos. É por isso que eu participo”, afirma.

Durante o momento de descanso nos pontos de atendimento na universidade, os romeiros recebem o apoio dos futuros profissionais da saúde para a verificação de pressão, do nível de glicose, troca de ataduras, higienização dos pés, além de hidratação e alimentação.

Os romeiros e condutores da Imagem Peregrina durante o Traslado também são recebidos pela universidade com uma mesa de alimentos. O professor Bruno Morais, diretor da Unama em Ananindeua, explica que o serviço tem como objetivo dar forças para os fiéis seguirem seus trajetos. O Traslado se estende por 53 quilômetros entre Belém e Ananindeua e a procissão dura cerca de 10 horas, reunindo no percurso 1,3 milhão de pessoas.

*Por Beatriz Moura, sob a supervisão de Thiago Barros

Nesta sexta-feira (8), o Brasil abre sua participação nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 diante da Bolívia, no estádio Mangueirão, em Belém, às 21h45 (horário de Brasília). O começo da caminhada é também o primeiro compromisso de Fernando Diniz como técnico interino da seleção desde que foi anunciado para o cargo, em julho. A estreia do Brasil terá transmissão ao vivo da Rádio Nacional. A jornada será aberta às 21h30, com narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes.

Os 23 convocados pelo comandante do Fluminense começaram a se apresentar para os treinos em Belém na última segunda-feira (4). O último a chegar foi o atacante Gabriel Jesus, do Arsenal, chamado após a desconvocação de Antony, do Manchester United, investigado por agressões à ex-namorada Gabriela Cavallin.

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A expectativa é que Diniz leve a campo a seguinte formação: Ederson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães, Neymar e Rodrygo; Raphinha e Richarlison.

Fora das primeiras listas depois da Copa de 2022, feitas por Ramon Menezes, Neymar, agora atuando no Al-Hilal, da Arábia Saudita, tem a chance de fazer história no Mangueirão. Se marcar, chega a 78 gols pelo Brasil, ultrapassa Pelé e se torna de forma isolada o maior artilheiro da história da seleção, de acordo com as contas da FIFA. Vale lembrar que, para a CBF, que contabiliza outros gols em amistosos, Pelé marcou 95 gols com a camisa verde e amarela.

Já se sabe que Neymar, assim como Pelé, usará a 10 nesta sexta-feira (8). A CBF divulgou a numeração para os dois próximos jogos da seleção pelas Eliminatórias.

Outro ponto de interesse é ver como o estilo de Diniz será colocado em prática na seleção. Contratado para fazer a ponte para o próximo técnico que deve assumir a partir de 2024 - especula-se o nome do italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid - Diniz, que tem um ano de contrato, é conhecido por ser adepto da manutenção da posse de bola desde o campo de defesa e pela preocupação com o lado estético do jogo, pensando em praticar um futebol vistoso. Nove atletas do grupo atual já foram treinados por ele em algum momento da carreira. Outros ainda estão sendo apresentados aos conceitos do treinador, como o volante Casemiro, que foi o capitão da seleção nos últimos jogos.

“Nós sabemos que cada treinador tem sua filosofia, suas qualidades, sua forma de jogar. O Fernando Diniz está nos mostrando vídeos, está nos dizendo como gosta de ver o time jogar. Já temos uma base que veio da Copa do Mundo. Não vai ser problema essa adaptação”, acredita Casemiro.

Depois da Bolívia, o Brasil enfrentará o Peru, em Lima, na próxima terça-feira (12), às 23h de Brasília. Com o aumento do número de participantes para 48 seleções na próxima Copa, agora as Eliminatórias Sul-Americanas fornecem seis vagas diretas e a possibilidade de mais uma na repescagem.

Como de costume, são dez países na disputa (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) que se enfrentam em turno e returno, totalizando 18 partidas para cada equipe. A última rodada está prevista para acontecer em 9 de setembro de 2025. As seis primeiras rodadas serão disputadas ainda em 2023.

Entre os dias 8 e 9 de agosto, a cidade de Belém, sede da COP30 em 2025, receberá uma aguardada cúpula de presidentes de países da Amazônia para discutir proteção do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, mas a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSOL), alertou que é preciso aumentar a participação dos nativos da floresta nos debates.

O evento foi convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mira estabelecer uma posição conjunta dos países amazônicos a ser levada para a próxima cúpula climática das Nações Unidas, a COP28, em Dubai, porém, segundo Guajajara, o formato atual da reunião ainda não prevê uma "ampla representação" dos povos originários.

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"Eu acho que precisa incluir mais participação indígena no momento da cúpula dos presidentes", afirmou a ministra em entrevista exclusiva à ANSA a menos de 20 dias do encontro.

Entre 4 e 6 de agosto, Belém deve receber cerca de mil indígenas para um evento pré-cúpula, o "Diálogos Amazônicos", que servirá justamente para os povos nativos discutirem uma pauta de reivindicações que será apresentada aos presidentes.

"Enquanto ministra, estou trabalhando para que os governos possam agregar esse documento. É preciso aumentar bem a participação indígena nos processos de discussão da proteção da Amazônia e nos espaços de tomada de decisão", ressaltou Guajajara.

A expectativa da ministra é de que a Cúpula de Belém estabeleça "mecanismos concretos" de tutela da biodiversidade, das florestas e dos direitos dos povos nativos e das comunidades tradicionais, sem esquecer da "segurança dos defensores e defensoras do meio ambiente e dos indígenas, que acabam sendo um alvo muito grande de assassinatos e violência".

Existe a expectativa - ventilada pelo próprio Lula - de que todos os países amazônicos se juntem ao Brasil no compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030, mas Guajajara ainda é cautelosa.

"Em 45 anos de existência do Tratado da Cooperação da Amazônia, essa é a quarta reunião dos presidentes.

*Da Ansa

Os assassinatos relacionados ao tráfico de drogas reduzem a expectativa de vida da população do Rio de Janeiro em 7,4 meses, quase o dobro do impacto observado no restante do Pais (4,2 meses). Em São Paulo, a diminuição é de cerca de três dias, índice bem abaixo da média.

Isso é o que aponta versão preliminar de estudo inédito divulgado nesta quinta-feira (22), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). As projeções foram apresentadas em evento realizado em Belém, no Pará.

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"Enquanto em São Paulo cada indivíduo ao nascer perde alguns dias de expectativa de vida, no Rio de Janeiro, cada pessoa vive em média 7,4 meses a menos devido à guerra às drogas", aponta o estudo. No Brasil, a diminuição da expectativa de vida é, em média, de 4,2 meses.

Conforme o autor da pesquisa, o economista do Ipea e conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Daniel Cerqueira, os achados têm relação direta com os efeitos da política de "guerra às drogas".

"O paradoxo é que, ao a polícia aplicar recursos para proibir, o preço da droga a curto prazo aumenta, faz com que a receita dos traficantes aumente e isso faz com que haja incentivos para que os traficantes se perpetuem no mercado", disse.

O estudo aponta que não só no Rio de Janeiro, como em outros Estados, "grupos de narcotraficantes fortemente armados dominam territórios para manter o funcionamento do negócio". Entre as principais organizações criminosas, estão o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio.

Os assassinatos, segundo o estudo, normalmente ocorrem por disputa de mercado ou mesmo por acerto de contas, mas mesmo quem não possui relação com o tráfico é afetado. "Morrem policiais, morrem policiais, morrem inocentes e toda a sociedade fica aterrorizada, temerosa de ter sua vida prematuramente perdida em meio a esses confrontos", diz o estudo.

As projeções do estudo têm como base os índices criminais de 2017. Na época, a expectativa de vida do brasileiro era de 76 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - nos anos mais recentes, esse indicador se aproximou dos 77 anos, mas ainda não se sabe ao certo qual foi o impacto da pandemia.

O comparativo apresentado na pesquisa foca principalmente no Rio, em que quase metade dos assassinatos estão relacionados ao tráfico, e em São Paulo, em que aproximadamente três em cada dez homicídios têm esse perfil - a média nacional é de 34%. Nove em cada dez vítimas são homens, a maioria com idades entre 15 e 40 anos.

População perdeu 1,1 milhão de anos potenciais de vida, segundo estudo

O estudo aponta que, apenas em 2017, 1,1 milhão de anos potenciais de vida foram perdidos pela população brasileira, sendo 10% disso no Rio de Janeiro (153 mil). Em São Paulo, foram 64 mil anos perdidos. "Se um jovem de 20 anos morreu, levando em conta que a expectativa de vida para ele era de 80 anos, 60 anos em potencial foram perdidos", exemplificou Cerqueira.

Segundo o estudo, intitulado "Custo do Bem-Estar Social dos Homicídios Relacionados ao Proibicionismo de Drogas no Brasil", os homicídios atribuídos ao tráfico geram um custo de bem-estar anual da ordem de R$ 50 bilhões anuais, ou 0,77% do Produto Interno Bruto (PIB). O cálculo leva em conta não só o potencial de renda que a vítima poderia gerar, mas os custos associados aos gastos para combater a criminalidade.

Para fazer a estimativa, Cerqueira usou como base referências como a teoria econômica dos mercados ilegais, além de outras referências na área. "A droga gera problemas, afeta famílias inteiras", disse o pesquisador. "Mas nós temos que atacar com política de redução de danos, políticas de saúde."

*Repórter viajou a Belém a convite do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

A primeira-dama do Brasil, Janja, convidou os integrantes da banda Coldplay para participarem da 30ª Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que será realizada em 2025 em Belém, no Pará. O convite foi feito por meio de um vídeo nas redes sociais, publicado neste sábado (17).

Ronsângela da Silva reforçou a conversa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve com a banda em março, quando o grupo realizou diversos shows no Brasil. O convite foi feito pela primeira vez nesse encontro, que também teve a participação da ONG Global Citizen.

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Na publicação no Twitter, ela disse: "Hi, Chris. Olha, você lembra que a gente esteve juntos com o presidente Lula lá no Rio de Janeiro e você disse que, se a COP30 fosse confirmada no Brasil, você ia estar conosco. Você e o Coldplay."

"Olha só onde eu ‘tô', em Belém do Pará. A COP-30 foi confirmada aqui em novembro de 2025. A gente vai estar esperando vocês aqui. O Brasil está muito feliz em sediar este evento, vai ser lindo, vocês vão conhecer a Amazônia e a população que mora na Amazônia de pertinho", afirmou ela.

Como o Estadão mostrou, Janja tem poder de veto no governo e interfere em áreas como economia, Defesa e publicidade, mesmo sem ter cargo na administração federal. Já houve decisões da socióloga, que tem relacionamento com Lula desde 2017, que confrontaram até o PT, partido do presidente.

O anúncio de que a COP-30 acontecerá em Belém foi feito no mês passado. No Twitter, Lula compartilhou um vídeo com ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Segundo Mauro Vieira, a aprovação da candidatura do Brasil na ONU ocorreu no dia 18 de maio.

Desde que foi eleito, no fim do ano passado, Lula tenta mostrar ao mundo protagonismo na agenda ambiental, pauta que era rechaçada pelo seu antecessor, Jair Bolsonaro. Com a aceleração do aquecimento global e o papel decisivo da Amazônia na luta contra a crise climática, analistas e gestores estrangeiros veem o Brasil como um ator-chave nas negociações para reduzir as emissões de gás carbônico e fazer a transição para uma economia verde.

Para sediar uma Cúpula do Clima, os países precisam se programar com pelo menos 485 dias de antecedência. Há ainda uma lista de compromissos, regras e responsabilidades a serem cumpridas pelo candidato.

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Em evento neste sábado (17), em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar as primeiras medidas relacionadas ao processo de organização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em 2025. O evento será realizado na capital paraense.

A candidatura do Brasil, oficializada em maio, recebeu apoio praticamente unânime dos demais países sul-americanos, uma exigência das Organização da Nações Unidas (ONU) para a escolha, e deve ser oficialmente confirmada no fim do ano, durante a COP28, em Dubai. Apesar disso, o processo de organização já está em curso.

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A realização de um evento do porte de uma COP vai exigir um "grande esforço" da cidade-sede e do país. Segundo o secretário de Clima, Energia e Maio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), André Corrêa Lago, são esperadas dezenas de milhares de pessoas em Belém.

“Todas as cidades que convidam para que a COP aconteça têm que fazer um grande esforço para o evento. É um evento que, nos últimos anos, tem uma média de 40 mil a 50 mil pessoas durante duas semanas. É a maior conferência das Nações Unidas”, afirmou a jornalistas durante entrevista coletiva, em Belém. A maior parte dessas presenças são de integrantes das sociedades civis dos países, como entidades, cientistas e movimentos sociais.

Com isso, Belém, assim como outras cidades que já abrigaram o evento, precisa se organizar em termos de infraestrutura, capacidade hoteleira, restaurantes, transporte e aviação.

“Pelo que tenho visto, o governador está consciente disso, o presidente Lula também. Esse evento é uma ocasião muito importante para assegurar que Belém tenha melhorias”, acrescentou o secretário de Meio Ambiente do Itamaraty. Segundo ele, outras cidades ganharam com melhorias em trânsito e em infraestrutura.

Por ser um evento da ONU que pode reunir presencialmente mais de 100 chefes de Estado, há todo um protocolo rígido de segurança, mas também de sala de evento, com diferentes padrões de tamanho de acordo com a importância das autoridades, entre outras regras.

Países Amazônicos

A capital paraense também se prepara para realizar, no dia 8 de agosto, a reunião dos oito países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Participam os presidentes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Um documento aprovado no encontro será apresentado durante a próxima Assembleia das Nações Unidas, em setembro, em Nova York (EUA).

Segundo o embaixador Corrêa Lago, a ideia deste evento é fortalecer a OTCA, que é uma organização pouco conhecida e ainda pouco atuante no cenário internacional. Ele crê que uma nova dinâmica para esta articulação de países possa “acentuar a possibilidade de a Amazônia ser solução para o mundo” em termos de proteção climática.

Metas mais ambiciosas

Pela primeira vez realizada na Amazônia, a COP Belém, em 2025, será o marco de 10 anos do Acordo de Paris, a principal convenção climática da ONU, assinada em 2015 durante a COP21, na capital francesa. O documento estabeleceu metas para a redução de emissões de gases causadores do aquecimento global. De acordo com Lago, há uma grande expectativa internacional sobre esta futura reunião da ONU no Brasil.

“A COP de Belém vai ser a COP 10 anos depois de Paris. Então, é uma COP que vai ser extremamente importante, porque é uma conferência na qual os países são supostos a adiantar maiores ambições climáticas. Todos os países do mundo têm que apresentar, em Belém, na COP30, em 2025, ambições maiores de combate à mudança do clima”, destacou.

A última atualização da meta do Brasil no Acordo de Paris ocorreu em 2020, com cinco anos da vigência do tratado climático. Na época, o governo determinou que a chamada Contribuição Nacional Determinada (NDC, da sigla em inglês), será a neutralidade nas emissões de gases do efeito estufa até 2060.

Neutralizar a emissão de gases de efeito estufa, segundo o Acordo de Paris, significa mudar a matriz energética para fontes sustentáveis que não dependem de queima de combustíveis fósseis e que façam com que o clima não exceda a média atual em 1.5 grau Celsius (estimativa agressiva) ou 2.0 graus Celsius (estimativa conservadora).

É uma mudança na economia, eliminando combustíveis fósseis e outras fontes de emissões de gás carbônico onde for possível nos setores de transporte, geração de energia e na indústria. Para outras fontes, a cada tonelada de gás carbônico emitida, uma tonelada deve ser compensada com medidas de proteção climática, com o plantio de árvores, por exemplo.

Até então, a Contribuição Nacional Determinada (NDC, da sigla em inglês), ratificada pelo governo brasileiro, em vigor desde 2015, previa que até 2025 as emissões de gases de efeito estufa seriam reduzidas a 37% em relação a 2005, ano em que o país emitiu aproximadamente 2,1 bilhões de toneladas de gás carbônico. Para 2030, a meta seria uma redução de 43%.

Acordo de Paris

Em 2015, o Brasil se juntou a mais de 190 países que integram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima na assinatura do chamado Acordo de Paris. Pelo acordo, que foi resultado de mais de 20 anos de negociação, as nações definiram objetivos de longo prazo para limitar o aquecimento da temperatura global em níveis abaixo de dois graus Celsius, se possível a 1,5 grau, até o final deste século. A partir dos compromissos do Acordo de Paris, o Brasil definiu a sua NDC.

A meta considera os níveis pré-revolução industrial (1750) implementada a partir de 2020. A redução significativa do aquecimento global e o cumprimento dos compromissos do Acordo de Paris ainda estão entre as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), com o qual o Brasil também se comprometeu até 2030.

 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 290 quilos de skunk - conhecido como "super maconha" - em um avião no aeroporto internacional de Belém, no sábado (27). A aeronave pertence à Igreja Quadrangular do Pará. 

Os agentes chegaram ao hangar de voos particulares do aeroporto minutos antes decolagem. Um homem que caminhava no pátio tentou fugir, mas acabou detido e autuado por tráfico interestadual de drogas. 

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A investigação descobriu que a carga de skunk escondida em caixas de ovo seria entregue em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. 

"A droga ocupava todo o espaço que sobrava na aeronave, além dos assentos para um passageiro e o piloto", descreveu a PF. O piloto não foi preso, pois não foi confirmada sua participação no crime. 

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O avião também foi apreendido na operação. A direção da Igreja Quadrangular do Pará informou ao G1 que o suspeito era um prestador terceirizado, responsável pela limpeza da aeronave no dia anterior. Ele teria procurado o piloto para realizar uma viagem e informado que entregaria peças de trator em uma cidade do interior. 

A igreja garante que não sabia da droga e foi informada sobre a carga do avião após a ocorrência. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciaram nesta sexta-feira (26), pelas redes sociais, que Belém do Pará será sede da COP30, em 2025. A confirmação partiu da Organização das Nações Unidas (ONU).

A COP (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) é o mais importante evento sobre mudanças climáticas do planeta. Lula e Mauro Vieira comunicaram a escolha da ONU pessoalmente ao governador Helder Barbalho. Veja o vídeo aqui

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Segundo Lula, a escolha da ONU se deve à importância do debate global sobre o clima, com foco particular na Amazônia. "Só se fala de Amazônia", disse Lula, em relação às conferências de que participou nos últimos anos. "Eu já participei de COP no Egito, em Paris, em Copenhague e o pessoal só fala da Amazônia, só fala da Amazônia. E eu dizia assim: 'por que, então, não fazer a COP em um estado da Amazônia para vocês conhecerem o que é a Amazônia? Verem o que são os rios da Amazônia, as florestas da Amazônia, a fauna da Amazônia", disse o presidente no vídeo. 

Segundo o ministro Mauro Vieira, a ONU aprovou no último dia 18 de maio a realização da COP em Belém. A conferência será em novembro de 2025. A candidatura havia sido anunciada pelo então presidente eleito Lula em novembro do ano passado, cerca de duas semanas após o segundo turno.

Da Redação do LeiaJá Pará.

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Belém ganha uma nova livraria de rua. A livraria Travessia, localizada na avenida Alcindo Cacela, tem como público-alvo, segundo o idealizador, o professor Pedro Gama, pessoas que estão atrás de uma boa história e também aquelas que estão em busca de conhecimento, filosofia e artes.

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O acervo da Travessia é variado. Vai desde um espaço com livros infantis até literatura clássica e filosofia, entre outros. O ambiente também conta com música, plantas, livreiros e atendentes dispostos a dar dicas e a ouvir a necessidade do cliente. Tudo isso torna o ambiente mais aconchegante.

“O diferencial da Travessia é o acervo. Desde que eu pensei esse projeto, eu imaginava assim, uma livraria de sensibilidade. Não vendemos livros de autoajuda, direito ou religiosos. Nós vendemos boas histórias”, afirmou o professor. “Nossa proposta de negócio é promover esse acesso a uma literatura que fique com o leitor. Histórias temporárias ensinam lições permanentes."

Docente do ensino médio, o professor Pedro Gama enfatiza que, apesar de sempre ter sido um sonho seu trabalhar com livros, a Travessia nasceu como uma necessidade. “Senti que nossa cidade estava órfã de um lugar onde o acervo é a prioridade. Eu precisava montar uma livraria nesse formato, pois eu me sentia só. A livraria é um lugar para combater a solidão’’, disse Pedro.

Pedro diz que considera desleal a comparação entre o conceito de livraria física e espaços no ambiente digital, pois são propostas divergentes. A livraria, segundo o professor, não é um supermercado, é um espaço de encontros, um local que vai muito além de algoritmos. “Aqui não temos livreiros, temos farmacêuticos literários. Para cada dor, uma história.’’

O professor também fala sobre a leitura ser um autocuidado. “A impressão que tenho é que a leitura é um momento de autocuidado, é um momento em que você precisa aceitar sua companhia. O processo de leitura é quando você dá nome aos seus sentimentos”, disse Pedro Gama.

Sobre os obstáculos enfrentados para o incentivo à leitura, o professor afirmou que o que mais o preocupa hoje em dia é a ausência de políticas públicas que formem novos leitores. “Nós vivemos em um país onde o preço do livro é equiparado ao resto do mundo. Temos muitas desigualdades sociais que são irrevogáveis e essas desigualdades sociais transformam o livro em um objeto de luxo. A minha preocupação em relação à leitura são as políticas públicas que incentivam o acesso ao livro’’, ressaltou Pedro.

Pedro Gama revelou que Travessia não é um nome aleatório, mas uma referência a seu livro preferido. “Travessia é uma alusão ao livro da minha vida, ‘Grande sertão: veredas’ (de Guimarães Rosa): o real não acontece nem na chegada nem na saída, acontece no meio, e é uma palavra forte na obra, pois é a última palavra do livro”, finalizou.

Serviço

A livraria Travessia fica na avenida Alcindo Cacela, 1404, entre José Malcher e Magalhães Barata. Horário de funcionamento: das 9 às 20 horas, de terça a sábado. O espaço também promove encontros e leituras em grupo, no porão (veja aqui).

Da Redação do LeiaJá Pará (com produção e reportagem de Fernanda Santos).

 

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Começou na quarta-feira (26), em Belém, a 3ª edição da FENCOOP (Feira de Negócios do Cooperativismo), com o tema “A diversidade no negócio cooperativo”. O evento está sendo realizado na Estação das Docas, até a sexta-feira, 28 de abril.

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A feira é organizada pelo Sindicado das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (Sistema OCB/PA) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem (Sescoop/PA). Tem como objetivo promover o reconhecimento desse modelo de negócio para a sociedade paraense e a economia estadual.

De acordo com Diego Andrade, coordenador da FENCOOP, a feira foi idealizada como um espaço para as cooperativas paraenses mostrarem todo seu potencial, produtos e serviços. “Fazer com que a sociedade conheça de fato o que está chegando na mesa dela no dia a dia e o movimento feito por essas cooperativas”, disse o coordenador do evento.

Além da visibilidade para as cooperativas, o evento também proporciona geração efetiva de negócios, com a presença de parceiros estratégicos como o SEBRAE e o Governo do Estado, explicou Diego Andrade. 

No primeiro dia de feira ocorreu a Assembleia Geral Ordinária do Sistema OCB/PA, feita anualmente, quando é apresentado o relatório de gestão, prestação de contas e apresentação de novos projetos para as cooperativas. "A Assembleia é feita para termos essa transparência para os nossos cooperadores", disse Jackeline Rocha, do setor administrativo e financeiro OCB/PA.

A abertura oficial da 3° FENCOOP teve apresentação do jornalista João Jadson, da TV Liberal. A feira conta com programação aberta ao público, gratuita e com a presença de cooperativas de todos os ramos de atividades econômicas, como agricultura familiar, coleta seletiva, saúde, crédito, energia renovável, artesanato, transporte, educação, prestação de serviços e turismo ecológico.

Para Jane Lika, gerente administrativa da C.A.M.T.A (Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu), a feira é uma oportunidade para que mais pessoas possam conhecer a força do cooperativismo que, além da função social e econômica, proporciona a expansão do mercado regional.

A Cooperativa dos Agricultores e Agricultoras Familiares - CAFA, de Salvaterra, no Marajó, cultiva verduras e raízes para comércio. Também produz frutas que são transformadas em polpa para venda no município. Este é o primeiro ano em que a cooperativa participa da feira, sendo a única representante do Marajó. “Nós estamos gostando muito da experiência de estarmos aqui e esperamos que a feira traga mais conhecimento para todos nós”, disse a agricultora Elimara de Lima.

Segundo Karla Barros, empresária e lojista da Cacauway - O chocolate da Amazônia, a feira proporciona a realização de “intercooperação” entre os presentes. “Trazer outras marcas para dentro da nossa cooperativa e fazer produtos juntos”, afirmou a empresária.

O evento é uma oportunidade para que as cooperativas possam fazer parcerias e contatos novos, afirmou Carlos Portugal, secretário da CART (Cooperativa dos Agricultores da Região da Tailândia). “Por aqui vão passar muitas pessoas e supermercados que nós ainda não temos contatos, esperamos comercializar também para esses supermercados e atender o Pará”, explicou Carlos.

“Buscamos o reconhecimento e também conhecer outras cooperativas e oportunidades, conhecer a forma que eles trabalham, e poder levar como inspiração”, afirmou Lorena Beatriz Santos, auxiliar administrativa da COOPERURAIM (Cooperativa dos Produtores Rurais de Paragominas).

A FENCOOP é a única feira de negócios feita somente por cooperativas no Brasil. De acordo com Edilson Teixeira Junior, analista da OCB, a feira é um caminho de mostrar para a sociedade que o cooperativismo é forte, gera negócios e possui uma diversidade.

“A programação da 3ª FENCOOP é voltada para mostrar ao público toda a diversidade deste mercado que está em ascensão. Além disso, haverá o encontro de jovens e mulheres cooperativistas, seminários, palestras e apresentações culturais”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

Programação completa

Dia 26, quarta

14h – AGO do Sistema OCB/PA

15h – Exposição dos produtos e serviços das cooperativas

17h – Cerimônia de Abertura

20h – Apresentação Cultural

Dia 27, quinta

08 - Relançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) - CONAB

15h - Exposição dos produtos e serviços das cooperativas

15h - Seminário de Negócios em Redes Cooperativistas

16h - Visita guiada de negócios

18h - FENCOOP Digital

20h - Apresentação Cultural

Dia 28, sexta

09h - 1º Workshop Nacional das Cooperativas de Consumo da Construção Civil

15h - Exposição dos produtos e serviços das cooperativas

15h - 1º Encontro de Jovens Cooperativistas

16h - Visita guiada de negócios

16h - 1° Encontro de Mulheres Cooperativistas

18h - FENCOOP Digital

20h - Apresentação Cultural

Por Emilly Lopes, Hellen Rocha e Júlia Marques (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A Banda Na Vibe e a DJ Bárbara Labres, destaque na música eletrônica brasileira, são algumas das atrações que prometem agitar o baile “Sem Kaô”, no próximo dia 21, sexta-feira, na casa de shows Barka Belém (antigo Villa Aurora). A festa também terá Celine, Hiroshi, DJ Lipe Couto, I Love Pagode e Big Band DBL. Os ingressos podem ser adquiridos através do link  https://linkme.bio/avibe.

Vocalista da Banda Na Vibe, Leandro Lima fala sobre a ansiedade para o evento: “A gente está muito feliz de ter sido convidado para tocar no baile ‘Sem Kaô’, ao lado da Bárbara Labres, que é referência na música eletrônica brasileira. É uma festa para lá de eclética, porque vai ter pagode, funk, pop, swingueira, que é o nosso pagodão baiano. Vai ser uma mistura muito boa de ritmos, para todos os gostos. Tenho certeza que não há como ficar parado”.

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“Estamos nos preparando muito para entregar mais ainda qualidade de repertório, dança, som, luz, iluminação, enfim, uma grande estrutura, que também é marca da nossa Banda Na Vibe. Então, para você que é fã, vem com a gente. Garanta seu ingresso, chame os amigos e vamos nos divertir”, finaliza Leandro Lima.

Serviço

Baile “Sem Kaô”.

Data: 21/04/2023 (sexta-feira).

Horário: 21h.

Local: Barka Belém (Antigo Villa Aurora – R. Gaspar Viana, 1259, Reduto).

Ingressos:  https://linkme.bio/avibe.

Da assessoria do evento.

 

A série "Cidade Invisível 2", sucesso do momento da Netflix, que teve sua segunda temporada gravada em Belém, foi lançada na quarta-feira, 22 de março. Top 10 no Brasil e em mais de 40 países, a série volta dois anos depois da primeira temporada.

Na nova fase, Eric (interpretado por Marco Pigossi), que desapareceu por um período de tempo, surge em um santuário natural protegido por indígenas próximo a Belém do Pará. A série foi gravada em vários pontos turísticos da cidade, como: O mercado do Ver-o-Peso, Mercado da Carne, Bosque Rodrigues Alves, Ilha do Combu.

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“A série ela estimula a correlacionar o local com o cenário. Claro que serve de vitrine também, e quem é da área do turismo pode utilizar a série para ter uma relação não só do cenário mas como da cultura que é muito próximo de nós, a culturas das lendas e do místico”, afirma Fernando Diniz, Guia e Turismólogo de Belém, com mais de 26 anos de profissão.

Para conhecer e estudar o local de gravação de uma série, algumas produtoras contratam turismólogos, ou outros profissionais da área, justamente para fazer um estudo de caso e também para ter a correlação do roteiro com o cenário.

"Cidade Invisível 2" pode ser vista no site oficial da Netflix e o elenco ainda conta com Letícia Spiller, Simone Spoladore, Zahy Guajajara, Kay Sara, Julia Konrad, Rodrigo dos Santos, Tatsu Carvalho, Marcos de Andrade, Mestre Sebá, Tomás de França e Ermelinda Yepario.

Por Valerry Dantas (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Nos primeiros meses do ano, Belém vive o tradicional inverno amazônico, marcado pelas chuvas intensas. Nessa época, é possível ver, pelas ruas da capital paraense, os danos causados pelos temporais: vias alagadas, canais e bueiros transbordando e casas tomadas pela água.

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Em 2023, segundo a Secretaria de Meio Ambiente (Semma), as chuvas vão superar um total de 250mm. Com a maré alta, os impactos são ser ainda maiores.

Na última terça-feira, 14, foi registrado o maior volume pluviométrico na Região Metropolitana de Belém, desde o dia 1º de março. Em toda a cidade foram registrados vários pontos de alagamento.

O urbanista Júlio Lima explica que esses impactos são resultado de uma combinação de fatores. “As áreas permeabilizadas vêm aumentando nos últimos anos com a pavimentação da cidade e com cada vez menos vegetação e edificações altas. Para atender um modelo de ocupação, que visa à disponibilização de terra para o capital imobiliário, é preciso avançar na retirada de vegetação e trabalhar em um sistema de macrodrenagem composto por canais, inclusive alguns cobertos por vias, outros abertos com vias laterais e o sistema de microdrenagem, as valas das calçadas”, explicou Júlio.

Por meio de nota, a prefeitura de Belém informou que os serviços de limpeza e dragagem dos 65 canais existentes em Belém são realizados com frequência. Além disso, diariamente, são feitas a limpeza manual e a desobstrução da rede de microdrenagem.

Júlio pontua que a constante expansão da cidade não respeita as condições geográficas da região. Ele diz que, além da limpeza de canais e educação ambiental promovida pela prefeitura, seria necessária a implementação de sistemas que respeitem a natureza.

Nas redes sociais, após um longo dia de chuvas, trânsito e canais transbordados, o Secretário de Habitação de Belém, Rodrigo Moraes, comemorou a redução dos prejuízos. Segundo ele, a ação da prefeitura teria sido fundamental para o avanço. 

“Uma cidade como Belém, cortada por igarapés, maré alta e uma chuva igual à de hoje com certeza terá pontos de alagamento", escreveu. Segundo ele, os alagamentos na cidade caíram "drasticamente, fruto da ação preventiva, microdrenagem e limpeza dos canais".

A estudante Luana Gomes, moradora do bairro da Batista Campos há 24 anos, diz que na região onde mora os belenenses não vivenciam as melhoras pontuadas pelo secretário. "Em todos esses anos que eu vivo aqui, nenhum serviço que foi feito ajudou a melhorar a situação. Não posso dizer que não houve limpeza nos esgotos e canais aqui pela redondeza, mas não adiantou muito. Sinceramente, parece que a cada chuva só piora”, disse.

Ela conta o número de vezes que teve sua casa alagada nos dias de forte chuva. “A minha vida inteira foi assim: sempre que chove, a rua fica cheia. Este ano [2023], tivemos que tirar água de dentro de casa duas vezes. Ano passado, foram três vezes. A gente espera que todo ano melhore, ou que pelo menos diminua, mas só piora”, lamenta a estudante.

Por Gabriela Gutierrez e Beatriz Moura (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

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Vídeos têm circulado nas redes sociais mostrando a força das águas em diferentes praias da ilha de Mosqueiro, distrito de Belém e um dos mais frequentados balneários do Pará. Os fortes volumes de água atingiram toda a orla, na noite de terça-feira (21), acarretando erosões em dezenas de áreas costeiras, segundo informações da Agência Distrital de Mosqueiro (Admos).

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O registro mostra a intensidade da maré na orla de Marahu, praia constantemente visitada por turistas, que teve alta de 3,6 metros nos últimos dias. As áreas de praia como a de Marahu, com mais de 800 metros de extensão, são as mais atingidas pelo fenômeno.

A força das águas é decorrente dos fortes ventos e chuvas intensas, que registram maiores incidências nos meses de março e abril, período conhecido como inverno amazônico. O fenômeno das marés altas também é caracterizado por formar ondas volumosas que deságuam na orla, invadindo as calçadas, pistas de trânsito e, em alguns locais, barracas e restaurantes. As áreas mais atingidas se encontram nas praias do Marahu, Porto Arthur, Murubira, Bispo e Praia Grande.

A Prefeitura de Belém, por meio da Admos e Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), mantém uma força-tarefa de limpeza das praias, orla e no centro da ilha. Ao todo, sete frentes de serviço estão atuando diariamente na coleta de entulhos, lixo doméstico, capina, roçagem e retirada de entulhos.

A titular da Agência Distrital de Mosqueiro, Vanessa Egla, coordena campanhas educativas e curso de agentes ambientais para prevenção de problemas ocasionados pelas cheias e marés. "A Agência Distrital tem realizado um trabalho preventivo de coleta de lixo e retirada de entulhos para evitar impactos maiores no período do inverno; porém, não cabe à Agência o registro de ocorrências de prejuízos ocasionados pelas cheias. A Prefeitura de Belém mantém rede de apoio social para atender os casos que ofereçam riscos às pessoas, que por enquanto não foram registrados", afirmou.

Por Messias Azevedo (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Na terça-feira (14), a capital paraense amanheceu com fortes chuvas que provocaram alagamentos intensos em toda a Região Metropolitana de Belém. Durante o temporal, carros ficaram submersos e moradores tiveram suas casas alagadas.

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De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), só na madrugada e na manhã desta terça, o índice máximo de chuvas ultrapassou os 72 milímetros em medição efetuada por pluviômetro instalado no bairro do Curió - Utinga.

“Para o mês de março, o INMET tem a média de 30 anos: 506mm de chuva, é o previsto. Agora, tem alteração regulada pelos oceanos, tanto principalmente o Oceano Pacífico quando nós temos fenômenos La Niña e ou El Niño, que podem aumentar ou diminuir essas chuvas, juntamente com a situação do Oceano Atlântico. Então o volume até os dias 14 e 15 de março está chegando à metade do que está dentro da média prevista, e ainda deve chover bastante até o final do mês para chegar próximo ou dentro da média”, afirma o meteorologista José Raimundo Abreu, do INMET.

A previsão para esta quarta-feira (15), à tarde e início da noite, é de que o céu ficará nublado, com chuva fraca a moderada. Em Belém, a temperatura máxima é de 31°C e a mínima, de 23°C. A umidade relativa do ar fica entre 70% e 95%. Ventos fracos a moderados de nordeste/sudeste.

Confira a previsão do tempo em Belém:

Quinta-feira - nublado a encoberto e pancadas de chuva a qualquer hora do dia com trovoadas isoladas.

Sexta-feira - parcialmente nublado e pancadas de chuvas isoladas e rápidas, podendo ocorrer trovoadas isoladas ao final da tarde.

Sábado - tempestades isoladas com raios e trovões.

Domingo: Sol e aumento de nuvens pela manhã e pancadas de nuvens à tarde e à noite.

Por Valerry Dantas (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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