Judoca refugiado bate indiano e levanta torcida
Popole, de origem congolesa, está no Rio desde 2013, quando veio disputar o Mundial, e acabou ficando no Brasil para fugir das guerras que abalam seu país
Popole Misenga, judoca do time de refugiados criado pelo Comitê Olímpico Internacional, mostrou que não veio disputar os Jogos do Rio como figurante, ao derrotar na estreia o indiano Avtar Singh, nesta quarta-feira, pela categoria até 90 kg.
Popole, de origem congolesa, está no Rio desde 2013, quando veio disputar o Mundial, e acabou ficando no Brasil para fugir das guerras que abalam seu país.
Junto com outra refugiada congolesa Yolande Bukasa, ele treina no Instituto Reação, criado pelo ex-judoca medalhista olímpico Flávio Canto, projeto social que revelou Rafaela Silva, que conquistou o ouro na segunda-feira, na categoria até 57 kg.
Popole entrou sob aplausos da torcida e conseguiu se impor na luta, levando o indiano a levar dois 'shidos' por falta de combatividade.
Quando soou o gongo, a ovação do público foi digna de uma comemoração de medalha e o atleta agradeceu ao desenhar com coração com as mãos.
Yolande também lutou com muita garra, mas resistiu apenas por um minuto e 4 minutos, até sofrer ippon por imobilização diante da israelense Linda Bolder.