Comitê ameaça retirar credencial de ministro indiano

Auxiliares de Vijay Goel, ministro dos esportes da Índia, estariam sendo "agressivos e rudes" com membros da equipe da Rio-2016

por Pedro Oliveira sex, 12/08/2016 - 12:37
WikimediaCommons Ministro estaria tentando entrar em locais de competição com auxiliares não credenciados WikimediaCommons

O comitê organizador dos Jogos Rio 2016 ameaçou cancelar o credenciamento do ministro dos esportes da Índia, Vijay Goel. A ação, que vem sendo classificada como "embaraçosa" pela imprensa indiana, teria sido motivada pela truculência com que os seguranças da autoridade tiram as pessoas do caminho onde Goel vai passar.

Segundo o jornal The Times of India (TOI), o "entusiasmo" com que os assistentes de autoridades empurram as pessoas para fora do caminhos de um político na Índia é comum no país. O comportamento não parece ter sido bem aceito por Sarah Peterson, gerente do Comitê Organizador do Rio-2016, que enviou comunicado ao chefe da delegação indiana. "Tivemos vários relatórios de que seu ministro dos esportes tenta entrar em áreas credenciadas com pessoas não credenciadas (os seguranças). Quando a equipe tenta explicar que isso não é permitido, eles relatam que estes indivíduos tornam-se agressivos e rudes", diz a carta, segundo o jornal.

Peterson ameaça tirar os direitos do ministro indiano no Rio. "Se a nossa equipe ficar sabendo de outros exemplos deste tipo de comportamento, a acreditação do seu Ministro dos Esportes será cancelado e os seus privilégios nos Jogos Olímpicos retirados", completa.

No entanto, segundo o TOI, funcionários do governo indiano não gostaram da carta, classificando-a como desproporcional. Segundo Rakesh Gupta, o ministro foi barrado de falar com atletas do país e mesmo assim respeitou a decisão. "O ministro foi convidado pela equipe para interagir com os jogadores e desceu para o campo de jogo, sem saber que precisava de um credenciamento especial para isso. Quando foi informado sobre isso, deixou o campo e se reuniu com os atletas do lado de fora", afirmou o representante do governo ao jornal. 

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