A Polícia Federal prendeu o assessor da presidência do Fluminense e o presidente da Raça Rubro-Negra, torcida organizada do Flamengo, por envolvimento em atividades como a venda ilegal de ingressos, conhecida como cambismo. Leandro Schilling, coordenador de vendas da empresa responsável pela fabricação dos ingressos e mais dois funcionários que não tiveram os nomes divulgados foram detidos, outras três pessoas estão foragidas.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, pelo menos 200 ingressos eram repassados às organizadas de forma irregular, inclusive entradas que fazem parte do pacote de sócio-torcedor. “A investigação mostra a ligação espúria das diretorias dos clubes de futebol do Rio de Janeiro com os núcleos das torcidas organizadas, através das quais cediam uma grande carga de ingresso que era colocada à venda no câmbio negro”, declarou o promotor de Justiça Marcos Kac. A operação tem o nome de Limpidus e investiga a corrupção no futebol.

Por meio de nota, o Fluminense disse que seus funcionários já prestaram depoimento e explicaram toda a situação. O clube declarou que considera as prisões arbitrárias e desnecessárias. A empresa que fabrica os ingressos, a Imply, disse que os ingressos são entregues diretamente ao clube e que tem protocolos assinados de todas as entregas.