Técnico vê falta de concentração e elogia superação coral
Júnior Rocha acredita que atuação defensiva na primeira etapa quase custou o resultado ao Santa Cruz
Apesar do início de jogo ruim, e deixar o adversário abrir o placar, o Santa Cruz conseguiu se recuperar e venceu o CRB esta terça-feira (20) no Arruda. O resultado deu ao tricolor a liderança do Grupo A da Copa do Nordeste e a tranquilidade que já dura cinco partidas sem perder. Apesar das críticas ao setor defensivo pela primeira etapa, o comandante coral se mostrou feliz pelo desfecho da partida.
"Eu não achei o jogo mais equilibrado defensivamente. Primeiro tempo faltou um pouco de concentração, até porque a gente treina demais essa parte defensiva para bater cabeça. Faz parte do crescimento, às vezes o jogador está em um dia ruim. Mas soubemos nos recuperar. Essa virada foi muito boa para mostrar que podemos chegar no nível de uma equipe como o CRB. Fiquei muito feliz, foi uma vitória deles pela superação", disse Júnior Rocha.
Em uma partida com direito à recuperação durante o segundo tempo, o resultado final serve de lição para o próprio time coral. Ao menos daqui para frente. "A gente ganha bastante maturidade. Serve como exemplo daqui para frente. Perdendo não é para desistir, tudo pode se ajustar durante o jogo. Ganhamos um pouco de experiência e jovialidade. Encontrando o equilíbrio nos setores. Mesmo o Ananias não sendo lateral de ofício, foi bem. Todos se recuperaram durante a partida. Um atleta dando experiência ao outro", contou.
Parte desse processo que o treinador considera uma recuperação para alguns atletas, Augusto ouviu um som que não esteve acostumado nos últimos meses como jogador tricolor. Ao ser substituído por Fabinho Alves, o camisa 7 foi aplaudido pela torcida que sempre pegou no pé do ponta. Segundo Rocha, a motivação do próprio atacante se somou ao medo de perder espaço na equipe, algo visto como positivo.
"O Augusto nos primeiros jogos era vaiado. Ele colheu o que plantou anteriormente. Esse ano veio com a cabeça melhor, entendeu que iríamos priorizar a coletividade e comprou a idea. É uma grata surpresa comigo. Se comprometeu e as sombras ajudam a incentivar. Avisamos que ele precisava correr para não perder a vaga. A concorrência interna faz bem, cobrei mais", revelou o técnico.
Com Vinícius no banco, e alternando a função de falso nove entre dois meias de origem, Júnior contou que o fato de outro centroavante não ter chegado não deve prejudicar o trabalho. A opção em deixar o único jogador da função de fora foi para dar certo 'descanso' a quem atuou sem parar desde que chegou. Mesmo que seja para trabalhar ainda mais na parte física.
"Hoje testamos esse esquema sem um nove até contando com um no banco. O Vinícius desembarcou aqui e já foi para um jogo. Não teve uma pausa para aprimorar a parte física, para ter força de arrancada, algo que é dele. É melhor preservar o atleta para ele adquirir uma melhor condição e o nosso modelo é por dentro. Três atacantes e dois volantes que alternam para sair. Eu não exigi outro nove à direção, e a maioria está empregado. Os que estão livres demoram para entrar em forma. Estou feliz com o Vinícius e vamos investir nele", garantiu o treinador do Santa.