Mauro crê que Central não sentirá pressão na Arena
Treinador da Patativa espera jogo decidido em detalhes e vê gramado do estádio da Copa como favorável ao jogo
A equipe do Central sofreu com a defesa alvirrubra e não saiu do 0x0 na primeira partida da final do Campeonato Pernambucano. Os atletas da Patativa exploraram as bolas alçadas e não criaram muitas chances tocando a bola, algo que precisa mudar para o jogo da volta, na Arena de Pernambuco. Entretanto, Mauro Fernandes viu mais méritos para o adversário.
"É um título que será decidido nos detalhes. Parabenizei meus atletas pela bela partida, equilibrada, contida. Talvez o Náutico seja o time que mais evoluiu no Brasil. Começou feio contra o Itabaiana e foi crescendo. Aquela derrota aqui por 3x0 serviu de lição e o time não perdeu mais", afirmou o técnico.
O jogo foi um pouco truncado, em vários momentos até feio para o torcedor. Admitindo que faltaram mais lances de qualidade, o comandante alvinegro não teme jogar em um campo diferente. Muito pelo contrário, Fernandes é só elogios ao relvado da Arena. "O time do Náutico marcou muito bem. Tanto que tivemos poucas oportunidades, como também eles não tiveram. O gramado da Arena é até melhor para nós. Não tem como jogar mal naquela grama. Dá vontade de jogar um salzinho e comer. Todo atleta quer estar naquele gramado. Será mais veloz e a nossa equipe vai se impor", disse.
Dessa vez, com o mando alvirrubro, já estão garantidos mais de 30 mil torcedores para a partida da volta. Se tratando da primeira decisão do time caruaruense fora de seus domínios, existe a preocupação de que o elenco alvinegro sinta a pressão. Entretanto, Mauro diz que o time está mais que pronto para enfrentar o 'caldeirão' na Arena e até prefere que seja assim.
"Ruim seria se vendessem só mil ingressos num estádio daquele tamanho. Gostaria de ver os 45 mil lugares ocupados. Quem não gosta? Todo artista quer seu show com casa cheia, assim são os atletas. E devem fazer um bom espetáculo. São jogadores acostumados com casa cheia. Podia ser hoje a torcida do Náutico. Em números, era inferior a do Central e nem por isso saíram tristes. Se é para haver um grupo feliz, que seja o nosso", destacou.
Experiente, o técnico não concorda que leva vantagem sobre Roberto Fernandes pelo tempo de profissão. Mas crê que estará lidando melhor com as suas emoções. "Estarei mais tranquilo. Sou acostumado a decidir títulos e, salvo engano, essa é a primeira decisão do Roberto Fernandes. Quero que ele seja vice", disse, em tom de brincadeira, o treinador do Central.