Roni foi solto neste domingo após passar a noite na prisão Reprodução/TV Globo

No último sábado (25), o ex-jogador Roni foi preso no estádio Mané Garrincha em Brasília, na partida entre Palmeiras e Botafogo, acusado de manipular números do borderô. O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, Leonardo de Castro, concedeu entrevista coletiva na manhã deste domingo (26) para esclarecer a ação. Roni foi solto também neste domingo e vai responder em liberdade.

A ação se baseia na manipulação sobre números de torcedores no estádio. Segundo o delegado, a empresa de Roni diminuía no borderô os números dos torcedores presentes no estádio. Outra forma de fraude era colocar mais ingressos de cortesia. As duas práticas tinham um único objetivo. Pagar taxas e impostos menores do que o valor real. As taxas são baseadas nas rendas dos jogos.

"A empresa realizou entre 15 e 20 jogos desde 2015 e vai ser apurado em quais desses eventos ocorreu a fraude. Na investigação aprofundamos em outros eventos e outras praças. Fizemos entrevistas com servidores de federações, e eles notavam certa diferença entre público presente e público declarado pela empresa nos borderôs”, disse o delegado.

O delegado usou como exemplo uma partida entre Corinthians e Ferroviário disputada no dia 7 de fevereiro pela Copa do Brasil: “O próprio narrador do jogo ao receber a informação do público presente, comentou que no estádio havia mais torcedores do que os divulgados”, relatou Leonardo de Castro.

Além de Roni, também foi preso no Mané Garrincha Daniel Vasconcelos, presidente da Federação de Futebol do DF e que segundo o delegado sabia das práticas da empresa de Roni. O banco de dados dos ingressos foi apreendido pela Polícia Civil. Na casa de Daniel Vasconcelos uma arma de fogo também ficou em posse da polícia, além de uma quantia de R$ 100 mil reais.