Brasileiros já defendem seleções de outros países
Até hoje, 24 atletas fizeram esse caminho, dos quais cinco atuaram na última Copa do Mundo, em 2018, na Rússia
Quando escalar, de fato, brasileiros em sua seleção, a China vai se juntar a um grupo de países que se valem de estrangeiros para fortalecer o futebol local. Até hoje, 24 atletas fizeram esse caminho, dos quais cinco atuaram na última Copa do Mundo, em 2018, na Rússia.
O quinteto candidato a defender a China no Mundial de 2022, em caso de classificação, vai lutar por uma vaga junto a outros brasileiros naturalizados. Pela Ucrânia, o meia Marlos, ex-Coritiba e São Paulo, tem sido titular nos últimos jogos do time. A seleção russa conta com o lateral Mário Fernandes e com o goleiro Guilherme Marinato. A Polônia tem o zagueiro Thiago Cionek. Na Itália, os representantes são o lateral-esquerdo Emerson Palmieri e o meia Jorginho. Quando as Eliminatórias começarem, todos esses brasileiros estarão em ação por suas seleções.
O primeiro jogador do Brasil a ganhar uma Copa deu a volta olímpica pela Itália. O atacante paulistano Guarisi, com passagens por Portuguesa, Corinthians e Palmeiras, foi campeão com o país-sede na disputa de 1934.
O caminho da China para se classificar para a Copa é complicado. A equipe não passou das quartas de final nas duas últimas Copas da Ásia e vai precisar ficar entre os quatro primeiros colocados das Eliminatórias para garantir vaga no Mundial do Catar sem depender da repescagem intercontinental.
Chineses, brasileiros e demais naturalizados vão ter como concorrentes equipes mais tradicionais como Japão, Coreia do Sul, Irã e a Austrália, que também disputa as Eliminatórias pela Ásia. A boa notícia é a ausência do Catar. O país-sede está classificado automaticamente e é uma das novas potências da região. Neste ano, o time ganhou a Copa da Ásia pela primeira vez.
A China estreia nas Eliminatórias no próximo mês, já pela segunda fase da competição. Os adversários iniciais são as fracas Maldivas, Guam e Filipinas. O país mais populoso do mundo é favorito a passar para a etapa decisiva do torneio, quando terá pela frente rivais mais fortes.
A naturalização de estrangeiros atende também ao projeto chinês para ter uma seleção forte em 2023. Caso não consiga vaga no Catar, no ano seguinte a equipe será sede da Copa da Ásia e vai tentar conquistar o inédito título continental.
Nos últimos compromissos, a China não teve resultados brilhantes, mas venceu. Em junho, em casa, a seleção bateu dois rivais asiáticos em amistosos: Filipinas por 2 a 0 e Tajiquistão por 1 a 0.