Conheça as partidas marcadas por interrupção

Conflitos entre jogadores e manifestações preconceituosas são alguns dos motivos que fizeram os jogos serem interrompidos e repercutirem no mundo

por Rafael Sales seg, 13/09/2021 - 22:21
pixabay/S. Hermann F. Richter pixabay/S. Hermann F. Richter

Na última semana, o mundo do futebol parou para assistir ao episódio protagonizado por Brasil e Argentina. O confronto entre ambos aconteceu na Neo Química Arena, na Zona Leste de São Paulo, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2022. Devido ao não cumprimento de protocolos de saúde por parte de quatro jogadores argentinos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu suspender a partida, que até então estava em andamento, com seis minutos do primeiro tempo. Por conta disso, o LeiaJá separou uma lista com cinco momentos em que partidas de futebol precisaram ser interrompidas por motivos diversos.

Cinco expulsões na Libertadores

Em 1981, Atlético-MG e Flamengo disputaram partida válida pela Libertadores, que ficou marcada por confusão e polêmicas do árbitro. O tumulto se deu aos 33 minutos de jogo, quando Reinaldo (Atlético), fez falta grave em Zico (Flamengo) e levou cartão vermelho. Em resposta à decisão do árbitro José Roberto Wright, os jogadores mineiros armaram uma confusão que durou 20 minutos, o que obrigou o juiz a expulsar mais quatro atletas. Assim, a partida foi encerrada por W.O, devido ao número insuficiente de jogadores do Galo. O jogo também ficou marcado pela presença da polícia e focos de incêndio nas arquibancadas do estádio, provocados por torcedores revoltados.

Argentinos não voltaram para jogar o 2° tempo

Em dezembro de 2012, São Paulo e Tigre-ARG se enfrentaram no Estádio do Morumbi. Não é de hoje que brasileiros e argentinos são rivais, e nesta ocasião, a disputa pelo troféu da Copa Sul-Americana não foi diferente. Ao fim do primeiro tempo, o placar já estava 2 a 0 para o Tricolor Paulista, com Lucas Moura sendo a figura central da noite, e devido aos seus dribles e jogadas desconcertantes, um dos jogadores argentinos bateu com o braço no rosto do brasileiro, e o deixou sangrando no chão. A confusão se estendeu até a saída do vestiário e o Tigre não subiu para jogar o 2° tempo. Assim, o São Paulo se sagrou campeão sem jogar a segunda etapa da partida.

Homofobia no Campeonato Francês

Em agosto de 2019, uma partida entre Nice e Olympique de Marseille precisou ser paralisada por 10 minutos. Ainda no primeiro tempo, torcedores do Nice se manifestaram nas arquibancadas no estádio Allianz Riviera, com faixas que continham mensagens preconceituosas, sendo que em uma delas, estava escrito: “mais fãs nas arquibancadas significa um estádio mais gay”. Assim, o árbitro Clément Turpin paralisou o jogo e informou que voltaria a apitar a partida apenas quando a torcida retirasse as faixas. Além disso, o locutor do estádio também chegou a pedir duas vezes para que os torcedores parassem com gritos ofensivos.

Racismo na UEFA Champions League

Em dezembro de 2020, Paris Saint-Germain (França) e Istambul Basaksehir (Turquia) entraram em campo em partida válida pela fase de grupos da UEFA Champions League. Por volta dos 15 minutos de jogo, ainda no primeiro tempo, um membro da comissão técnica da equipe turca alegou que o quarto árbitro teria feito uma injúria racial, direcionada a um jogador do Basaksehir. Em protesto, atletas do PSG e do time turco decidiram que não voltariam a disputar a partida até que o quarto árbitro fosse expulso. Minutos depois a partida foi suspensa e posteriormente a UEFA informou que o jogo continuaria a ser disputado dias depois.

Jogador desacordado em campo

Este caso é o mais recente e aconteceu em junho deste ano, em partida válida pela fase de grupos da Eurocopa, entre Dinamarca e Finlândia. Ao final do primeiro tempo, o craque dinamarquês Eriksen caiu na beira do gramado, sem a influência de nenhum empurrão sequer. De imediato, jogadores e assistentes médicos passaram a prestar socorro ao jogador, que estava desacordado, e precisou ser levado às pressas para o hospital. Por conta disso, a organização do evento informou que a partida precisava ser suspensa. Durante seis dias de internação, Eriksen foi submetido à uma cirurgia para o implante de um cardiodesfibrilador interno no coração e recebeu alta.

 

 

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